Com personagens carismáticos, cenas de ação bem coreografadas e estética impressionante, Army of the Dead: Invasão em Las Vegas (Netflix, 2021) traz uma história instigante e chamativa, mesmo que com um roteiro um tanto previsível.
🚨🚨🚨 Alerta de Spoiler 🚨🚨🚨
Talvez o diretor mais controverso e polêmico da atualidade, o cineasta Zack Snyder está sempre surpreendendo seus espectadores com suas obras, sempre dividindo as opiniões alheias e se tornando alvo de discussões entre seus fãs e "haters". Agora o diretor trouxe seu mais novo trabalho, o longa de zumbis Army of the Dead: Invasão em Las Vegas. Porém será que vale a pena conferir? É isso que você vai descobrir aqui!
O mais novo filme da Netflix, Army of the Dead: Invasão em Las Vegas traz um mundo onde quase toda a população de Las Vegas acabou se tornando zumbi e dominou toda a cidade, porém, dentro do maior cassino de Las Vegas há um cofre totalmente invulnerável que contém 200 milhões de dólares. É aí então que entra o Tanaka (Hiroyuki Sanada), um homem rico que pretende contratar uma equipe para entrar na cidade, abrir o cofre e efetuar um dos roubos mais perigosos de todos.
Primeiramente é necessário falar sobre a origem desse "apocalipse zumbi", causado apenas por um acidente ocasionado pelo descuido de um motorista que estava em meio a uma relação de sexo oral, o que além de ser bem simplista e sem criatividade se mostra uma imensa conveniência do roteiro para que o enredo do filme seja criado.
Ainda nesse mérito do início do filme, umas das questões que o longa deixa em aberto é de onde surgiu o primeiro zumbi, algo que mesmo não sendo crucial para a trama poderia agregar em muito para a história do longa.
E já que estamos falando dos mortos-vivos do longa, vale ressaltar a falta de presença dos zumbis, principalmente aqueles que deveriam ter mais destaque no longa, como Athena, a Rainha Zumbi, o Zeus, o Zumbi Líder e até mesmo o Tigre Valentine, que embora fossem destaque durante a divulgação do filme se tornam apenas meros figurantes da trama.
Outro ponto do roteiro que vale a pena destacar é sua previsibilidade, trazendo muitas vezes coisas que já eram previstas antes, como a morte de Chambers (Samantha Jo), a antecipação do lançamento da bomba, a traição de Martin (Garret Dillahunt) e a zumbificação de Scott (Dave Bautista) e Vanderohe (Omari Hardwick).
Há também o modo de execução do início da história que ocorre de uma forma um tanto acelerada demais, porém conforme o filme vai se desenrolando a falta de desenvolvimento acaba sendo solucionada, de modo que nós espectadores podemos nos aproximar do personagens, sentir o que eles sentem e até mesmo nos apegarmos, ainda que seja de uma forma bem leve, de tal forma que podemos até mesmo ficar tristes quando alguns deles morrem, tais como Dieter (Matthias Schweighöfer) e Maria (Ana de la Reguera). Ainda assim, há alguns pontos desnecessários no filme que poderiam ser evitados e assim reduzir sua duração sem prejudicar a qualidade do longa.
Porém, ainda assim com esse pequenos problemas de roteiro o filme ainda assim nos mostra uma fotografia muito boa e efeitos especiais excelentes, sendo mais um acerto na carreira de Zack Snyder, que nesse filme em especial deixou um pouco de lado sua marca registrada, o uso de Slow Motion (câmera lenta). Ainda assim, o desfoque das imagens acaba sendo um tanto inconveniente.
Por fim, minhas últimas críticas ao filme são seus personagens sem desenvolvimento, que embora sejam carismáticos são um tanto superficiais, sem profundidade, de forma que acabam sendo jogados no filme. Além disso, é um tanto curioso a demora que ocorre para a zumbificação dos personagens principais e dos figurantes, pois enquanto os outros são transformados no mesmo instante que ocorre a mordida, Scott demora mais de 10 minutos para se tornar zumbi, enquanto Vanderohe demora várias horas até que note que foi infectado, e ainda assim, acaba não se transformando.
Concluindo, mesmo com várias questões deixadas em aberto e um roteiro um tanto previsível, Army of the Dead: Invasão em Las Vegas é um filme ótimo para passar a tarde ou ver com os amigos de noite, assim trazendo um entretenimento perfeito para aqueles que curtem muito sangue, matança e acima de tudo, ação.
Nota: 6,5.
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