Continuação de “Avatar: a Lenda de Aang” introduz novos personagens em início falho, porém se torna mais interessante em sua segunda metade. 

   O desenho "Avatar: a lenda de Aang" é considerado uma das melhores séries animadas já feitas, com o seu sucesso entre os fãs, foi apenas uma questão de tempo até que a franquia fosse se expandir em sua mitologia e explorar a evolução de seu mundo. Em 2012, foi lançado no canal Nickelondeon "A Lenda de Korra" que deu inicio a uma nova era ao universo da animação, embora seja um ótimo passa tempo que ainda foi  desenvolvido pelos criadores Michael Dante DiMartino e Bryan Konietzko responsáveis por tornar seu antecessor uma obra-prima com a ajuda de seus roteiristas na época, sua historia apesar do saldo positivo, não chega ao mesmo nível de qualidade.
   Na história, 70 anos após a derrota do Senhor do Fogo Ozai, o Avatar é renascido como uma jovem dominadora da Tribo da Água do Sul chamada  Korra, que conseguiu utilizar a maioria dos elementos desde de pequena, mas ainda tem dificuldade para aprender a dominar o ar. Por causa disso, ela resolve ir para Cidade Republica para ser treinada por Tenzin, o filho de Aang, e acaba fazendo novos amigos como os irmãos Mako e Bollin. Juntos eles também ficam sabendo sobre os Igualitários, uma organização terrorista que são contra as artes da Dobra liderados por Amon, uma figura misteriosa com a habilidade de remover permanentemente a dominação de qualquer individuo.


   Quando Korra é apresentada para os espectadores, há momentos onde ela passa a sensação que de fato é uma reencarnação do protagonista anterior, além de ser bem divertida, determinada e carismática, apesar de demonstrar uma certa arrogância as vezes. O novo elenco de apoio, embora não seja tão  marcante quanto o time Avatar original, ainda possui personagens memoráveis que em sua maioria são  adições positivas, como Lin Beifong e Tenzin (que possuem conexões importantes com a primeira série), porém ainda há as negativas, como  por exemplo Meelo, um dos 3 netos de Aang que consegue ser extremamente desagradável e incomodo em todas as suas falas e nas cenas onde marca presença.
     A respeito de visuais, a animação ainda continua bastante fluída e detalhada em suas cenas de ação e no design de seus personagens que condizem com suas personalidades, com direito a expressividades que até mesmo ajudam no humor durante os momentos certos. A época série se passa durante o inicio do século XX e traz uma ambientação mais avançada e tecnológica consigo, eventualmente alguns cenários (dependendo da atmosfera da situação) e certos elementos de cenas importantes são feito em computação gráfica que embora não sejam completamente de má qualidade, seu uso ainda é um tanto quanto questionável.
     Em relação ao antagonista Amon, apesar de se mostrar um adversário intimidador, seu personagem é muito dependente do fator mistério e não chega a ser tão impactante quanto Ozai e Azula. Porém, quando suas origens são reveladas durante o decorrer da temporada, mostram motivações que de fato foram bem trabalhadas e entregam ótimas reviravoltas.


    O romance de Korra e Mako chega a ser um elemento negativo da temporada que trouxe um drama desnecessário e entediante para a sua historia, o desenvolvimento do relacionamento entre os dois não é empolgante e parece ter sido feito como obrigação de unir os personagens principais só por serem de gêneros opostos, além de ficar ainda mais problemático após a introdução de Asami, que embora esteja longe de ser uma adição ruim para a série e mostre várias outras qualidades além de sua aparência, infelizmente teve que ser apresentada em um triangulo amoroso forçado.
  Apesar do título da temporada, sua primeira metade da mais ênfase ao torneio de dominação profissional do que no treinamento de Korra para dominar o ar que deveria ter sido tratado com mais importância e foi praticamente ignorado após os episódios iniciais. Porém, quando o antagonista principal da inicio ao seu grande plano, a historia começa a andar mais para frente e traz desafios mais intrigantes para os protagonistas que ajudam o resto do Livro 1 a ter uma conclusão decente com algumas surpresas agradáveis. 
    

    Apesar da primeira metade desfocada e dos outros elementos que se tornam bastante incômodos na historia como o romance mal construído e a falta de foco no treinamento da protagonista, a primeira temporada de A Lenda de Korra é um bom passa tempo para os fãs de animações e da franquia Avatar que mantem algumas das qualidade de seu antecessor dando continuidade para seu universo e trazendo um saldo positivo no geral. 



Nota: 8,0/10 
      

       
      

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