2020 foi um ano completamente caótico e complicado para muita gente. A pandemia trouxe diversos desafios para todos, inclusive para os produtores de cultura pop mundial. Mesmo com atrasos em produções e adiamentos, diversos filmes, séries, jogos, livros, quadrinhos e outros conteúdos foram lançados esse ano com êxito.

Assim, nós do Fórum Nerd decidimos elencar as piores coisas que consumimos na cultura pop esse ano, onde cada colaborador escolheu um item (filme, série, jogo, quadrinho, livro, etc) para colocar na lista. Não se esqueçam de deixar nos comentários as piores coisas da cultura pop que cada um assistiu/leu/jogou desse ano!

Tenet (Warner Bros)

Tenet é o décimo filme do diretor Christopher Nolan (A Origem), onde temos um agente secreto embarca em uma missão secreta e perigosa para evitar o começo de uma Terceira Guerra Mundial, utilizando a inversão do tempo.


O filme gerou muita expectativa nos fãs, ao mesmo tempo em que era envolto de diversas polêmicas por conta dos adiamentos e da decisão do diretor de lançar o filme nos cinemas em plena pandemia. O resultado entregue por Nolan é um filme completamente vazio, sem personagens interessantes e que se agarra totalmente na ótima direção, efeitos, trilha sonora e atuações de John David Washington, Robert Pattinson e Elizabeth Debicki. O diretor passa o filme todo explicando a trama e o funcionamento da inversão, ao mesmo tempo em que os personagens não possuem o mínimo de desenvolvimento ou carisma. O vilão interpretado por Kenneth Branagh é digno de uma novela das 21:00 da Rede Globo (sendo que até a Nazaré Tedesco possui mais carisma e um arco melhor de vilã), onde seus objetivos são meramente justificados por ciúmes e uma doentia obsessão pela esposa. Tenet é sem dúvidas o pior filme do aclamado diretor Christopher Nolan.


-Charlie Brown


365 Dni (Netflix)

O pior filme de 2020, e não precisei de muito tempo para decidir a essa respeito, foi 365 DNI. Apesar de ter feito sucesso na Netflix, o filme erótico polonês baseado no livro de Blanka Lipińska é o maior fiasco do ano. Ele narra a história de uma jovem polonesa que é sequestrada por um mafioso de origem italiana que pretende conquistá-la em 365 dias. Caso não consiga esse intento, ele está disposto a libertá-la. 

Pra começar o roteiro do filme é odioso ao naturalizar e romantizar uma relação que nasce a partir da violência. Não precisa ser especialista pra saber que ali há um possível caso de síndrome de Estocolmo, estado psicológico comum em vítimas de sequestro, mas isso em momento algum é abordado com seriedade, ao contrário, é romantizado em um roteiro sem pé nem cabeça, que mostra um homem dominador, que diz amar uma mulher, mas para isso precisa fazer valer de sua posse. A história gira em círculos e a repercussão do filme só se deve às cenas de sexo explícito, já que apresenta algumas tomadas bem feitas e um ator com belo físico. Em suma, é um “pornozão” que resolveram chamar de romance e colocar numa plataforma convencional. Os protagonistas Michele Morrone, que interpreta Massimo, e Anna-Maria Sieklucka, que dá vida a Laura, são fracos na atuação, beirando ao caricato. O final do longa consegue ser pior do que o restante do filme, se é que isso é possível.

-Thalita S. Amaral


Novos Mutantes (Fox/Disney)

O famigerado filme baseado nos quadrinhos da Marvel enfim chegou aos cinemas em 2020. Tratando-se da última produção dos mutantes sob o selo Fox, a produção prometia tomar um rumo diferente das outras da franquia. Infelizmente, provou-se como mais uma decepção ao utilizar ótimos personagens (e atores) em um roteiro pífio e mal dirigido.

Conduzido por Josh Boone, o longa carece de alma e entrega uma fotografia fraca, cenas pouco memoráveis e escolhas narrativas duvidosas. No decorrer da trama, nada salta aos olhos e a única esperança reside em um final digno. Não veio. Ainda que o confronto de Illyana Rasputin contra o Urso Místico possua alguns pontos interessantes, a edição fragmentada impossibilita que o telespectador se empolgue. Pelo contrário: acentua o completo desperdício do potencial. Em suma, os Novos Mutantes finaliza de forma deprimente a jornada dos Filhos do Átomo sob a tutela do estúdio Fox.

- Mateus, o coelho

Bloodshot (Sony)

Bloodshot foi um dos únicos filmes inspirado em quadrinhos lançado nesse ano, e sem sombra de dúvidas é um dos piores desse subgênero. Esse é só mais um filme genérico de ação estrelado pelo inexpressivo Vin Diesel, além de ter várias fórmulas batidas que já são cansativas e não funcionam de jeito nenhum.

Além do Vin Diesel, o elenco tem até alguns nomes interessantes, como o de Guy Pearce, mas esse ator assim como os outros é totalmente desperdiçado no seu personagem e as atuações são tão sem graça e clichês que chegam a dar sono. O plot é até que interessante, mas o roteiro preguiçoso não sabe trabalhar de maneira alguma com ele, além de ter péssimos diálogos com algumas piadinhas sem nexo e nada engraçadas, o CGI é até que bom, mas algumas coisas como a fotografia e a trilha sonora deixam a desejar. Eu não esperava um filme excelente, mas pelo menos se divertir vendo ele, e por incrível que pareça esse filme nem funciona como entretenimento.

- Douglas Santos

Mulan (Disney)

De todos os remakes live-action produzidos pela Disney, Mulan é o pior em muitos anos. Na tentativa de ser culturalmente sensível a aspectos criticados na animação de 1998, a Disney entregou um filme sem identidade e cheio de personagens sem carisma. A própria Mulan fica apagada no meio de tantos diálogos cafonas, cenas de luta mau dirigidas e péssimos efeitos visuais. Tudo o que fez o público se apaixonar pela antiga versão não existe aqui, o que não seria um problema caso a nova versão entregasse algo bom, mas não foi o caso. 

A diretora Niki Caro fez seu pior trabalho em frente às câmeras entregando um filme que deseja agradar tantos públicos distintos que perde a oportunidade de ser algo realmente interessante e com algo a dizer. A mensagem de emancipação feminina perde-se em meio a simbolismos baratos de superação que nunca tem o efeito desejado e mais causam vergonha alheia que inspiração. Grande parte do elenco não consegue passar um ar crível nas cenas por conta do péssimo roteiro, sobrando apenas para Liu Yifei (Mulan)e Gong Li (Xianninag) tentarem salvar a produção do completo marasmo. Sem dúvida, um dos piores de 2020.

-Matheus Eira

Marvel's Avengers (Crystal Dynamic/Square Enix)

No meio de diversas polêmicas envolvendo sua qualidade, até desde sua revelação, Marvel 's Avengers foi lançado, sendo distribuído pela Square Enix, produzido pela Crystal Dynamics e Eidos Montréal. Nele, após um evento fatídico 5 anos atrás, a jovem Kamala Khan decide reunir os Vingadores para derrotar um mal que se torna mais poderoso a cada dia, a I.M.A.


Na verdade esse ano, eu não me lembro de ter visto, lidou ou jogado nada que eu achasse ruim de verdade, então decidi usar o “menos melhor” aqui na lista, exatamente por causa de problemas técnicos e principalmente na parte gráfica, com demora no carregamento de modelos. Além disso, o estilo de jogo não foi acertado, deveriam ter acertado no Lego Marvel SuperHeroes e não em Destiny, pois também os loots não são bem balanceados e o jogo pode ficar repetitivo. Porém, a história é sim divertida, com o MODOK como vilão principal, além de ter jogado com um amigo, o que fez me divertir em vários momentos. Aparentemente o jogo está conseguindo se reencontrar, com a expansão da Kate Bishop, que foi bem elogiada, além dos novos conteúdos que devem chegar, como O Homem-Aranha e o Pantera Negra


-Arthur Caetano


Dolittle (Universal Studios)


Dolittle poderia ser uma readaptação necessária, o filme não é tão ruim quanto muitos acharam, mas não sabe exatamente onde quer chegar.


Estrelando Robert Downey Jr no elenco, o filme tem sérias dificuldades de saber qual história quer contar. Com um elenco de voz estelar, as maiores qualidades são alguns efeitos especiais, mas isso acaba sendo muito pouco para a releitura que foi proposta dos clássicos com o Eddie Murphy


- Luís 

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