Crítica | Paralisia (Netflix , 2023)

Estreando recentemente na Netflix, o suspense ‘Paralisia’ traz para a tela uma história envolvendo romance, assassinato e drama, e deve prender bastante a atenção do público, já que o filme acerta na maioria das escolhas que se propõe a fazer.

Lina (Rose Williams) é criada por Katherine (Famke Janssen) após o falecimento de sua mãe. Porém, mesmo tendo financeiramente ótimas condições, ela acaba sendo responsável por cuidar do enteado de Katherine, e inclusive se casa com ele, mas não é uma mulher feliz.

O primeiro ponto importante a se destacar são as boas sacadas do roteiro. Iniciando em um momento próximo do final, pouco entendemos o que está acontecendo no início da trama. Quando voltamos alguns anos para o passado e o tempo vai avançando, as coisas vão ficando claras, e é inegável que também vamos tentar adivinhar alguns rumos que o longa terá, algo que é positivo, já que isso ocorre quando a história nos intriga.

Tudo começa com a Katherine sendo misteriosamente atropelada e ficando próxima da morte, com a Lina indo visitá-la. Como as informações são mostradas gradativamente para o público, algumas teorias surgem na gente de como essa história foi acontecendo, mas é importante salientar que embora não seja algo que inove, o roteiro consegue fugir de clichês tão comuns no gênero.

Com tons mais escuros, a cinematografia nos mostra que o clima daquela casa não é dos melhores e que muitos mistérios por ali circulam. Porém, mesmo entendendo que algumas conveniências são necessárias, pelo menos duas acabam não tendo um grande sentido, e aparentam estar ali apenas para fazer a história andar.

Com poucos personagens, “Paralisia” é um bom suspense que chegou recente na Netflix. Misterioso, o filme deve agradar a maioria dos espectadores, e com razão, já que aqui estamos diante de um bom filme.

Nota: 8