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Se aproximando de seu final, o antepenúltimo capítulo da primeira temporada de "A Casa do Dragrão" entrega um de melhores e mais chocantes episódios até agora.


Aviso: O texto a seguir pode conter spoilers




Se passando seis anos desde os eventos do episódio anterior, Rhaenyra (Emma D´Arcy) e Daemon Targaryen (Matt Smith), agora casados e com dois filhos pequenos mais um a caminho nascer, retornam a King´s Landing para negociarem uma aliança com a rainha Rhaenys (Eve Best) e participarem das discussões a respeito sobre quem deve assumir o trono do reino de Driftmark que por direito pertence a casa Velaryon. Porém ao chegarem, eles descobrem que a condição médica do rei Viserys (Paddy Considine), que a tempos tem sofrido de uma espécie de hanseníase, piorou muito desde de sua última visita. 

Antes de começar a análise devidamente, é importante ressaltar que este é o último episódio de "A Casa do Dragão" a ter os infames saltos temporais, que até então já pareciam esta sendo utilizados excessivamente no começo de cada capítulo, ou seja, a partir dos próximos episódios restantes, a série finalmente permanecerá no mesmo período de tempo e começara a ter uma continuidade mais direta com os seus acontecimentos mais recentes que dará aos personagens  mais espaço para lidar melhor com tais eventos.


O episódio começa revelando que o rei de Drifmark,
Corlys Velaryon (Steve Toussaint) morreu tragicamente fora de cena em um ataque causado por piratas. Tal decisão ousada pode até parecer surpreendente e decepcionante de início, porém ela ajuda a desencadear os tópicos mais interessantes na história, que nesse caso seriam as discussões para decidir quem assumirá o título de Senhor das Marés. De um lado temos o irmão de Corlys, Vaemond (Will Johnson) se declarando merecedor do posto por ser um Velaryon de sangue puro e do outro temos Rhaenyra querendo que seu filhos assumam o trono. 


Provavelmente, o assunto que mais irá chamar atenção no episódio e de fato merece destaque é nada menos que a aparência de Viserys cuja "evolução" tem sido bastante perceptível com o decorrer da série. O personagem que começou como um rei fraco que era constantemente manipulado é mostrado em um estado muito grave causado por uma doença que o deixou completamente deteriorado, porém ironicamente, seus momentos mais vulneráveis acabaram se tornado os seus momentos mais fortes também. A maquiagem e os efeitos usados para deixarem
Paddy Considine com aquela aparência são simplesmente impressionantes e o próprio ator também entrega uma atuação que é digna de prêmios.  


Outros personagens que também merecem elogios por este último episódio são Rhaenys e Daemon. Desde o início da série Rhaenys, apropriadamente apelidada de "A Rainha que Nunca Foi", tem sido uma das personagens favoritas dos fãs e neste capítulo, mesmo ela tendo o seu direito ao trono novamente negado por ser uma mulher, ela ainda possuiu uma personalidade extremamente confiante e rouba cenas em que participa toda vez que começa a falar. Já Daemon, embora não teve muito o que fazer no episódio (além de matado um personagem do nada em uma das melhores cenas do episódio), ainda foi carregado pelo carisma de
Matt Smith, e pela primeira vez, considerando o destino que Viserys teve no episódio, é bem provável que ele de fato tenha demonstrou respeito pelo seu irmão.

Uma das tramas mais recorrentes da série tem sido o desenvolvimento da rivalidade entre Rhaenyra e Alicent (Olivia Cooke), mas o interessante é que neste episódio, embora as duas não interajam muito, ambas são mostradas em situações de desespero. Alicent por causa dos assédios que seu filho Aegon II (Tom Glynn-Carney) tem cometido e que podem prejudicar o seu nome e Rhaenyra por fazer acordos com o intuito de encontrar aliados que apoiem sua petição enquanto ainda se preocupa com a possibilidade de descobrirem que seus filhos são bastardos que não possuem sangue Velaryon.


Com destaque a equipe de produção e a Paddy Considine com sua possível performance final como o rei Viserys, o oitavo e antepenúltimo episódio da primeira temporada de "
A Casa do Dragão" entrega um dos melhores e mais surpreendentes episódios de toda a série, criando uma alta expectativa para os dois episódios finais que devem ter um orçamento ainda maior e momentos ainda mais inesperados que possam manter a essência e serem equivalentes ao charme que "Game of Thrones" possuía em seu dias de glória.


Nota: 10/10


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