Novo episódio de série da Marvel tenta redimir clássico vilão do Hulk em um capítulo esquecível e repleto de humor que em sua boa parte não funciona
Após a advogada Jennifer Walter (Tatiana Maslany), também conhecida como a Mulher-Hulk, aceitar defender Emil Blonsky (Tim Roth), vulgo o Abominável, um grande obstáculo surge em seu caso quando é revelado que o Mago Supremo Wong (Benedict Wong) chegou a tira-lo da prisão para participar de um torneio de lutas clandestinas. Em contrapartida, Augustus Pugliese (Josh Segarra), outro advogado e colega de Jennifer, está envolvido em um caso diferente para ajudar um cliente a processar uma elfa asgardiana que o enganou para extorquir milhões de dólares dele.
O episódio até que começa de maneira divertida mostrando como a nossa protagonista é vista pelos olhos da mídia com direito a até mesmo uma breve porém brilhante sátira com as comunidades de pessoas tóxicas e inseguras que costumam ser bem ativas no You Tube e sempre procuram enxergar problemas em grandes franquias quando elas tentam apostar em diversidade. Porém infelizmente, dentre todos os episódios de "Mulher-Hulk: Defensora de Heróis" que foram lançados até agora, pode-se dizer que este é o mais fraco entre eles.
Em relação aos problemas com este capítulo, mesmo com o charme e o carisma da performance de Tatiana Maslany, os efeitos especiais usados para trazer a Mulher-Hulk a vida na série continuam a ter uma qualidade duvidosa que chega a distrair em certos momentos, pois tanto sua pele quanto suas roupas parecem bastante artificiais quando estão do lado de uma pessoa real. Outro quesito em que o episódio deixa a desejar é o seu humor forçado e piadas que em sua maioria falham em ser engraçadas.
Como está é uma produção do Universo Cinematográfico Marvel com uma protagonista relacionada a um dos Vingadores, é de esperar que hajam referencias e participações especiais de personagens que apareceram em outros filmes. Neste episódio, temos a presença de Tim Roth reprisando o seu papel como Emil Blonsky depois de 14 anos desde "O Incrível Hulk" (2008) e Benedict Wong como Wong, personagem que até então esteve bastante presente nesta fase quatro do UCM e até mesmo se tornou o novo Mago Supremo.
Roth tenta ser engraçado como o seu personagem, afirmando que se tornou uma pessoa diferente, que foi injustiçado pelo seu governo e que esta pronto para ser aceito de volta a sociedade, porém a forma como mostram o Blonsky/Abominável na série até agora não parece ser muito diferente do que o que já foi feito com o personagem Korg de "Thor: Ragnarock" (2017) e "Thor: Amor e Trovão" (2022). Wong, por mais que ainda seja divertido em seu papel, toma umas atitudes um tanto questionáveis, porém mesmo assim sai impune delas.
Além da situação do julgamento de Blonsky, também temos um enredo secundário estrelado por Augustus Pugliese e seu cliente da promotoria Denis Bukowski (Drew Matthews) que pretende processar uma ex-namorada que é uma elfa da luz asgardiana que o enganou se passando pela rapper Megan Thee Stallion. Está chega a ser a parte mais desinteressante do episódio e não parece ter servido de muita utilidade para a trama, pois ela também mostra como os roteirista da série não entendem por completo o tópico de advocacia e executam questões jurídicas de forma errada em vários momentos do capitulo.
O terceiro episódio de "Mulher-Hulk: Defensora de Heróis" até que termina nos apresentando a uma questão interessante que deve ser respondida em breve, porém mesmo funcionando como série de maneira melhor que as outras produções da Marvel para o Disney+, este ultimo capitulo se mostra como o mais fraco da série até agora por continuar a ter os mesmo problemas em relação aos seus efeitos especiais mau feitos, com um enredo que resolve suas situações de maneiras fáceis e simples até demais e no geral entrega uma experiência esquecível.
Nota: 5/10
Os episódios de Mulher-Hulk: Defensora de Heróis são disponibilizados no Disney+ todas quintas-feiras. Confira as nossas críticas do Episódio 1 e do Episódio 2.
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