🚨 AVISO: A crítica conterá pequenos spoilers do episódio. 🚨


O episódio 5 de “Mulher–Hulk: Defensora de Heróis” dá sequência direta no evento final do capítulo anterior, em que Jennifer Walters (Tatiana Maslany) recebe uma intimação judicial de Titânia (Jameela Jamil) e que a heroína defensora de heróis está sendo processada pelo uso do nome Mulher–Hulk (She–Hulk) – haja vista que Titânia registrou esse nome para vender uma nova e luxuosa linha de produtos de beleza. O capítulo em tela, basicamente, desenvolve a batalha judicial entre as duas pelos direitos legais do nome Mulher–Hulk.

Embora a narrativa faça muito barulho por nada e perca muito tempo com frivolidades, a disputa judicial pelo direito de uso do nome Mulher–Hulk é essencial, apenas, para servir de gancho para apresentar futuros elementos narrativos mais importantes para Jennifer Walters e sua alter ego, bem como a relevância de certas circunstâncias especiais vistas em determinadas cenas. Para tal, o episódio 5 tenta dar um desenvolvimento melhor entre as duas personagens juntas (Mulher–Hulk e Titânia) – e, por menor que seja, até consegue dar um pequeno passo.

O ponto central apresentado na audiência judicial é sobre a constante crise de identidade de Jennifer. Embora sutil na maioria das vezes, a verdadeira questão sobre ser ou não, de fato, a Mulher–Hulk é finalmente estabelecida e esclarecida no episódio 5. Porém, o presente episódio perde muito tempo, desnecessariamente, discutindo essa questão; e prolongar por demais o processo para esta finalidade chega a ser um tanto cansativo.

Porém, mostrar Jennifer aceitando o nome Mulher–Hulk, neste episódio, serve apenas de trampolim para que ela procure um traje específico de super-heroína; o que a obriga a contratar um estilista especializado em criar trajes para super-heróis. Essa circunstância consegue reestabelecer a estrutura narrativa da série de forma um pouco mais agradável – inclusive mostrando uma participação especial muito interessante. Dentro do contexto da série, isso funciona muito bem.

Por outro lado, o episódio 5 também tem alguns pontos negativos. A começar pela falta de ação, tal como aconteceu, de forma geral, nos capítulos anteriores – salvo algumas raríssimas exceções, com pequenas cenas pouco desenvolvidas. Isso, talvez (e muito principalmente), se dá pelo fato de a série querer girar em torno da vida pessoal e profissional de Jennifer Walters e como ela duramente tem que lidar (e aceitar) com o fato de que, agora, tem superpoderes. Infelizmente, a produção têm patinado, e muito, nesse ponto em específico, se prolongando intensamente ao longo dos cinco episódios.

Com isso, o seriado falha ao (ainda) não apresentar um(a) vilã(o) decente e à altura de uma personagem que tem, basicamente, os mesmos poderes que o Hulk de Mark Ruffalo. Se há uma coisa que a série precisa, urgentemente, é de um(a) vilã(o). E, até agora, Titânia ainda não conseguiu convencer muito como uma perigosa ameaça para a Mulher–Hulk, embora a personagem esteja nas HQs. Mesmo que o episódio 5 tenha colocado as duas frente a frente em uma batalha judicial, este capítulo nada fez para mudar essa circunstância, anulando qualquer tipo de perigo real e ameaçador para Jennifer/Mulher–Hulk.

Outros dois pontos negativos do episódio 5 são: 1) o CGI continuar sendo ruim; e 2) ter caído bastante no quesito comédia – com exceção de uma única piada, que é tão ruim quanto o CGI. Isso reforça o fato de que a série enfraqueceu bastante seu padrão em relação aos primeiros episódios.

Apesar de conseguir realizar apenas um pequeno desenvolvimento para o enredo e para a protagonista, o episódio 5, no geral, foi mais fraco (em relação aos primeiros da série), gastando muito tempo em uma disputa legal não muito interessante e pouco envolvente. Com isso, o capítulo em tela é inflado de elementos narrativos que servem, apenas, para estruturar melhor, em termos de conteúdo, os próximos episódios.

Por fim, diferente dos episódios anteriores, o episódio 5 de “MulherHulk: Defensora de Heróis” não tem cena póscrédito. Porém, a cena final antes do episódio terminar foi surpreendente e emocionante o suficiente para empolgar e manter o público ansioso para os próximos episódios, que se encerrou com uma grande promessa – indicando um grande e promissor futuro para o seriado. Com isso, podemos esperar ansiosamente um pouco mais de ação e cenas mais espetaculares daqui para frente.

Nota: 5.5

 

Entre aqui para ler a Crítica do Episódio 1 de “Mulher–Hulk”.

Entre aqui para ler a Crítica do Episódio 2 de “Mulher–Hulk”.

Entre aqui para ler a Crítica do Episódio 3 de “Mulher–Hulk”.

Entre aqui para ler a Crítica do Episódio 4 de “Mulher–Hulk”.

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