Envolvendo elementos de ação, conspiração e espionagem, o longa da África do Sul que estreou recentemente no catálogo da Netflix consegue prender nossa atenção, mas não se desvencilha de clichês tão utilizados nesse tipo de filme.

Zuko (Bunko Cosmo Khoza) é um assassino aposentado que vive tranquilamente com sua família, até ser chamado para ajudar em missão que envolve o governo sul-africano.

O diretor Mandla Dube opta por mesclar as cenas de ação entre o dia e a noite, de modo que as perseguições, cenas envolvendo bastante carros e outros veículos aconteça em um ambiente mais claro. Em compensação, as lutas e embates acontecem majoritariamente no período noturno, trazendo um bom clima de mistério e suspense.

Logo de cara já nos é mostrado exatamente os pontos de vista de cada personagem, e nossa percepção de mocinhos e vilões acontece rapidamente. Porém, todo o arco que envolve conspirações e tramas políticas são bem simplificadas, funcionando praticamente como um mero pano de fundo para que toda a ação ocorra, sem que alguma reviravolta realmente interessante ocorra.

O elenco todo funciona muito bem, mesmo tendo diversos personagens. Tanto o núcleo do governo, quanto o de Zuko, prestam serviços para o andamento da história, apesar de algumas partes não serem devidamente exploradas, como o passado de Klein, um dos personagens mais importantes da trama.

“Alma de Caçador” funciona como um mero entretimento. O filme tem boas cenas de ação, uma boa dose de violência, mas não consegue se sobressair em seu roteiro para que pudesse trazer uma história mais sofisticada.

Nota: 6,0

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