Após um ano fraco de lançamentos que foi 2020 (por conta da pandemia), 2021 foi inundado com centenas de lançamentos diferentes produzidos por estúdios e serviços de streamings, trazendo muitas obras de qualidade que chamaram a atenção de todos.

Assim como fizemos com os piores lançamentos do ano, cada integrante do site Fórum Nerd listou os seus piores e melhores lançamentos do ano, dessa vez focando nos melhores lançamentos, mantendo o nosso (já tradicional) evento anual no fim do ano.

OBS: Cada membro escolheu o que gostaria de falar. Tratam-se de escolhas de cada membro do sitenão do site.

O Esquadrão Suicida (Warner Bros.)

Sempre fui fã do conceito de uma equipe como o "Esquadrão Suicida" e esperei muitos anos para que as pessoas pudessem parar de associar o grupo a apenas ao filme lançado em 2016, por isso, fiquei bastante surpreso que a Warner Bros escolheu justamente James Gunn, um cineasta que sempre demonstrou ter um vasto conhecimento sobre os quadrinhos da Marvel e da DC em suas obras, para dirigir um novo longa da Força-Tarefa X e fico ainda mais feliz em poder dizer que a espera valeu a pena.

Confesso que este não é filme para todos, principalmente para aqueles que são sensíveis a violência gráfica, mas definitivamente faz justiça ao seu material-fonte. Além de ter um elenco fenomenal com direto a nomes como Idris Elba, Viola Davis e Margot Robbie, o filme tem alguns dos melhores visuais que já vi em um longa baseado em quadrinhos. Por traz de todo o humor e a ação extravagante, também temos a dinâmica do grupo principal que é feito de maneira tão divertida que faz com que até mesmo personagens como Rick Flag, Caça-Ratos e o Homem das Bolinhas caiam na graça do público. Outro elemento que merece ser elogiado é a crítica social sobre como os EUA sempre se posicionam como os heróis de suas próprias histórias e não se importam com as consequências que suas ação causam no resto do mundo. Se eu tivesse que escolher um personagem favorito, definitivamente séria o Tubarão-Rei e torço para que a DC continue sua parceria com James Gunn e desenvolva mais projetos envolvendo o Esquadrão Suicida. Leia a nossa crítica do filme aqui.

Menções honrosas: Luca (Disney+), Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa (Sony Pictures), Liga da Justiça de Zack Snyder (HBO Max) e A Família Michael e a Revolta das Máquinas (Sony Pictures, Netflix).

- Arthur R. Vale


Duna (Warner Bros.)

Em um futuro distante, planetas são comandados por casas nobres que fazem parte de um império feudal intergalático. Paul Atreides (Timothée Chalamet) é um jovem homem cuja família toma controle do planeta deserto Arrakis, também conhecido como Duna. Sendo a única fonte da especiaria melange, a substância mais importante do cosmos, Arrakis se prova ser um planeta nem um pouco fácil de governar.

O diretor Denis Villeneuve (Blade Runner 2049, A Chegada) fez o que muitos consideravam impossível, e entregou uma ótima adaptação da obra máxima de ficção científica de Frank Herbert, que moldou a cultura pop como a conhecemos hoje. Com um elenco primoroso e uma produção impecável, Villeneuve trouxe apenas a metade da obra, sendo que o segundo filme será lançado em 2023, já que o primeiro foi um sucesso de crítica e publico. Mal posso esperar para ter esse épico adaptado (da forma correta) pela primeira vez! Leia a crítica do filme aqui.

Menções honrosas: Maligno (Warner Bros.), Ataque dos Cães (Netflix), Inside (Netflix), SSSS. Dynazenon (Trigger), Nomad: Megalobox 2 (TMS). Cenas de um Casamento (HBO Max) e Judas e o Messias Negro (HBO Max).

- Charlie Brown


Missa da Meia-Noite (Netflix)

Missa da Meia–Noite” é uma excelente opção para quem curte terror, usando elementos do sobrenatural para amedrontar e controlar os cidadãos de uma comunidade afastada do resto do mundo. Além disso, a minissérie faz uma crítica social (de forma bem filosófica) a respeito do fanatismo religioso, preconceito e intolerância, bem como a manipulação de pessoas cegas pela fé. O diretor Mike Flanagan usou horror sobrenatural com elementos do terror para expor até onde pode chegar a maldade humana perante falsos milagres e falsos profetas, sob o pretexto da salvação. Além da excelente direção, a minissérie ainda conta com atuações igualmente excelentes.

“Missa da Meia–Noite” é uma minissérie criada por Mike Flanagan para a Netflix, criador das duas antologias “A Maldição da Residência Hill” (2018) e “A Maldição da Mansão Bly” (2020), também produções originais da Netflix. A minissérie conta a história de uma comunidade pesqueira extremamente católica que vive isolada em uma ilha próxima à costa e se depara com fenômenos misteriosos que começam a acontecer na cidade com a chegada do novo padre local, que acolhe a população abalada religiosamente. Leia a crítica da minissérie clicando aqui.

Menções honrosas: Vingança & Castigo (Netflix) e Trilogia Rua do Medo (Netflix).

- Bruno Assef de Vitto


Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa (Sony Pictures)

O filme mais esperado do ano, "Homem-Aranha: Sem Volta para Casa" foi alvo de muito ceticismo e desconfiança desde que anunciaram que o longa iria abordar o Multiverso e assim trazer vilões de franquias anteriores, porém não há dúvidas que toda essa desconfiança foi por água a baixo, conseguindo fazer do longa um dos melhores (senão o melhor) filme de cultura pop do ano.

O longa extremamente bem dirigido por Jon Watts traz Peter Parker (Tom Holland) lidando com as consequências te ter tido sua identidade revelada e então buscando o Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) para resolver o problema, porém por um descuido de Peter o multiverso acaba sendo aberto e vilões de diferentes universos acabam surgindo. Embora possa parecer uma premissa duvidosa, o longa consegue trazer um roteiro muito bom, não se sustentando apenas na nostalgia, mas sim trazendo uma história envolvente e criativa. Além disso, o longa também traz atuações excelentes, em especial de Willem Dafoe, que entrega um brilhante trabalho como Duende Verde. Por fim, é inegável a maestria dos efeitos especiais e da trilha sonora, que conseguem superar em muito ao que foi entregue anteriormente. Sem dúvidas, o melhor filme do Homem-Aranha. Para mais detalhes, leia a crítica do filme aqui.

Menções honrosas: Eternos (Disney), WandaVision (Disney+). O Esquadrão Suicida (Warner Bros.) e A Família Michael e a Revolta das Máquinas (Sony Pictures, Netflix).

- Gabriel Martini


Arcane (Netflix)

"Arcane" é uma série animada ambientada no universo do game League of Legends, com produção da Riot Games. Temos de um lado, Ladoalto, uma cidade onde as pessoas detêm poder aquisitivo e recebem um olhar cuidadoso do governo, enquanto uma tecnologia chamada Hextec começa a ser explorada em prol desse grupo seleto. Do outro, temos a Subferia, uma espécie de distrito subterrâneo que recebe toda poluição  oriunda de Ladoalto, é dominado pela fome, por uma droga perigosa chamada sintila e que é, ainda por cima, subjugada por criminosos.

Arcane é um acontecimento. É uma série sobre família e suas complexas relações. A série trabalha questões como lealdade, abandono e resiliência. A começar, os traços da animação são de tirar o fôlego.  Temos um realismo absurdo, somado a uma trilha sonora a ser reverenciada. Hailee Steinfeld é quem dá voz a Vi, uma das personagens centrais e mais cativantes da trama. Sem dúvida, um acerto de 2021 no catálogo da Netflix que já teve sua segunda temporada confirmada. Leia também a nossa crítica da animação aqui.

Menções honrosas: Duna (Warner Bros.), Maligno (Warner Bros.) e Mare of Easttown (HBO Max).

- Thalita Santos Amaral


Cry Macho: O Caminho para Redenção (Warner Bros.)

"Cry Macho: O Caminho para Redenção" tem a premissa de nos contar a jornada de Mike Milo, um ex-astro de rodeios que sofreu um acidente e isso o forçou a se aposentar e além disso, sua esposa e filho morreram em um acidente de carro, além de ter sido demitido como criador e treinador de cavalos, mas após sua demissão, seu chefe desesperado liga para ele e na questão de uma honra passada o contrata para buscar seu filho Rafo que está no México e sob os cuidados de sua mãe maluca. Logo neste caminho até a fronteira com os Estados Unidos Mike e Rafo vão criando uma amizade e ambos se acostumando com a cultura diferente um do outro.

Cry Macho é um filme tocante e bonito, que traz dilemas sobre a desconstrução da masculinidade, tem ótimas atuações e uma direção fantástica. Ele pode ser um filme lento que pouco irá agradar muitos, mas que fornecer algo mais dinâmico principalmente se tratando de Clint Eastwood. É um filme muito bem filmado e um faroeste digno de atenção que infelizmente não veio a receber. Quem é fã do gênero com certeza vai gostar de ver um dos maiores atores deste meio em mais uma obra que respeita sua lendária filmografia.

Menções honrosas: O Último Duelo (20th Century Studios/Disney), Eternos (Disney), Loki (Disney+) e Ataque dos Cães (Netflix).

- Avast


Love: A História de Lisey (Apple TV+)

Série lançada para o Apple TV + em 2021, "Love: A História de Lisey" adapta um livro de Stephen King.

Protagonizado por Julianne Moore e Clive Owen, a série conta a história de um escritor que morre, e muitas pessoas vão atrás de sua esposa em busca de histórias não lançadas. Cercada de mistério e suspense, a série consegue prender o espectador até os últimos momentos, não deixando cair o clima de tensão e apreensão.

- Luís Fernando (Bruce)


Disco Elysium: The Final Cut (ZA/UM)

"Disco Elysium" foi lançado originalmente em 2019, mas sua expansão The Final Cut foi lançada esse ano, e adiciona bastante conteúdo pro game. O RPG da desenvolvedora indie ZA/UM não é um game convencional de seu gênero, ele não apresenta muitos combates e não está interessado em contar uma história megalomaníaca. Disco Elysium pode ser resumido como "Dungeons & Dragons misturado com séries policiais dos anos 70", só que com uma sensibilidade política jamais vista na histórias dos games.

O jogador controla um policial alcoólatra que acorda um dia sem nenhuma memória prévia de sua vida e cabe a você dar a ele uma personalidade e descobrir tudo sobre a vida do policial e o mundo ao seu redor. Disco Elysium dá ao jogador liberdade imensa para moldar o personagem a sua vontade, você pode ser um comunista interessado em arte ou um fascista pronto pra impor autoridade, você decide. A genialidade de seus infinitos diálogos e interações, a narrativa cativante, o humor ácido e que brinca com a cultura pop e filosofia (Hobocop, Kras Mazov), além da inovativa Thought Cabinet, um feature que nenhum jogo teve antes, onde suas habilidades falam diretamente com você, faz de Disco Elysium um dos melhores games já feitos.

- Sam


The Beatles: Get Back (Disney+)

"The Beatles: Get Back" foi um presente. As quase 8 horas de filmagem nos apresentam o começo do fim dos Beatles, durante uma maratona de gravações para um novo filme (Que se tornaria o Let it be, lançado em 1970), que mostrava a banda no processo de criações de novas canções, para voltarem aos palcos depois de 3 anos fora.

Interessante como Get Back vem para desmistificar o final dos Beatles, que antes era tratado como cheio de tensão (o que ainda é meio verdade), mas o documentário vai mostrando que nem tudo eram "brigas", e que os Beatles ainda tinham uma boa conexão ali. Também é incrível poder ver o processo criativo e a lapidação de várias canções que se tornariam clássicos da discografia dos Beatles e onde tudo culminaria para o clássico concerto do telhado da Apple. E também, um parabéns para o diretor Peter Jackson e toda a equipe envolvida pela restauração das filmagens originais da Michael Lindsay-Hogg e sua equipe, uma das principais coisas que chamam atenção no documentário.

- Arthur


Gostaram da lista? Concordam com os indicados de cada um?? Não se esqueçam de deixar um comentário e comentar quais foram os melhores lançamentos de 2021 que vocês assistiram! Nós da equipe do Fórum Nerd desejamos um Feliz Ano Novo para todos, e que 2022 tenha tantos lançamentos bons quanto 2021!

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