Quinto episódio traz proposta muito interessante mas escorrega na execução e no excesso de piadas.

Quando os Vingadores se infectam com uma praga de zumbis, os heróis sobreviventes procuram a cura.

O episódio se passa durante os eventos de "Vingadores: Guerra Infinita", abrindo com o Hulk/Bruce Banner (Mark Ruffalo) chegando a Terra após sua equipe ser massacrada por Thanos (Josh Brolin), e encontra a Terra devastada por um apocalipse zumbi, onde até os heróis foram infectados e se tornaram grandes ameaças.

Com toda essa temática de zumbis, o episódio se inspirou em algumas obras famosas da cultura pop, como The Walking Dead e Zumbilandia (principalmente na montagem feita por Peter Parker). A ideia de misturar o universo Marvel com zumbis não é necessariamente original, visto que a própria Marvel Comics publicou em 2005 a minissérie "Zumbis Marvel", que teve uma recepção dividida entre os fãs.

O grupo de personagens escolhidos para formar a equipe principal é bem interessante, onde temos Bruce Banner, Bucky (Sebastian Stan), Okoye (Danai Gurira), Sharon Carter (Emily VanCamp), Homem-Aranha/Peter Parker (Hudson Thames), Happy Hogan (Jon Favreau), Vespa/Hope Van Dyne (Evangeline Lilly) e outros. Embora alguns sejam subaproveitados, eles tem um bom tempo e tela e interação.

A animação continua sendo um dos grandes pontos fracos da série. O estilo acaba funcionando bem com cenários e algumas partes mais contemplativas, mas quando foca nos diálogos e expressões faciais dos personagens, se torna bizarra e desconfortante. Fora o fato de alguns personagens estarem completamente diferentes dos atores do MCU como é o caso do Homem-Aranha/Peter Parker e Kurt (David Dastmalchiam).

Outro elemento visual muito interessante utilizado na série é a aparição constante do Vigia (Jeffrey Wright) nos cenários, observando e narrando a jornada dos personagens. No entanto, neste quinto episódio ele quase nem participa ou narra os eventos, e suas poucas participações nem causam um impacto.

Já as sequências de ação do episódio são interessantes, com destaques á invasão do metro e da luta do trem, envolvendo a versão zumbi do Capitão América. Elas não chegam a ser tão boas como as do quarto episódio, mas são boas.

O maior problema do episódio (e que acaba tirando muito de sua graça) são as piadas forçadas e o tom desbalanceado que quebra tanto a imersão quanto a seriedade da trama. É muito frustrante ver os personagens sendo mortos ou sacrificados a cada minuto para surgir uma piada super sem graça logo em seguida, quebra totalmente o ritmo e importância da história. Sem falar em algumas descaracterizações e personagens completamente insuportáveis, como o Homem-Formiga/Scott Lang (Paul Rudd). Esse tom esquizofrênico acaba até mesmo estragando o final do episódio, que deveria ser impactante

Mesmo com seus problemas envolvendo a parte visual, humor e algumas caracterizações, o quinto episódio de "What If...?" apresenta uma visão minimamente interessante de uma realidade alternativa do universo Marvel, mostrando um leque de possibilidades de histórias diferentes que podem ser feitas com esses heróis (mesmo que nem sempre explorem tão bem elas).

Nota: 6

Leia também as nossas análises do primeiro, segundo, terceiro e quarto episódio da série.

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