Depois da nossa lista de melhores do ano, continuamos então as já tradicionais listas de piores lançamentos do ano, dando foco para os filmes, séries e jogos que mais detestamos no ano. 

OBS: Cada membro escolheu o que gostaria de falar. Tratam-se de escolhas de cada membro, e não representam a opinião geral do site.

Pica-Pau: As Férias no Acampamento (Netflix)

Sinceramente, nunca esperei nada demais desse filme, já que o primeiro live-action do Pica-Pau (não acredito que escrevi essas palavras em uma única frase) lançando em 2017 foi bem péssimo pelo o que eu vi. Ingenuamente, pensei que as simples presenças de Leôncio e Zeca Urubu pelo menos tornariam essa sequência mais divertida, mas me enganei completamente. 

Dificilmente uma produção moderna do Pica-Pau consegue emplacar o mesmo humor dos desenhos clássicos que renderam tantos memes icônicos no Brasil. Os personagens humanos presentes na trama são tão vergonhosos e estereotipados que cheguei a pular diversas cenas só pra ver se havia alguma ressalva com os personagens clássicos, mas nem isso se salva, já que os mesmos são mais irritantes do que qualquer coisa. 

Realmente não dava pra criar muita expectativa para um filme claramente infantil com uma trama de acampamento genérica que simplesmente foi jogado na Netflix e parecia péssimo desde o início. Mas de verdade, não consegui pensar em nada que eu vi esse ano que conseguiu ser pior em qualidade.

Menções Honrosas: Megamente Domina! (Peacock), Venom: A Última Rodada (Sony Pictures), What if…? 3ª Temporada (Disney Plus)

- Arthur R. Vale

Mergulho Noturno (Blumhouse)

Bem, é um filme de “piscina assassina”. Eu realmente não sei o que eu esperava quando tive a brilhante ideia de assistir. Genuinamente, antes de ir reavaliando todas as coisas que eu experienciei esse ano, havia esquecido completamente da existência desse filme, até que as memórias começaram a voltar como num simples flash. 

Descobrir que a ideia da obra é derivada do curta de mesmo nome de Bryce McGuire (Sendo esse filme sua primeira produção como diretor) na verdade explica um pouco da bagunça, além de já achar que a própria proposta do filme não é algo que se sustenta numa duração de longa metragem, então no final ganhamos espírito possessivo em forma de fumaça preta mal feita. 

Não que o filme não tenha (poucos) pontos positivos, uma ceninha ou outra, a ideia geral do plot do pai (interpretado por Wyatt Russell) como esse grande jogador de baseball lesionado. É só que a obra por inteiro acaba por tornar-se repetitiva, esquecível e chata, com personagem que você realmente não consegue se conectar totalmente, principalmente em um filme focado no drama familiar e que acaba desembocando nos mesmos clichês médios de um “filme de terror moderno”.

Menções Honrosas: Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo (Imagem Filmes) e Coringa: Delírio à Dois (Warner Bros.).

- Arthur

Mea Culpa (Netflix)

Filme dirigido por Tyler Perry tenta fazer uma mistura de drama, suspense e romance erótico, mas no final entrega qualquer coisa, menos um bom filme. 

Com um roteiro que não acerta praticamente nada do que tenta, o projeto que acabou obtendo sucesso no catálogo da Netflix merece seu lugar nessa lista.

- Luís Fernando (Bruce)

Silvio (Imagem Filmes)

Esse foi o ano em que perdemos o maior ícone da TV brasileira: Senor Abravanel, vulgo Silvio Santos. Pouco mais de  um mês após a partida do Silvio,  fomos “brindados” com o lançamento de um filme protagonizado por Rodrigo Faro (como é que tá a audiência?), que foca no episódio do sequestro do dono do SBT, ocorrido no ano de 2001. 

Assim que os primeiros vislumbres desse filme foram divulgados, estava nítido que a produção do longa seria de uma qualidade duvidosa, sobretudo a caracterização de Faro para interpretar Silvio Santos. Não é possível que alguém com neurônios funcionais  olhou aquela interpretação do Silvio e pensou: “nossa, agora o Brasil leva o Oscar de melhor figurino e maquiagem, certeza!”.

Esse é filme bastante travado: se resume basicamente em tensas conversas do Silvio com seu sequestrador, nos levando a flashbacks de sua carreira, polícia tentando resolver a situação, sequestrador surtando. E é isso. Sendo justo, esse filme tem um ponto positivo: a ambientação dos anos 70, quando o Silvio está contando sua trajetória, é até que bem feita. E só. O resto dessa bomba atômica, pode incinerar. E vale lembrar: ano que vem teremos mais um filme sobre o Silvio Santos, dessa vez, interpretado pelo Leandro Hassum. Acho difícil, mas agora é esperar que esse faça pelo menos um pouco de jus a figura mais importante da comunicação brasileira.

- Augusto

A Garota de Miller (Lionsgate)

Ainda que seja jovem e já tenha alcançado o estrelato, Jenna Ortega não está isenta de erros. A Garota de Miller é a prova mais recente disso. Um filme que esteticamente parece não se encontrar e que narrativamente (embora conte com boas atuações) não traz o peso necessário para que haja uma simpatia ou preocupação com os dois personagens. Cairo se envolve emocionalmente com seu professor de literatura Jonathan Miller - em meio a essa premissa é construída uma narrativa morna, com momentos melodramáticos-sexuais vexatórios que se assemelham à uma leitura de contos eróticos.

- Pedro

Megamente vs. O Sindicato da Perdição (Peacock)

Pensa no desgosto que é você receber, anos depois, sequência de uma de suas animações prediletas, e ver ela sendo lançada para streaming e com uma qualidade extremamente porca e de zero capricho cinematográfico. 

Megamente 2 consegue ser não ser apenas medonho em partes técnicas, como também em história, personagens idiotas, diálogos horrorosos, coerência narrativa longe da obra, com a história se passando apenas 2 dias após o primeiro e já contendo coisas que só veriamos atualmente como streamers e coisarada. Incrível como investem dinheiro em animações mequetrefes como Poderoso Chefinho 2 para os cinemas, mas sequer pensam naquilo que realmente faz as obras da empresa boas e cativantes. 

Menções Honrosas: Alice: Subservience (XYZ Films), Madame Teia (Sony Pictures), Beekeeper  (MGM/Amazon Prime Video), Star Wars: O Acolito (Disney+) e Silvio (Imagem Filmes).

- Avast

Rumours (Bleecker Street Media)

A comédia de Guy Maddin, o diretor indie darling, é feita para leitores do The Economist e fãs do Yuval Harari. O mais mordaz que uma sátira social feita por um canadense pode ser; sem críticas, armadas apenas de piadas mal pensadas e momentos cômicos jogados. A forma esquisitinha de Maddin permite erros como o sotaque britânico do presidente estadunidense serem vistos como uma escolha criativa. No fim, não há um todo, mas apenas fragmentos, esquetes estilo SNL coladas em um filme confuso e pouco estimulante. O longa mais comercial do diretor canadense para um público ainda menor do que de seus filmes de festival. 

Menções honrosas: Deadpool e Wolverine (Marvel Studios/Disney) e Guerra Civil (A24).

- Sam

A Vingança de Cinderela (Sobini Films)

Você provavelmente não sabe nem da existência desse filme, então sinta-se grato por não ter tido que assistir. O filme não tem um ponto positivo se quer, e exala amadorismo. Digno de um TCC.

- João Campos

Coringa: Delírio à Dois (Warner Bros.)

O filme que até poderia ser uma boa sequência de um dos melhores vilões do universo e do grande filme de 2019, apenas banalizou e o transformou em algo tosco.

- Vinicius Guimarães

O Corvo (Lionsgate)

Durante mais de uma década Hollywood tem tentado fazer uma nova adaptação de "O Corvo", quadrinho dos anos 90 de James O'Barr que gerou um icônico filme estrelado por Brandon Lee (que infelizmente causou a sua morte também). Depois de todo este tempo, a Lionsgate nos entregou junto do fraudulento e "incapaz de fazer um filme bom" diretor Rupert Sanders (A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell, Branca de Neve e o Caçador) um desastre de proporções nunca antes vistas que faz até o pior filme da franquia (e olha que esse sim é um embate sério) poder sentir um pouco de orgulho de si.

Adoro o ator Bill Skarsgard (It: A Coisa, Noites Brutais) e acho que ele poderia sim ter feito justiça para este papel, mas desde a sua maquiagem até o texto que lhe entregaram, nos dá uma das versões mais patéticas e sem aura que eu já vi deste personagem. Ah, detalhe bem importante: O Corvo só realmente usa a sua maquiagem e tem cenas de ação nos últimos 15 minutos do filme. São quase 2 horas de pura tortura e chatice.

Menções Honrosas: The Front Room (A24), Mergulho Noturno (Blumhouse), Argylle (Apple) e The Beekeeper (MGM/Amazon Prime Video).

- Charlie Brown

Gostaram da lista? Concordam com os escolhidos de cada um?? Não se esqueçam de deixar um comentário e comentar quais foram os piores lançamentos de 2024 que vocês assistiram!

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