Conheça a UOL Play, e tenha acesso a filmes, séries e canais por assinatura da TV Fechada. Assista O Conto da Aia, De Férias com o Ex, ICarly e muito mais aqui.


Hoje, dia 20 de novembro, é comemorado o dia da Consciência Negra. Nesta data emblemática, que enaltece a importância da representatividade negra em todos os meios, entre eles o áudio-visual, trouxe uma lista que contém filmes de 2022 com protagonismo negro lançados até o momento de publicação deste texto.

É importante salientar que a lista não abarca todos os filmes, portanto, não deixe de colocar nos comentários as dicas de vocês! 

NÃO! NÃO OLHE!

Não! Não Olhe! (Nope) é um terror alienígena escrito, dirigido e co-produzido por Jordan Peele, nome por trás do sucesso Corra!.

Na trama, quando objetos caem misteriosamente do céu e causam a morte de seu pai, os irmãos e proprietários de uma fazenda, especialistas em treinamento de cavalos, OJ (Daniel Kaluuya) e Emerald Haywood (Keke Palmer) percebem que há algo estranho na pequena Agua Dulce e tentam capturar evidências em vídeo de um objeto voador não identificado com a ajuda do vendedor de tecnologia Angel Torres e do documentarista Antlers Holst.

O filme conta com performances brilhantes de Kaluuya e Palmer. No plot de seus protagonistas temos a superação de uma tragédia pautada em resiliência e luta genuína. 

Jordan Peele não perde a oportunidade de pavimentar suas histórias  com comentários sociais e toca fundo nas questões raciais. Além de saber como filmar, ele sabe acima de tudo aterrorizar. O criador se concretiza, portanto, como uma figura de importância e competência no cinema e entrega mais uma vez um terror de qualidade e acima de tudo com inteligência e representatividade. 

Você consegue assistir ao filme no UOL Play. 
Leia a crítica completa de Não! Não Olhe! aqui.

A MULHER REI 


A Mulher Rei (The Woman King) é um filme épico dirigido por Gina Prince-Bythewood. O roteiro é assinado por Dana Stevens ao lado da própria Gina. Viola Davis além de estrelar o longa lançado pela Sony Pictures Releasing, assina também sua produção.

A trama, inspirada na história real das amazonas do Damoé, se passa no Reino do Daomé, situado na África Ocidental, durante a década de 1820. O rei Ghezo (John Moyega) está disposto a iniciar uma guerra contra os Oyó, traficantes de escravos, e para isso ele precisará de toda a sua força de combate, em especial as guerreiras Agojie, que são lideradas pela General Nanisca (Viola Davis).

Ao longo da história acompanhamos a jovem Nawi (Thuso Mbedu), que chega ao palácio após ser oferecida ao rei pelo próprio pai. Ela inicia o treinamento para se tornar uma Agojie e logo percebe que aquelas mulheres são muito mais que guerreiras. Elas terão que estar preparadas, pois Oyó reúne forças e pode atacar a qualquer momento.

Viola Davis mostra toda sua versatilidade e entrega uma personagem poderosíssima. Seu preparo físico é visível e as sequências de ação do longa surpreendem. A Mulher Rei é um filme que precisa ser visto e enaltece uma história importante que precisa ser conhecida.

Em breve disponível on demand.
Leia a crítica completa de A Mulher Rei aqui.

EMERGÊNCIA


Em Emergência acompanhamos dois amigos e estudantes  universitários Sean (RJ Cyler) e Kunle (Donald Elise Watkins). Apesar de diferentes quanto ao temperamento, os amigos pretendem se tornar os primeiros homens negros a completarem o Tour lendário, que consiste basicamente em visitar um total de sete festas de fraternidades diferentes em uma mesma noite. O que tinha tudo pra ser um dia inesquecível, não sai conforme o esperado, já que quando os dois passam na casa que eles dividem com o amigo Carlos (Sebastian Chacon), um estudante de origem latina, eles se deparam com o corpo inconsciente de Emma (Maddie Nichols), ​​uma jovem branca menor de idade, em sua sala de estar. 

As coisas tomam rumos ainda mais complicados quando Sean insiste para que eles não chamem a polícia, com receio de serem acusados injustamente pelo fato de serem negros. A partir daí, os três iniciam uma saga para conseguirem ajudar a menina inconsciente sem necessariamente se comprometerem.

A direção acerta a mão na hora de criar os momentos de tensão. O longametragem trata a questão racial de forma direta e objetiva, não apenas como pano de fundo. E é justamente isso que ele faz de uma forma muito explícita, se utilizando da ferramenta cômica, porém de uma forma coerente. Uma surpresa boa no catálogo do Prime Video.

Você consegue assistir ao filme no Amazon Prime Video.
Leia a crítica completa de Emergência aqui.


FANTASMAS DO PASSADO



Na história de Fantasmas do Passado seguimos duas mulheres afroamericanas. Uma delas é Gail Bishop (Regina Hall, Nove Desconhecidos) que ocupa um cargo de importância na fictícia Ancaster College, instituição de maioria branca que, segundo seu corpo docente e lideranças, quer tornar a Universidade mais diversa. A personagem de Reginal Hall tem proximidade com Liv Beckman (Amber Gray), uma professora que almeja um cargo efetivo em Ancaster. 

O filme escancara o racismo institucional e estrutural e mostra que muitas vezes o verdadeiro perigo vem das pessoas e não de assombrações. Além disso, ele suscita muito bem a temática do privilégio branco, bem como o debate sobre como algumas pessoas se apropriam do discurso de diversidade e representatividade apenas de forma vazia para seguir tendência. 

É quase impossível não lembrar de Corra! ao assistir esse longa, no qual a ousadia prevalece. A mensagem impacta e temos a excelente performance de Regina Hall para tornar a experiência valiosa.

Você consegue assistir ao filme no Amazon Prime Video.
Leia a crítica completa de Fantasmas do Passado aqui.


PANTERA NEGRA: WAKANDA PARA SEMPRE



A história traz Wakanda lidando com a perda de seu Pantera Negra. A resiliência e o luto são, portanto, elementos perenes no transcorrer do longa. Enquanto lidam com essa dolorosa perda, Wakanda é vista como desprotegida pelo mundo exterior que busca a todo custo Vibranium ao redor do planeta. Essa busca surge como uma ameaça a um reino subaquático até então desconhecido cujo líder é denominado Namor (Tenoch Huerta).

Temos o encerramento da Fase 4 do MCU justamente com o melhor filme dos últimos anos. Ryan Coogler é novamente assertivo ao construir sua trama e não deixa de lado o debate social, ao levantar questionamentos importantes com relação a colonização que subjuga e escraviza os povos.

Pantera Negra: Wakanda para Sempre é muito mais que um filme de herói. É representatividade, luta, cultura. O filme exala sinceridade, emoção e isso transcende a tela. 

Você consegue assistir ao filme nos cinemas.
Leia a crítica completa de Pantera Negra: Wakanda para Sempre aqui.

NOITES BRUTAIS


Em Noites Brutais, uma jovem chega à casa alugada via Airbnb, pois tem uma entrevista de emprego na cidade no dia seguinte, e descobre que a residência está ocupada por um homem estranho. Contra seus instintos mais básicos, ela resolve passar a noite à convite do estranho, em razão da necessidade, mas logo descobre que a casa esconde perigosos segredos.

O filme consegue construir tensão como poucos nos últimos tempos, com uma narrativa bem amarrada e atuações funcionais, com destaque para Georgina Campbell. Pautas como o machismo impregnado na sociedade e as dificuldades que as mulheres enfrentam em sua rotina apenas por serem mulheres são trazidas à tona de forma convincente.

Noites Brutais é um dos melhores filmes de terror do ano e merece ser visto.

Você consegue assistir ao filme no Star+.
Leia a crítica completa de Noites Brutais aqui.

MEDIDA PROVISÓRIA


Medida Provisória é o filme que marca a estreia de Lázaro Ramos como diretor. O ator, diretor e roteirista pega uma já real ameaça racista e se pergunta como seria na realidade se um distópico governo de supremacia branca emitisse ordens para deportar a população negra do Brasil para a África, com a desculpa de assim ser considerada como uma reparação histórica pela escravidão no país – e que, para isso, tomasse medidas drásticas e brutais. 

O longa é uma adaptação de “Namíbia, Não!”, peça teatral escrita pelo ator e dramaturgo Aldri Anunciação, em que Lázaro Ramos dirigiu para o teatro em 2011.

A trama trata questões raciais no Brasil, servindo como um poderoso alerta e reflexão de como o racismo, ódio, opressão e intolerância podem levar ao impensável – por mais absurdo que a premissa possa parecer, ainda assim nos mostra o quão perigoso e maldoso o ser humano pode ser; e o filme o faz causando um grande desconforto.  

Longa poderoso e necessário.

Você consegue assistir ao filme no Globoplay.
Leia a crítica completa de Medida Provisória, de autoria de Bruno Assef de Vitto, aqui.

A representatividade veio pra ficar! Contem aí nos comentários quais dos filmes dessa lista vocês já conferiram!

Post a Comment

Postagem Anterior Próxima Postagem