Depois da nossa lista de piores do ano, continuamos então as já tradicionais listas de melhores lançamentos do ano, dando foco para os filmes, séries e jogos que mais gostamos no ano. 

OBS: Cada membro escolheu o que gostaria de falar. Tratam-se de escolhas de cada membro, e não representam a opinião geral do site.

Pacificador (HBO Max)

Ano passado, mencionei em minha contribuição para a lista dos Melhores Lançamentos de 2021 que eu tinha bastante ânimo para os próximos projetos de James Gunn em parceria com a DC, e mais uma vez ele surpreendeu com outra obra inesperada, que desta vez é uma pseudo sequência de seu excelente filme do Esquadrão Suicida no formato de uma série de TV que ele mesmo escreveu durante a pandemia. “Pacificador” acompanha Christopher Smith (John Cena) após os eventos de “O Esquadrão Suicida” em uma nova missão ao lado de uma nova equipe para exterminar uma raça de alienígenas parasitas conhecidas como Borboletas.

Embora o humor da série tivesse funcionando para mim em várias ocasiões, eu estaria mentindo se eu dissesse que todas as piadas me fizeram rir, mas o roteiro de James Gunn compensa por entregar uma história de redenção envolvente e repleta de ação que faz com que nos importemos até mesmo com personagens como John Economos (Steve Agee), além ser acompanhada de uma excelente faixa sonora assim como todas as outras produções de Gunn. O próprio protagonista, que podia muito bem ter encerrado sua jornada nos cinemas como um personagem detestável devido às suas ações, além de mostrar o potencial de Cena como ator que possui uma ótima dinâmica com uma águia feita com computação gráfica e o resto de seus colegas de elenco que também se sobressaem, ele também é possivelmente e ironicamente o personagem mais bem desenvolvido do atual Universo Cinematográfico da DC. Saber que o responsável por nos entregar essa série maravilhosa agora comanda a nova DC Studios é algo extremamente animador que me deixa com muita confiança para as próximas produções do estúdios. Confira a nossa crítica da primeira temporada aqui.

Menções honrosas: God of War: Ragnarök (Santa Monica, PlayStation), Batman (Warner Bros.), A Casa do Dragão (HBO) e Elvis (Warner Bros.).

- Arthur R. Vale


Top Gun: Maverick (Paramount Pictures)

“Top Gun: Maverick” cumpre todas as expectativas de forma altamente tecnológica, moderna e inovadora com excelentes cenas de ação, um elenco impecável e uma Trilha Sonora igualmente maravilhosa. E, de forma bem mais grandiosa, a produção eleva o padrão e consegue impressionar pelo alto grau de realismo nas cenas aéreas. A produção acertou em cheio ao apresentar, de forma intensa, uma história recheada de adrenalina, emoção e cenas aéreas que são um verdadeiro espetáculo visual e sonoro.

“Top Gun: Maverick” é a prova de ser a melhor sequência depois de tantos anos, se mostrando uma empolgante e emocionante sequência do clássico de 1986 que ultrapassou os limites do tempo ao chegar 36 anos depois do original, mostrando que o fator tempo lhe caiu como uma luva e que valeu muito a pena esperar tanto tempo por esta continuação. Foi uma espera vantajosa e compensadora, que engrandeceu o longa de tal maneira que talvez não teria conseguido produzir esse impacto todo se tivesse sido lançado logo após seu antecessor. Você pode ler a nossa do filme aqui.

Menções honrosas: Pantera Negra: Wakanda Para Sempre (Disney), Predestinado: Arigó e o Espírito do Dr. Fritz, Uma Advogada Extraordinária (Netflix), Outer Range (Amazon Prime Video) e Echoes (Netflix).

- Bruno Assef de Vitto


Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo (A24)

A dupla de diretores Daniel Kwan e Daniel Scheinert (Um Cadáver Para Sobreviver, The Death of Dick Long) são esquisitos, isso é uma certeza, assim como são talentosos demais. Aqui eles entregam um dos melhores filmes que eu já vi na minha vida, capturando interpretações lindas e engraçadas de Michelle Yeoh (O Tigre e o Dragão), Jamie Lee Curtis (Halloween: A Noite do Terror), Stephanie Hsu (O Caminho), Ke Huy Quan (Os Goonies) e James Hong (Aventureiros do Bairro Proibido), cheio de "bobajadas" como duas pedras falantes, que conseguem te fazer chorar e dar risada.

Um filme 100% original que trazem uma emocionante história com muita bobeira, cenas de ação espetaculares, visuais únicos e m multiverso que nos proporcionou Raccacoonie. Personagens que passam por jornadas emocionais que é impossível você como expectador não se identificar, sempre com um visual de deixar o queixo caído no chão. Uma obra-prima do cinema que será lembrada para sempre. Você pode ler a nossa crítica do filme aqui.

Menções honrosas: Chainsaw Man (MAPPA), Batman (Warner Bros.), Pinóquio, de Guillermo del Toro (Netflix), Ruptura (Apple TV+), Barry - 3ª Temporada (HBO), A Casa do Dragão (HBO), Os Fabelmans (Universal Pictures), Mob Psycho 100 - 3ª Temporada (Bones) e Pacificador (HBO Max).

- Charlie Brown


Ruptura (Apple TV+)

Não tem como encerrar 2022 sem destacar a série que foi definitivamente a cereja do bolo das séries: Ruptura (Severance). Na trama da Apple TV+, acompanhamos a rotina de Mark Scout (Adam Scott, Big Little Lies), funcionário de uma grande empresa chamada Lumen, cujas memórias pessoais e de trabalho são permanentemente separadas por meio de um procedimento experimental. O externo de Mark leva uma vida fria, de poucos amigos e nada empolgante, enquanto tenta lidar com o luto por uma grande perda. Por sua vez, seu interno é um homem preocupado em cuidar dos outros, e que aos poucos passa a questionar aquela realidade restrita de oito horas diárias confinado em um escritório.

Mark divide a sala com outras três pessoas: Dylan (Zach Cherry, Crashing), Irving (John Turturro, The Batman) e a recém contratada Helly (Britt Lower, Future Man), que não está nada satisfeita em ficar ali e fará de tudo para deixar aquele lugar.

O roteiro de Ruptura é simplesmente brilhante. Fazia tempo que eu não assistia a uma narrativa tão diferente e convincente. A história é original e consegue manter uma cadência capaz de prender a atenção, ao mesmo tempo que sustenta bem seus mistérios, revelando somente o necessário com um excelente timing. 

Ben Stiller surpreende na direção, assim como Aiofe McArdle. A tensão é passada na medida, os momentos cômicos e uso de ironia têm seu lugar, sem pesar a dose ou até mesmo ficarem banais e o drama encontra espaço sem tornar a experiência cansativa. Um verdadeiro thriller psicológico de respeito com um elenco brilhante. A segunda temporada está confirmada e se ainda não assistiu a primeira, coloque na sua lista de prioridades. Leia a nossa crítica da série aqui.

Menções honrosas: A Mulher Rei (Sony Pictures), Fresh (Star+).

- Thalita Santos Amaral


Better Call Saul - 6ª Temporada (ABC)

Quem diria que a série derivada de Breaking Bad sobre o "advogado engraçado" seria nada menos do que uma obra-prima. A temporada final dessa belissíma série — e quem sabe o desfecho do universo de Breaking Bad — é um primor visual, todo episódio é dirigido de forma sublime, fazendo com que cada um consiga se destacar. O rigor cinematográfico aguçado apenas eleva a sensibilidade literária dos roteiros com seus diálogos magnífícos que superam aqueles de Quentin Tarantino, e suas tramas perfeitas podem estar ao par de autores como Fiódor Dostoiévski e Vladimir Nabokov. Os elogios que aqui escrevo podem soar exagerados, mas a rasgação de seda é merecida, já que Better Call Saul é sem dúvidas uma das melhores séries já lançadas nos últimos tempos.

Menções honrosas: Batman (Warner Bros.), Elvis (Warner Bros.) e O Homem do Norte (Focus Film).

- Sam


Stranger Things - 4ª Temporada (Netflix)

Após o hiatus de mais de 2 anos, voltamos à Hawkins em 2022 e, felizmente, no fim das contas, a espera valeu a pena. A nova temporada do show da Netflix é simplesmente a melhor até aqui, com o elenco mais entrosado que nunca e nos fazendo transitar entre a comédia, o drama e o terror de maneira deliciosa de se assistir. 

Com destaque para a Max de Sadie Sink e o antagonista Vecna, ST4 foi uma das produções com maior engajamento nas redes sociais deste ano, emplacando o hit Runnin’ Up The Hill de Kate Bush. O fato é: o roteiro coeso e divertidíssimo, os personagens extremamente cativantes e a história envolvente fazem de Stranger Things um verdadeiro fenômeno global merecido. Leia as nossas críticas da primeira e segunda parte temporada.

Menção honrosa: O Homem do Norte (Focus Film).

Mateus, o coelho


Nada de Novo no Front (Netflix)

Filme sobre a primeira guerra mundial alemão é competente ao contar o drama de jovens que queriam lutar no primeiro grande conflito global e descobrem que a guerra não é como eles imaginavam.

Filme original Netflix tem boas chances no Oscar 2023 como melhor filme estrangeiro e certamente foi uma das ótimas produções que tivemos neste ano. Leia a nossa crítica do filme aqui.

Menção honrosa: Elvis (Warner Bros.).

- Luís Fernando (Bruce)


A Casa do Dragão (HBO)

Nunca tinha sido um fã de longa data do universo de “Game of Thrones”, nunca li um livro ou vi algo a respeito, até começar a maratona da série inteira antes de apreciar a sua segunda série ambientada nesse rico universo e não poderia estar mais agradecido em ter feito essa escolha, pois Casa do Dragão em sua primeira temporada é uma obra absoluta e uma aula de narrativa concisa e impactante e de uma abordagem diferenciada que por se tratar de um universo com dragões e eles apenas serem categoricamente algo que complementa a trama, e prende de uma forma absurda cada espectador que assiste cada capítulo, o foco é na política e na sucessão do trono prestes a eclodir uma batalha que nas próximas temporadas o clima realmente será de fogo entre a rainha e a princesa de Westeros. Leia a nossa crítica da temporada aqui.

Menção honrosa: Pantera Negra: Wakanda Para Sempre (Disney), Elvis (Warner Bros.), Mulher-Hulk:  Defensora de Heróis (Disney+), Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo (A24), Better Call Saul - 6ª Temporada (AMC).

- Avast


Pinóquio, por Gullermo del Toro (Netflix)

Ao final do ano, você parece que já está com todas as suas convicções sobre o que consumiu por todo o ano, mas ali, no final de tudo, aos 45 do segundo tempo, algo te toca tão forte, que parece que tudo se embaralha de novo. Bem, esse foi Pinóquio de Del Toro.

Histórias como Pinóquio vão ser sempre revisitadas, reapresentadas, readaptadas, com resultados muito variáveis (Provavelmente mais pra baixo, só ver a versão da Disney desse ano), mas essa teve um “quê” diferente. Uma projeto realmente de paixão do seu principal idealizador, o diretor Guillermo Del Toro, que consegue trazer um novo significado para a história de um menino de madeira.

Mas não só o fato de o filme ter uma história emocionante, além de tecnicamente espetacular, me fizeram apresentá-lo por aqui, mas sim pois ele apareceu num momento, que pra mim, toda sua mensagem acabou transcendendo só o momento de assistir o filme, e que ficou reverberando na minha cabeça por muito tempo. Leia a nossa crítica do filme aqui.

Menções Honrosas: Pânico (Paramount Pictures), Turma da Mônica: A Série (Globoplay), Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo (A24), Stray (Blue Twelve Studios) e Elvis (Warner Bros.).

- Arthur


Gostaram da lista? Concordam com os escolhidos de cada um?? Não se esqueçam de deixar um comentário e comentar quais foram os melhores lançamentos de 2022 que vocês assistiram!

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