O Fórum Nerd foi convidado à conferir o filme em uma cabine de imprensa virtual à convite da Adrenalina Pura+.

A trama
parte de um ponto simples, mas eficaz: após um evento catastrófico, seis
estranhos buscam refúgio em um bunker. Lá dentro, o oxigênio começa a faltar, a
comida se torna motivo de disputa e, aos poucos, a desconfiança substitui
qualquer noção de solidariedade.
Tyrese
Gibson assume o papel de um homem pragmático, ex-militar, que tenta manter a
ordem enquanto o mundo e as pessoas ao seu redor desmoronam.
A direção
aposta em planos fechados, luzes opacas e um design de som que amplifica cada
respiração, cada gotejar de água, cada sussurro. O resultado é uma atmosfera
densa, que realmente causa incômodo, o tipo de desconforto que o gênero exige.
Gibson, por
sua vez, entrega uma atuação contida, mas firme. Ele traduz bem o cansaço e o
desespero de alguém que já viu o pior da humanidade e agora é forçado a reviver
tudo dentro de quatro paredes.
O roteiro,
contudo, tropeça em alguns clichês do gênero: personagens que funcionam mais
como arquétipos (o paranóico, a idealista, o cético), diálogos expositivos e
uma reviravolta final que, embora traga impacto, parece surgir mais para
surpreender do que para fazer sentido narrativo. Ainda assim, há algo admirável
em como o filme lida com o tema da sobrevivência moral — a ideia de que, diante
do colapso, o maior inimigo é sempre o próprio ser humano.
“Bunker” não
revoluciona o cinema de suspense, mas cumpre bem sua proposta: prende, sufoca e
provoca. É um filme que conversa mais com o instinto do que com a razão.
OPINIÃO SOBRE O FILME:
Um filme
sólido, intenso e eficiente, que se sustenta na presença de Tyrese Gibson e em
uma atmosfera de puro desconforto. Falta ousadia, sobra tensão.
Nota: 7/10
O filme estreou no catálogo do Adrenalina Pura+ no dia 23 de outubro.
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