2020 foi um ano completamente caótico e complicado para muita gente. A pandemia trouxe diversos desafios para todos, inclusive para os produtores de cultura pop mundial. Mesmo com atrasos em produções e adiamentos, diversos filmes, séries, jogos, livros, quadrinhos e outros conteúdos foram lançados nesse ano com êxito.

Da mesma forma que nós do Fórum Nerd decidimos elencar as piores coisas que consumimos na cultura pop esse ano, vamos também fazer uma lista de melhores lançamentos de 2020, onde cada um dos membros do site escolheu um item (filme, série, jogo, quadrinho, livro, etc) para colocar na lista. Não se esqueçam de deixar nos comentários as melhores coisas da cultura pop que cada um assistiu/leu/jogou de 2020!

Chainsaw Man (Shounen Jump/Shueisha)

Chainsaw Man é um mangá escrito e desenhado por Tatsuki Fujimoto, e publicado semanalmente desde 2018. Na história temos Denji, um garoto que tem um sonho simples, viver uma vida feliz e pacífica, passando um tempo com uma garota de quem gosta. Isso está muito longe da realidade, já que Denji é forçado pela yakuza a matar demônios para pagar suas dívidas esmagadoras. Usando seu demônio de estimação Pochita como arma, ele está pronto para fazer qualquer coisa por um pouco de dinheiro. Infelizmente, ele sobreviveu à sua utilidade e é assassinado por um demônio que tinha um contrato com a yakuza. No entanto, Pochita se funde com o corpo morto de Denji e concede a ele os poderes de um demônio de serra elétrica. Agora capaz de transformar partes de seu corpo em motosserras, Denji usa suas novas habilidades para despachar seus inimigos de forma rápida e brutal. Chamando a atenção dos caçadores de demônios oficiais, ele é convidado a trabalhar no Departamento de Segurança Pública como um deles. Agora com meios para enfrentar até mesmo o mais difícil dos inimigos, Denji não vai parar por nada para realizar seus sonhos adolescentes simples.

Com o seu "final" em 2020, Chainsaw Man se provou um dos melhores lançamentos que a revista fez em muitos anos. Completamente ousado e bem fora dos padrões da Jump, o mangá a cada capitulo surpreendia o leitor, fazendo todos nos perguntar "como é que eles publicam isso nessa revista???". Com designs únicos e personagens cativantes, o protagonista que tinha tudo para ser odiável, acaba conquistando o publico com essas motivações mundanas (coisas que foram negadas sua vida inteira), como se apaixonar por uma garota, ou simplesmente fazer uma refeição decente. O mangá ganhará uma adaptação em anime pelo estúdio MAPPA, além de uma continuação anunciada pelo autor.

-Charlie Brown

The Boys 2ª Temporada (Amazon Prime Vídeo)

Escolhi como a melhor produção de 2020, a segunda temporada da série da Amazon Prime, The Boys. A série que vem sendo sucesso de crítica e que mostra super heróis com uma abordagem completamente diferente do usual consolida-se ao aprofundar alguns aspectos de seus personagens de uma forma menos corrida e com um roteiro muito mais minucioso. Acompanhamos a equipe dos boys ainda na luta por destruir a Vought, mesmo que com Billy Bruto (Karl Urban) desaparecido. Os sete passam por mudanças no time e o aparecimento de Tempesta (Aya Kash) rende momentos vitais para a trama. Mais uma vez o Capitão Pátria (Antony Starr) representa bem a persona detentora do poder capaz de subjugar e seu passado é mais explorado, bem como sua paternidade.  

The Boys empolga, diverte, emociona e traz reflexões importantes como a manipulação por parte da mídia e opinião pública que podem ser extremamente danosas a ponto de colocar em risco a vida das pessoas. O empoderamento feminino ganha também destaque em uma das melhores cenas da temporada intitulada Gils get it done, onde temos a épica luta envolvendo Luz-Estrela (Erin Moriarty), Kimiko (Karen Fukuhara), Rainha Maeve (Dominique McElligot) e Tempesta. A terceira temporada está confirmada e eu mal posso esperar! Confira também a crítica da segunda temporada aqui!

-Thalita S. Amaral

O Gambito da Rainha (Netflix)

A minissérie da Netflix é uma de suas mais ousadas produções, entregando um enredo envolvente e uma protagonista incrível. Na trama, acompanhamos a prodígio do xadrez Elizabeth Harmon na sua luta para estar entre os melhores do mundo. A produção aborda assuntos extremamente pertinentes como abandono parental, vício e família de maneira ágil e certeira, sem tornar-se cansativa. E aqui vale ressaltar a brilhante atuação de Anya Taylor-Joy no papel mais desafiador de sua carreira.

Ao transformar um jogo aparentemente monótono em um verdadeiro espetáculo viciante, O Gambito da Rainha definitivamente vale seu tempo. Leia também a crítica que fizemos da minissérie aqui.

-Mateus, o Coelho

Marvel's Spider-Man: Miles Morales (Marvel/Sony)

Consegui concluir 100% em cerca de 4 dias, ainda assim achei simplesmente sensacional, fiquei bastante investido nas atividades e missões que tinham para se fazer, acabei gostando bem mais do que achei que iria, e olha que comprei a versão para PlayStation 4.

Pode-se argumentar que o jogo de 2018 protagonizado por Peter Parker ainda é uma experiência mais completa, mas apesar da duração ser menor, tive vontade de continuar jogando como Miles Morales e deter criminosos mesmo depois do fim, seus poderes de bioeletricidade e invisibilidade tornaram os combates e os ataques furtivos ainda mais divertidos. A qualidade dos uniformes também é impressionante, minha favorita foi a skin inspirada no filme “Homem-Aranha no Aranhaverso” que usei durante a campanha inteira. Definitivamente meu jogo do ano. Para mais detalhes, pode verificar minha crítica no site clicando aqui.

-Arthur R. Vale

O Homem Invisível (Universal Studios)

Após o fracasso do novo reboot de A Múmia, a Universal Pictures colocou o Dark Universe na geladeira e decidiu apostar numa nova fórmula de revitalizar seus monstros clássicos. O Homem Invisível é o primeiro filme dessa nova leva e apostou numa história mais contida que explorou os males de um relacionamento tóxico na psique de uma pessoa. O diretor Leigh Whannell não só modernizou a trama ao trazer uma temática contemporânea sobre saúde mental, mas também tirou a ficção científica do foco, apostando num suspense bem conduzido. Elizabeth Moss é uma das maiores atrizes de Hollywood atualmente e empregou todo o seu talento na composição de uma mulher que não aguenta mais ser tão assustada e desacreditada. 

As metáforas do filme sobre a luta que pessoas vítimas de abuso sofrem até serem levadas à sério são muito pertinentes e funcionam como um forte impulso no desenvolvimento da protagonista. O suspense começa aos poucos, mas o público sabe que há algo a espreita no ambiente, os pequenos sons, a escuridão e até o ar são usados pelo diretor a fim de tentar tornar o público tão paranóico quanto a personagem de Elizabeth Moss.

Ainda que sofra com um terceiro ato cheio de facilitações narrativas e problemas de lógica, O Homem Invisível foi a prova de que a Blumhouse Pictures e a Universal estão no caminho certo para futuras produções. Sem dúvida, um dos melhores lançamentos de 2020. Confira a nossa crítica do filme aqui.

-Matheus Eira

Persona 5 Royal (Atlus/Sega)

Versão “atualizada” do jogo lançado em 2018 (2017 no Japão), Persona 5 Royal (lançado em 2020 - 2019 no Japão), é mais um na série de jogos Persona, que é spin-off da série de RPG Japonês, Shin Megami Tensei, ambas desenvolvida pela Atlus.


O jogo basicamente é um Dungeon Crawling, com um sistema de combate em RPG, com diversidade, tendo uso de armas brancas, de fogo e o uso das Personas, as representações físicas da psique dos personagens. Além disso, temos o sistema de barganha, que faz com que possamos chamar os inimigos para ser sua Persona, já que o protagonista consegue carregar mais de uma. Além disso, temos elementos de Visual Novel, com o que diz ao sistema de Social Links, onde vamos aumentando os laços com os outros personagens (Cada um representado pelas cartas de Tarot), o que vai nos dando habilidades para ajudar na jornada (Além de podermos nos relacionar romanticamente com as personagens femininas). A história também é bem legal, dando uma olhada na mente humana, principalmente nos desejos mais sombrios de adultos problemáticos, até falando sobre abuso e suicídio.


-Arthur Caetano


Mulher-Maravilha 1984 (DC/Warner)


O melhor filme de quadrinhos do ano passado foi Mulher Maravilha 1984, e eu só não digo isso porque tivemos poucos lançamentos desse subgênero, e sim por mérito mesmo. O filme consegue realmente passar a sensação dos anos 80, desde seu figurino e cores até os mínimos detalhes, a fotografia também ajuda bastante nisso, além de ter uma trilha sonora brilhante composta pelo talentoso Hans Zimmer. Gostei bastante desse ser mais um filme da DC com um estilo distante dos filmes da Era Zack Snyder, parecia realmente que eu estava vendo um quadrinho da Mulher Maravilha em tela, isso só mostra que a DC tá seguindo um caminho correto agora nos cinemas.

Os personagens também são bons, carismáticos e divertidos em sua maioria, principalmente a própria Mulher Maravilha, que nesse filme tivemos de volta a interação dela com o Steve Trevor, química que já tinha funcionado no filme anterior e funciona bem mais ainda nesse, aliás esse filme para mim está só um degrau abaixo do primeiro. Óbvio que eu poderia falar de outros filmes aqui nessa lista, mas queria ressaltar esse filme por ser mais um acerto da DC e por simplesmente ter deixado um sorriso no meu rosto logo quando sai do cinema. Leia a crítica que fizemos do filme clicando aqui.


-Douglas Santos


Lovecraft Country (HBO)


A série da HBO lançada em 2020 aborda temas como racismo e monstros em um ano de diversos acontecimentos terríveis para a humanidade.


Com personagens cativantes, um roteiro preciso e alguns episódios beirando a perfeição, a série acerta em como abordar o racismo, assunto que ainda (infelizmente) temos que falar em pleno 2020. A série é extremamente necessária e relevante, e obrigatória para todo mundo. Confira a crítica da série clicando aqui.


-Luís


Dark 3ª Temporada (Netflix)


A terceira e última temporada de Dark saiu ano passado e foi com o seu final que decidi maratonar a série por completo, e posso dizer que essa foi uma das melhores experiências que tive ao assistir uma série.


Eu mergulhei de cabeça no mundo de Dark, e quando cheguei o mais fundo que pude, nunca mais quis sair. Eu queria viver em Winden como um espectador da vida de todos aqueles personagens. Dark é uma das séries mais imersivas que já assisti e que mostra que a "Era de Ouro da Televisão" continua viva. Com uma trama inteligente e ótimos personagens, a série de alto conceito não me decepcionou e conseguiu entregar um desfecho satisfatório.

-Sam

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