Atenção: Essa crítica terá pequenos spoilers do filme

Pânico (2022) retorna a franquia de terror após 11 anos sem novo filme, e agora sem o principal idealizador da franquia, o diretor Wes Craven.

Aqui, acompanhamos a jovem Sam (Melissa Barrera) que vê ela mesma e seus amigos no meio de uma nova matança realizada por um novo Ghostface, na cidade de Woodsboro.

Nesse quinto filme, a franquia decide se aventurar dentro do mundo das "requels", trazendo uma conexão extremamente forte com o original, como ocorreu na franquia Halloween, em seu filme de 2018. Toda essa satirização construída dentro do filme em cima de franquias retornando em cima de seus originais, geralmente mais amados pelo público, acaba por se concentrar também em outro ponto criticado pelo filme: As fanbases tóxicas

Numa época onde se temos a internet, e pessoas podem compartilhar seus gostos online, fandoms e comunidades se formam rapidamente, mas nem sempre é tudo tranquilo, com "fãs" que acham ser donos da obra, e aqui, chegam até os pontos mais irresponsáveis por causa de um filme ruim.

Indo para os personagens, o filme consegue trazer novos personagens, até os que fossem aparecer pouco até seus destinos finais, que são realmente interessantes de diferentes modos, além de suas conexões com personagens antigos. E isso não só porque o roteiro do filme é bom, mas porque os próprios atores são bons em seus papéis, e destacando 3 atores, temos a Jenna Ortega, o Jack Quaid e a Jasmin Savoy Brown.

E o que faz os filmes serem o que criticam, os personagens originais. Dos quatro que retornam, Dewey é com certeza o melhor, além do que tem mais destaque. Sua inserção do filme, um pouco antes do meio do filme, é a mais animadora. Não que a Sidney e a Gayle não sejam boas personagens, mas a participação delas, principalmente a da primeira, as vezes parece meio destoante do resto do filme. A Sheriff Hicks não tem nada de muito especial no filme que valha destacar. 

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Dentro de todo o suspense o suspense e tensão da história, ainda consegue-se adicionar elementos do drama bem desenvolvido da protagonista, sua irmã Tara e como o passado delas se conecta a todo o terror que acontece de novo em Woodsboro, mesmo que nada de diferente do que se espera. Além disso, os momentos mais cômicos, que são os mais metalinguísticos do filme são muito bem encaixados, também como as referências.

As cenas de morte do filme são bem simples, mas sempre a atmosfera que leva até elas é sempre bem construída, te prendendo na cena, com a direção, de Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett para o verdadeiro suspense de Ghostface.

Mesmo que num filme, um dos principais problemas que a obra apresenta são situações bem absurdas. Situações, que principalmente após a descoberta final que presenciamos na história, só ficam difíceis demais de acreditar, além de algumas escolhas narrativas questionáveis.

Pânico (2022) consegue ser um ótimo filme, apresentando personagens carismáticos, uma narrativa simples, mas que ainda consegue trazer todo um suspense dentro do filme, além do uso da metalinguagem para as críticas de parte do mundo cinematográfico atual, e talvez, "fechando" a parte anterior da franquia.

NOTA: 8,5




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