Um filme que é visualmente espetacular, mas o mesmo não se pode dizer sobre a narrativa.
O Fórum Nerd foi convidado a conferir o filme em uma cabine de imprensa à convite do streaming Adrenalina Pura.
A tecnologia é algo que a cada ano vai abrindo novas fronteiras do que é ou não possível em nosso mundo, o real e no virtual acaba se tornando algo a se questionar, “Game Mortal” filme que é dirigido pelo diretor James Croke, decide explorar isso em um suspense em que nos faz a pergunta, até que ponto estamos nos perdendo nos perdendo um mundo de ilusão para achar a perfeição em oposição do mundo cinza real. Parece uma premissa mais melancólica de “Jogador N°1”, só que não chega a ter a potência deste filme do Steven Spielberg, pois premissa James Croke tinha, mas tropeça.
Hana (Sasha Luss), uma gamer profissional que, por sofrer de agorafobia, encontra no universo dos jogos virtuais o único lugar onde se sente no controle, sua amiga, Jen (Alexis Ren), é o elo de Hana com o mundo exterior. A vida da protagonista muda quando ela decide testar um novo e revolucionário equipamento que promete interpretar a atividade elétrica do cérebro, aprimorando suas habilidades de jogo.
Bem, a falar da produção do filme, que é seu maior ponto positivo, não tem do que reclamar, os efeitos especiais e design gráficos do universo dos jogos são espetaculares e bem polidos, para uma produção com orçamento modesto, rivaliza com grandes obras de Hollywood, trazendo uma cinematográfica que explora ângulos e iluminação para criar uma atmosfera de claustrofobia e tensão, refletindo o estado mental da protagonista. A decisão de filmar grande parte do longa em um ambiente quase sempre escuro, iluminado apenas pelas telas do computador, contribui para essa sensação de reclusão.
Embora extremamente promissor pelo visual atraente, é até perceptível que o filme tenta ao máximo esconder em cenários bem feitos o seu roteiro vazio e superficial que é o grande problema desse filme. Se a parte técnica se sobressai, o mesmo não se pode dizer da narrativa, a premissa de um thriller psicológico sobre a distorção da realidade é interessante, mas o roteiro falha em construir a profundidade necessária para sustentar a trama, criando uma película sem peso algum e que sinceramente, não me faz simpatizar por nenhum personagem.
A história começa de forma envolvente, porém, perde força e coerência no segundo ato, coisas importantes são esquecidas na narrativa e a trama avança de forma apressada, deixando o público com a sensação de que o filme não se desenvolveu nada. A inclusão de elementos de horror e terror, como uma menina que aparece do nada ou a questão de sua mãe, parece um recurso forçado para preencher o tempo de tela.
O desenvolvimento de personagens é outro ponto que precisa de reclamações, a protagonista interpretada pela Sasha Luss é completamente prejudicada pela falta de cuidado de criarem um drama decente a personagem, creio não ser culpa da atriz aqui, que não é das melhores, mas acho que não seria tão prejudicada a ponto de ser tão monótono, é um personagem de difícil conexão emocional. Até a personagem interpretada por Alexis Ren, é avulsa dentro do filme, o que enfraquece o impacto de suas falas com a personagem principal e o seu desenrolar.
Conclusão: Game Mortal tinha tudo para ser um conceito original de grande impacto, uma protagonista carismática, e uma estética visual impressionante. Neste aspecto em relação ao visual ele até consegue transmitir, mas o todo, é carente de tudo, falha ao entregar a profundidade e é coerência necessárias para uma experiência verdadeiramente boas. Uma pena, narrativa frágil, um filme sem impacto.
Nota: 4
O filme está disponível no catálogo do Adrenalina Pura+.
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