Apesar de simples, Adam Sandler transformar sua mais nova comédia animada em uma história motivacional para crianças. 


Ame-o ou odeio, é impossível negar que Adam Sandler é um dos comediantes mais reconhecidos da cultura pop, seja pelos seus trabalhos mais nostálgicos como "Click" e "Como se Fosse a Primeira Vez" ou por seus projetos mais detestados de Hollywood tendo por exemplo o filme  "Cada Um Tem a Gêmea Que Merece" e "Gente Grande". Antes mesmo de começar a participar de produções mais elogiados pela crítica para a Netflix, Sandler não era um estranho para o gênero de animações devido a suas experiências no longa "Oito Noites de Loucura" e na franquia "Hotel Transilvânia".

Na nova entrada de Sandler para o mundo das animações temos a chegada de "Leo", feito em parceria com a produtora Happy Madison Productions. Na história, o personagem título é um lagarto de 74 anos de idade que passou sua vida toda como o bichinho de estimação de uma turma do quinto ano. Após descobrir que só lhe resta um ano para viver, Leo (Adam Sandler) tenta fugir quando um dos estudantes é selecionado para cuidar dele durantes os fins de semana, mas ao em vez disso, ele acaba revelando que pode falar e começa a dar vários conselhos sociais importantes para cada um dos alunos.


O filme começa mostrando ser uma espécie de musical e com isso, chega a ser difícil de dizer se essa era a real intenção ou se isso foi feito como uma forma de parodiar os clássicos da Disney de maneira semelhante na qual foi feita em Shrek pois elas de fato geram momentos cômicos quando são interrompidas, mas com exceção de um número musical chamado "When I Was Ten" perto do final que tenta ser mais emotivo, nenhuma das composições chegam a ser memoráveis e por mais que as suas presenças sejam persistentes, a decisão de adiciona-las se mostram desnecessárias. 

Como está é uma produção da Happy Madison, era de se esperar que houvesse pelo menos um pouco do típico humor escatológico dos filmes de Sandler, mas como esta é uma animação infantil, piadas desse tipo felizmente acabam sendo amenizadas. Na verdade, há vários momentos cômicos que de fato conseguem ser criativos e geram boas risadas, um exemplo disso são as crianças do jardim de infância que possuem designs medonhos por serem muito agitadas. Uma de suas personagens mais engraçadas também é a professora substituta Sra. Malkin (Cecily Strong) durante sua introdução e acaba sendo desenvolvida na história de forma inesperada e interessante. 


Os alunos do quinto ano também se mostram outro positivo no filme, não só por cada um possuir personalidades únicas como também pelo fato deles serem relacionáveis por causa de suas dificuldades para se enturmarem uns com os outros mas que conseguem ser superadas com a ajuda de pessoas que são importantes em nossas vidas. Durante a história, Leo tira proveito do que aprendeu vendo outras crianças ao longo dos anos para fazer amizade e ajudar as atuais em seus problemas socias que geram várias sequências que transmitem boas mensagens. 


"Leo" pode até ser pouco memorável e com momentos levemente vergonhosos, mas mesmo assim se mostrou ser uma supressa decente vinda de Sandler, sua produtora e a Netflix graças ao seu tom bastante otimista, história cheia de mensagens positivas que no geral resulta em um filme divertido, engraçado e bem inocente que também é bastante recomendado para ser visto por famílias com seus filhos.



Nota: 6,5/10

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