Penúltimo episódio encerra alguns arcos, começa novos e prepara terreno para o final da temporada.


POSSÍVEIS SPOILERS ABAIXO

O penúltimo episódio da série começa logo após os acontecimentos do episódio passado, mostrando as consequências das ações de John Walker (Wyatt Russell), onde temos o embate de Bucky (Sebastian Stan) e Sam (Anthony Mackie). O começo já é totalmente movimentado e interessante. Enquanto temos um embate filosófico de Walker com Sam e Bucky, que tentam convencer ele de que suas ações não fazem dele digno de carregar o escudo e o manto do Capitão América, logo o dialogo descamba para uma ótima sequência de ação da dupla contra Walker. O trabalho da diretora Kari Skogland (O Conto de Aia) com as cenas de ação e enquadramento continuam ótimos, mostrando que ela tem um bom trabalho de câmera e ideias inventivas para o combate, sabendo utilizar muito bem as habilidades do Falcão e táticas de combate do Soldado Invernal.

A série continua a desenvolver outros núcleos e personagens menores que podem ganhar destaque no futuro do MCU, como Joaquin Torres (Danny Ramirez) ficando com as assas e equipamentos de Sam, indicando que o personagem pode se tornar o próximo Falcão do MCU, assim como foi nos quadrinhos (saiba mais sobre quem é Joaquin Torres clicando aqui).

Uma das cenas mais surpreendentes do episódio foi com certeza o julgamento de Walker, onde logo em seguida somos apresentados a personagem surpresa que o criador e showrunner da série Malcolm Spellman (Empire: Fama e Poder) prometeu para esse episódio. Trata-se nada mais nada menos do que a premiada atriz Julia Louis-Dreyfus (Veep, Seinfield) como a Condessa Valentina Allegra de Fontaine, mais conhecida como Madame Hydra, grande vilã do Capitão América e que deve ter grande importância no futuro do Universo Marvel.


Outro arco que começa a se encerrar é o de Zemo (Daniel Brühl), que termina o episódio sendo preso pelas Dora Milaje e sendo transportado para Wakanda. A cena é muito bem filmada, e os roteiristas aproveitam para continuar a desenvolver o Soldado Invernal e seus traumas envolvendo o período que serviu como um assassino da Hydra, em que Bucky se recusa a executar Zemo.

Falando no Soldado Invernal, o personagem tem um enorme crescimento no episódio, onde pela primeira vez vemos o Bucky feliz e de bem com a vida, ajudando Sam a reconstruir o barco da família e se permitindo ser feliz.


O único ponto da série que continua completamente desinteressante e arrastado é o núcleo dos Apátridas. Embora o conceito do grupo tenha sido interessante e o desenvolvimento inicial cativante, a equipe caiu em um estereótipo completamente vazio de "revolucionários que matam para atingir seus objetivos", onde os membros não possuem sequer um desenvolvimento ou background interessantes, apenas expondo suas ideias para outros personagens através de diálogos expositivos, sendo péssimos antagonistas.

A série volta a dar mais destaque ao personagem Isaiah Bradley (Carl Lumbly), mostrando mais uma conversa entre ele e Sam. Novamente a série aborda temáticas raciais interessantes e a maneira como o governo americano tentou esconder e varrer todo o caso de Isaiah para debaixo do tapete, causando muita dor e sofrimento.


É então que finalmente temos uma montagem (muito bem feita por sinal) de Sam Wilson treinando para se tornar o próximo Capitão América e aprendendo a como usar o escudo. E termina com o herói aprendendo a manejar o escudo e recebendo uma maleta de Wakanda, que possivelmente contém o novo uniforme de Capitão América que o personagem irá usar.

O episódio contem uma das famosas cenas pós-créditos da Marvel, onde vemos John Walker construindo o uniforme e escudo do Agente Americano, mostrando que o personagem deve ter o seu clássico visual dos quadrinhos na série (que também vimos através de vazamentos de alguns bonecos), deixando esse gancho para o próximo e último episódio.

Finalizando alguns arcos, desenvolvendo muito bem alguns personagens e abrindo novos caminhos, o penúltimo episódio segmenta um bom caminho para a conclusão da temporada, prometendo uma conclusão mais do que satisfatória para os fãs e espectadores da série.

Nota: 8,5.

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