2021 foi um grande ano de retomada para o cinema, além do crescimento geral de diversos serviços de streamings, aumentando ainda mais o número de filmes, séries, minisséries, jogos e qualquer tipo de entretenimento produzido.

Entretanto, nem tudo são flores. Com esse número grande de produções, nem tudo obviamente tem qualidade ou consegue agradar a todos. Com isso, nós do site Fórum Nerd vamos continuar o nosso (já tradicional) evento que é listar os piores e melhores lançamentos do ano, dessa vez focando nos piores.

OBS: Cada membro escolheu o que gostaria de falar. Tratam-se de escolhas de cada membro do site, não do site.

Mortal Kombat (Warner Bros.)

Tornei-me um grande fã da série de games em 2019 com o lançamento do jogo “Mortal Kombat 11”, em pouco tempo, me fascinei pelos seus personagens e demonstrei grande interesse em acompanhar suas histórias. Devido a isso, comecei a criar uma expectativa razoável para o novo filme live-action, mas toda vez que surgia uma noticia boa sobre essa produção, apareciam mais duas para me preocupar. 

Como fã da franquia, não achei esta adaptação completamente detestável, porém o filme está longe de ser tudo aquilo que os envolvidos prometeram a respeito do roteiro e das cenas de ação. A adição de Cole Young, um personagem que não existe nos jogos, como o protagonista não se mostrou ser uma decisão acertada, principalmente quando tivemos personagens clássicos como Liu Kang e Kung Lao que foram bem caracterizados no longa. E mesmo com a tão desejada classificação para maiores de 18 anos, até suas sequências mais gráficas acabaram sendo esquecíveis. Infelizmente com o lançamento deste filme, da animação decepcionante e falta de conteúdos novos da Netherealms Studios, 2021 se mostrou como uma fatalidade para os fãs de Mortal Kombat. Confira nossa crítica aqui.

Menção honrosa: Army of the Dead: Invasão Las Vegas (Netflix).

- Arthur R. Vale


Cherry - Inocência Perdida (Apple TV+)

Um ex-médico do exército sofre de transtorno pós-traumático após retornar do Iraque. Ao tentar lidar com uma doença, ele acaba virando um assaltante de bancos para sustentar o seu vício em drogas.

O último filme dos diretores Joe e Anthony Russo (Vingadores: Ultimato) estrelado pelo ator Tom Holland (Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa) é não só um dos piores filmes que já vi na minha vida, como uma ofensa ao cinema, e merece ser estudado como um grande exemplo de o que não fazer em um filme. A história e a narrativa são pretenciosas e pobres, com os diretores simplesmente não sabendo lidar com essa história que trata de temas pesados e importantes sem nem sequer saber como dirigir o elenco, fazendo todos passarem vergonha (vide os gemidinhos que Holland faz em determinada cena para demonstrar que é atormentado). Vale destacar a fotografia horrível e a cena envolvendo o ânus do protagonista (é sério).  Nem o talentoso Tom Holland salva essa bomba. Leia a nossa crítica do filme aqui.

Menções honrosas: Army of the Dead: Invasão Las Vegas (Netflix), What If... ? (Disney+), Space Jam: Um Novo Legado (Warner Bros.), Cowboy Bebop (Netflix) e Lamb (A24).

- Charlie Brown


Awake (Netflix)

Awake é uma produção da Netflix que mistura suspense com científica ao apresentar um incidente global inesperado que aconteceu sem alguma explicação e que destruiu todos os equipamentos eletrônicos existentes no planeta; afetando também como pessoas. Com isso, ninguém mais consegue dormir, sofrendo graves efeitos colaterais, levando à exaustão e impossível em morte.

De longe, Awake conseguiu ser a pior produção de 2021 do gênero de filmes pós apocalíptico, tentando inovar com ideia de mundo caótico ao inserir insônia coletiva após um colapso global, mas decepciona por ser previsível e superficial demais. No fim das contas, Awake é só mais um filme clichê sobre um mundo pós apocalíptico bem raso e genérico. Leia a crítica do filme clicando aqui.

Menções honrosas: Alerta Vermelho (Netflix) e Os Irregulares de Baker Street (Netflix).

- Bruno Assef de Vitto


O Legado de Júpiter (Netflix)

Sem dúvidas a maior decepção em meio as produções de heróis que vimos no ano de 2021 foi "O Legado de Júpiter", algo que com certeza é um consenso entre os fãs do estilo. A série baseada na obra do autor Mark Millar (Guerra Civil, Kick-ass: Quebrando Tudo) narra a história e os conflitos da família de Utópico, a versão do Superman daquele universo.

Com um roteiro extremamente mal escrito a série tenta mostrar os dramas sofridos pelos filhos de Utópico, que apresentam o mesmo padrão que já foi abordado diversas vezes em dramas familiares: o filho que tenta agradar o pai e a filha rebelde. Essa dinâmica de tentar emular uma família comum e tentar trazer os mesmos problemas sofridos por pessoas normais e acabar falhando é um dos inúmeros problemas da série, que além disso apresenta personagens extremamente sub-desenvolvidos, péssima direção que atrapalha a coesão do enredo e excesso de tramas. Sem dúvidas a série que foi comparada por Millar com O Poderoso Chefão e Vingadores parece apenas mais uma das inúmeras tentativas da Netflix de tentar inflar seu catálogo. Para mais detalhes a respeito, leia a nossa crítica da série aqui.

Menções honrosas: Venom: Tempo de Carnificina (Sony Pictures).

- Gabriel Martini


Esquadrão Trovão (Netflix)

Esquadrão Trovão é um filme estadunidense de comédia de super-heróis de 2021 escrito e dirigido por Ben Falcone para a Netflix. O longa narra a história de um mundo aterrorizado por vilões super poderosos. Uma cientista, Emily Stanton (Octavia Spencer) quer muitas esse cenário e, por isso, desenvolveu o processo para dar superpoderes a pessoas normais. Um acidente, no entanto, dá poderes a sua antiga amiga, Lydia (Melissa McCarthy), e juntas elas lutarão contra os supervilões.

Nem com nomes talentosos e carismáticos como Melissa McCarthy e Octavia Spencer o filme consegue embalar. Ao contrário, as piadas são tão piegas que dá vontade de se esconder de tamanha vergonha alheia. A trama é vazia, esquisita e sem novidades. Além disso, Jason Bateman entrega possivelmente o pior papel de sua vida, na pele de Jerry. Sem dúvida, uma das maiores bolas foras de 2021. Leia a nossa crítica do filme aqui.

Menções honrosas: Vozes e Vultos (Netflix), The Voyeurs (Amazon Prime Vídeo) e Por Trás da Inocência (Netflix).

- Thalita Santos Amaral


Tempo (Universal Pictures)

"Tempo" conta a história de duas famílias presas em uma praia isolada onde coisas absurdas começam a acontecer por lá, pois a cada hora que se passa lá dentro, equivale a um ano passado, nisto eles precisam arranjar um jeito de sair desta praia misteriosa e vão descobrindo que existe algo muito mais macabro por trás do que imaginavam.

Tempo é um filme devidamente curioso, filme esse que eu apostei em uma renascença do diretor M. Night Shyamalan que de tempos para cá, infelizmente decaiu (embora trouxe algumas obras boas recentes). Mas ele é imprevisível, e "Tempo" mostra muito bem essa característica do diretor. O filme começa de uma boa forma mas ao longo da narrativa ele vai se perdendo em meio a casos estranhos em volta de uma direção que não é eficaz. Os atores aqui parecem estar no automático a todo tempo (HÁ HÁ HÁ) e parece que sequer queriam estar presentes ali, causando situações constrangedoras na hora de uma tentativa de horror barata. O plot twist é interessante sim, mas foi feita de forma muito didática e meio que a estraga logo depois. Infelizmente é difícil prever qual será a próxima empreitada do Sr. Shyamalan. Leia a nossa crítica do filme aqui.

Menções honrosas: Space Jam: Um Novo Legado (Warner Bros.), Tom & Jerry: O Filme (Warner Bros.) e Venom: Tempo de Carnificina (Sony Pictures).

- Avast


Alerta Vermelho (Netflix)

Uma das maiores apostas de toda a história da Netflix, o filme conta com um grande elenco, tão proporcional com a decepção que o longa causa.

A ideia de Alerta Vermelho era ser um filme divertido, engraçado e com boas cenas de ação. Mas nem mesmo seu elenco carismático consegue salvar a produção. Com uma história boba e diversos momentos de vergonha alheia, o filme certamente figura em uma das maiores bombas do ano. Leia a nossa crítica do filme aqui.

- Luís Fernando (Bruce)


Space Jam: Um Novo Legado (Warner Bros.)

Em Space Jam: Um Novo Legado, a inteligência artificial, Al G sequestra o filho de Lebron James e envia o lendário jogador dos Los Angeles Lakers para uma realidade paralela, onde vivem apenas os personagens de desenho animado da Warner Bros. Para resgatar o seu filho, ele precisará vencer uma partida épica de basquete contra superversões digitais das maiores estrelas da história da NBA e da WNBA. Para essa dura missão, King James terá a ajuda de Pernalonga, Patolino, Lola Bunny, dentre outros personagens consagrados de Looney Tunes.

A sequência de Space Jam não pode nem ser considerada um filme de verdade. Servindo como uma amostra das IPs da Warner Bros e uma propaganda pro catálogo da HBO Max, Space Jam é um produto e nada mais que isso, sem uma alma e personalidade que incorpora tudo de errado com a cultura corporativa que domina os cinemas atualmente.

- Sam


WandaVision (Disney+)

O que acontece quando se tem uma proposta extremamente boa e diferenciada, mas no caminho você tem personagens mais ou menos (não exatamente todos), encheções de linguiça, ruínas de reviravoltas, adaptações meia-bomba de personagens que serão importantes, vilões desperdiçados e quase que uma das maiores passadas de panos da história?

A série começa relativamente boa sim e tem seus momentos bons, mas parece que não conseguiu dar o "bote" certo, e vai meio que ficando lenta demais, e só culmina num final que não traz nenhuma satisfação, tanto pra própria série, para o espectador. Mas pelo menos ocorrido o Billy e o Tommy introduzidos na série. Leia a nossa crítica da série aqui.

- Arthur


Gostaram da lista? Concordam com os indicados de cada um?? Não se esqueçam de deixar um comentário e comentar quais foram os piores lançamentos de 2021 que vocês assistiram!

Post a Comment

Postagem Anterior Próxima Postagem