A chegada do novo episódio de "A Casa do Dragão", do HBO MAX, mostrou uma fase de total virada na história da série, que começa ainda mais verdadeiramente preparar o terreno para o evento mais esperado da produção: A "Dança dos Dragões"

Neste episódio, temos outro "salto temporal", recurso já recorrente dentro da série, mas agora numa forma mais brusca, onde somos apresentados a uma nova era do reino dos Targaryen. Enquanto a maioria dos personagens continuou com os mesmos atores, alguns com mudanças mais drásticas, outros não, as mudanças mais drásticas e importantes são as de Rhaenyra e Alicent. 

Interpretadas anteriormente por Milly Alcock e Emily Carey, somos apresentadas às "versões definitivas" destas personagens, agora vividas por Emma D'arcy e Olivia Cooke. Obviamente as artistas antigas deixam saudade, mas rapidamente conseguem clamar o posto de protagonistas, principalmente Emma D'arcy, já na primeira sequência, quando a princesa Targaryen dá a luz ao seu terceiro filho.

O "salto temporal" pode beneficiar a história em alguns elementos, além de que não é viável ter que contar a história de vários e vários anos até chegar no momento principal que a história deve contar, porém isso sempre tem um risco. De exemplo, o ponto principal do episódio são os rumores da 'bastardisse" dos filhos de Rhaenyra, que teriam sido concebidos por Harwin Strong, relacionamento esse que é muito pouco explorado, e que não poderá ser mais revisto de forma correta, devido a morte do personagem nesse mesmo episódio.


Esse ponto do episódio também entrega um um holofote especial parece ser botado um sobre Alicent, principalmente ao ver a mente "generosa" e calma, tornar-se uma figura manipulativa e escrupulosa, extremamente parecida com o pai, mas que ainda aparenta uma imaturidade, o que faz com que não consiga lidar com as ações principalmente em relação aos filhos de Rhaenyra, onde suas dá uma prévia do que irá acontecer nas próximas movimentações da história, e os fatídicos eventos que seguirão.

Isso leva a outro elemento: Aegon II Targaryen. Dentre todos os sucessores das protagonistas, o mais importante, por ser a peça do outro lado do tabuleiro de xadrex na "Dança dos Dragões". Após vermos uma versão sua bebê, finalmente presenciamos o personagem em sua adolescência, interpretado por Ty Tennant, mesmo por poucos minutos, sendo uma delas, brevemente, uma das mais infames da série, dão um gosto de sua acidez, mas também de um pouco de bom relacionamento com seus "sobrinhos" (Que seriam a melhor classificação), que como dito, possui uma tentativa de restrição por parte de Alicent.

E Daemon, dos personagens considerados protagonistas é o que fica mais apagado durante esse episódio. Mesmo que, teoricamente, os pequenos momentos que o personagem vive durante esse capítulo, junto de Laena, como sua esposa, e suas filhas, possa ser importante, eles quebram o ritmo do episódio, de forma ruim, e ainda apresenta uma conclusão anti-climática, e podem ser listados como o mesmo caso de Harwin. Algo de importância nas vidas da Herdeira e do Principe, mas que são muito corrido para importar-se propriamente

Basicamente, focado na ruptura crescente entre Alicent e Rhanyera, esse episódio apresenta-se mais como uma visão do que está para nos esperar. Ele é formado de pequenos momentos de cada personagem, além de suas devidas apresentações, e o que eles são capazes ou não de fazer. Talvez decepcione um pouco, pela quebra do que foram os últimos episódios, porém nem de longe é algo ruim.

Nota: 8,5

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