Filme passa a sensação de ser mais uma obra inspirada nos jogos do que uma adaptação dos mesmos e apresenta ideias que poderiam ser melhor exploradas em uma sequência.
Em 2015, foi anunciado que uma nova adaptação cinematográfica da franquia de jogos Mortal Kombat estaria em desenvolvimento pelas mãos do cineasta James Wan, porém, devido ao seu comprometimento com o filme "Aquaman" (2018) que era outra produção da Warner Bros, Wan decidiu trabalhar no projeto apenas como produtor. No ano seguinte, o estreante Simon McQuoid assumiria a direção do longa cujo o qual daria inicio a suas filmagens em 2019.
Na história, o novo personagem Cole Young (Lewis Tan) descobre ser um dos guerreiros escolhidos para combater as forças da Exoterra ao lado de outros lutadores que possuem a mesma marca de Dragão que a sua. Para isso, os novos campeões do Plano Terreno, que também incluem Liu Kang (Ludi Lin), Kung Lao (Max Huang), Sonya Blade (Jessica McNamee), Jax Briggs (Mehcad Brooks) e Kano (Josh Lawson) terão que se preparar para lutarem em um antigo torneio místico e violento conhecido como o Mortal Kombat.
O filme começa introduzindo as origens da rivalidade entre Scorpion (Hiroyuki Sanada) e Sub-Zero (Joe Taslim), depois disso, é importante apontar que a história pode parecer confusa principalmente para aqueles que não estão familiarizados com o universo dos jogos. O longa tenta entregar explicações sobre as regras do torneio e a razão pela qual seus combatentes possuem suas icônicas habilidades de maneira que se distancia do conceito original e que não faz muito sentido.
Outro elemento que chega a ser decepcionante é o fato de não há exatamente um torneio real acontecendo na trama e os desafios tragos pelos servos de Shang Tsung (Chin Han) são apenas para impedir os heróis de participarem no verdadeiro Mortal Kombat durante os seus treinamentos. Apesar das referências e das homenagens, o filme parece contar outra história que faz uso de elementos dos jogos como inspiração ao em vez de passar a sensação de ser uma adaptação dos mesmo.
As tão desejadas "Fatalities" estão presentes no longa graças a sua classificação para maiores de 18 anos, o filme até tenta tirar proveito de sua própria violência gráfica, porém suas cenas de ação em si, apesar de serem feitas por atores competentes no ramo de artes marciais, são bem apresadas e esquecíveis em sua maioria devido aos contínuos cortes em sua edição. As lutas que mais conseguem destacar envolvem o Sub-Zero e praticamente já foram todas mostradas no trailer.
Embora a adição de um novo protagonista possa soar como algo preocupante para os fãs, Cole Young não chega a ser um ponto negativo ou positivo, porém chegar a ser decepcionante ver que Kung Lao e Liu Kang poderiam ter tido mais destaque na trama, pois todos os atores no filme não chegam a entregar atuações ruins e incorporam bem seus personagens, Kano sendo um ótimo exemplo disso, pois apesar de não ter ser icônico olho metálico como nos jogos, ainda consegue ser engraçado e divertido.
Apesar dos atores entregarem seu melhor para se manterem fieis ao conceito de seus personagens, o reboot de Mortal Kombat não chega a ser uma adaptação detestável, porém ainda sofre de um roteiro falho que explica as regras de seu mundo de maneira confusa para os novos fãs da franquia e parece depender de uma possível sequência para se aprofundar em sua história e explorar suas ideias apresentadas.
Nota do Filme: 6,5/10
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