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Mesmo que por vezes convoluta, série acerta bastante ao inovar e experimentar fora do padrão Marvel
Mulher-Hulk é a mais nova série do Universo Cinematográfico Marvel lançado no Disney+, entregando algo entre um sitcom e uma comédia de procedimento jurídico de meia-hora, o que por si só demonstra um frescor dentre o oceano de obras audiovisuais de super-heróis com temáticas parecidas. Mas é preciso lembrar que até então todas as séries do UCM pareciam se distanciar dos filmes ao possuírem uma diversidade maior de gêneros e propostas, que no final foi só decepção, com as séries prometendo mais do que entregando realmente. Agora há uma excessão. Essa primeira temporada de Mulher-Hulk nos entrega algo diferente.
E não apenas pela quebra da quarta parede, um recurso que não é novo em filmes e séries, e dentro do gênero algo que já foi visto na franquia Deadpool, mas pelas decisões narrativas que tornam a série única e ímpar. Mas continuando com a quebra da quarta parede, o recurso não é tão bem utilizado no começo e metade, seu uso disperso na maioria dos episódios, mas isso muda nos episódios finais, quando a temporada fica mais meta.
Os primeiros três episódios são os piores, com o humor sendo insuportável às vezes, personagens com personalidades parecidas e segmentos desnecessários (como toda a trama da metamorfa que se transforma na Megan Thee Stallion). Um problema bastante aparente nesse início que é recorrente durante toda a temporada é o CGI péssimo, nem sempre culpa do orçamento mas também das condições de trabalho que sobrecarregam os artistas digitais.
Apesar disso Jennifer Walters, a protagonista, é desenvolvida e apresenta pro público de forma competente, com o destaque sendo pra atuação descontraída, mas talentosa, de Tatiana Maslany, que consegue entregar uma boa performance mesmo que os roteiros não ajudem às vezes.
Personagens secundários como Nikki e Pug são enfadonhos em vários momentos e em outros cumprem seu papel, mas foram as aparições especiais como a do Wong e do Demolidor que se saíram melhor, mesmo com o tempo de tela limitado seus personagens são mais interessantes, e não porquê já fora introduzidos e desenvolvidos antes, mas porquê o roteiro envolvido conseguiu fazer o público continuar gostando deles, quando poderia possivelmente ter usá-los de forma errônea.
Necessita ser mencionado também o quão fraco foram os antagonistas da série. Titânia é uma personagem insuportável por decisão dos roteiristas, mas apesar disso ela não tem um pingo de profundidade e sai mais como uma caricatura unidimensional interpretada de forma péssima por Jameela Jamil. O Todd se sai um pouco melhor que a Titânia, alguém nojento que consegue extrair a antipatia do público, mas no final ele só entrega o necessário e nada mais. O Abominável apesar de aqui não ser um antagonista claramente, ainda assim é mal utilizado e transformado em uma piada. Toda a trama do Emil Blonsky ser um coach nos proporciona o ótimo sétimo episódio que traz momentos humanos e lindos com a Jennifer/Mulher-Hulk, mas que vai totalmente contra o personagem e desperdiça o talento de Tim Roth.
Os últimos três episódios são os melhores e conseguem fazer a temporada valer a pena com todos seus altos e baixos. O finale então foi excelente e utiliza muito bem da metalinguagem pra criticar a previsibilidade dos projetos da Marvel Studios e de seus vícios narrativos que mais limitam do que ajudam. E até que o episódio utiliza muito bem o humor, que acrescenta a história, dando a crítica um tom descontraído, mas não menos de verdades.
Se as próximas séries continuarem a tentar experimentar fora da formula Marvel, com menos lutinhas de CGI cansativas usadas em seu clímax, e mais soluções narrativas criativas, teremos uma boa safra de projetos da editora pela frente. Que Mulher-Hulk seja um exemplo nesse quesito.
Média dos Episódios: 7,5
Nota: 8
Clique aqui e escute o episódio de Não é Uma Cópia, nosso podcast, sobre a série.
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