Novo filme da franquia é melhor que seus antecessores, porém esbarra em um roteiro repetitivo.
A franquia Exterminador do Futuro é um dos grandes exemplos da ganância dos estúdios de Hollywood, após O Exterminador do Futuro e O Exterminador do Futuro: Dia do Julgamento Final parceria que a história de Sarah Connor (Linda Hamilton) havia terminado. Contudo, não foi isso o que aconteceu, nos anos seguintes, diversos filmes tentaram “ressuscitar” a franquia, nenhum deles teve êxito, eis que surge Destino Sombrio que conta com o retorno de alguns atores dos filmes originais, como também o do criador da saga, James Cameron. Só que nem isso foi o suficiente para entregar um filme que estivesse à altura das criações originais, esta nova aventura é sem dúvidas, melhor que os filmes anteriores, mas também não consegue sair da mesmice.
A “nova” trama ignora tudo o que foi lançado após Dia do Julgamento Final, sendo uma continuação direta deste. A história segue Grace (Mackenzie Fox), uma soldado enviada do futuro para proteger a jovem Dani Ramos ( Daniela Reyes) da ameaça do Exterminador Rev-9 (Gabriel Luna), enquanto estão sendo caçadas as jovens recebem a ajuda de Sarah Connor para mais uma vez mudar o destino da raça humana. Só essa pequena sinopse já demonstra que a premissa é basicamente a mesma dos filmes originais, o que não é necessariamente um problema, caso o roteiro soubesse usar a familiaridade do enredo para injetar novas ideias para a franquia, porém tanto a direção como os roteiristas decidiram apostar na nostalgia para fisgar o público, o que não funcionou por completo.
Por mais que seja um prazer ver Linda Hamilton e Arnold Schwarzenegger contracenarem juntos mais uma vez, os novos personagens estão bem longe do carisma necessário para fazer com que o público se importe com eles. Dani Ramos é uma versão feminina de John Connor (Edward Furlong) enquanto que Grace desempenha um papel similar ao de Kyle Reese (Michael Bhien) no filme original. Tudo isso se soma ao fato de que a direção de Tim Miller (Deadpool) não sabe dar uma cara nova para o material, as cenas de ação são bem feitas, mas o excesso de CGI atrapalha a imersão do público em vários combates e a montagem deixa vários momentos muito repetitivos.
Não seria absurdo dizer que este filme é um “remake” não oficial dos originais feito para a nova geração, chega a ser descarado o quanto os roteiristas não tiveram uma única ideia original e se apoiaram demais no que deu certo anteriormente, só que essa decisão, apesar de funcionar em momentos nostálgicos, não traz nada de novo para a franquia, sendo assim, não passa de mais uma tentativa de ganhar dinheiro com uma saga que já morreu há décadas. No que tange ao uso dos personagens clássicos, o filme aproveita bem a presença de Sarah Connor, a personagem está de volta com todos os elementos que a transformaram num ícone da representatividade feminina na cultura pop, nesse quesito, a atuação de Linda Hamilton é certeira em transmitir a raiva e dor da personagem. Já Arnold Schwarzenegger interpreta uma nova versão do androide T-800, que atende pelo nome de Carl. O ator veterano faz bem a sua performance de máquina consciente de sentimentos humanos, porém fica claro que sua participação na trama é dispensável, sendo apenas outro fan service para o público.
O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio diverte, mas é uma total decepção para os fãs da franquia que esperavam um filme à altura de seus antecessores.
Nota: 6.0
Publicado por: Matheus Eira.
Postar um comentário