Em Matilda, a história já é conhecida. Acompanhamos pequenina Matilda Woormwood, uma menina indesejada e maltratada pelos próprios pais, que vê o único conforto em livros. Ao ser, finalmente, obrigada á ir para a escola, começa a ter uma relação próxima com sua professora, a senhora Honey, e acaba tendo que enfrentar um terror pior que seus pais: a diretora de sua escola, Sra. Trunchbull. Ah, e ela possuí poderes psíquicos.

É meio impossível não querer evitar comparações com o filme original, de 96, que mesmo não sendo sucesso na época, veio a ser amado mai para frente, mas essa nova versão de Matilda, vem inspirada num musical de 2010, que readapta o livro original de Roald Dahl, então é necessário falar sobre o que ele é, não ficar de comparações bobas.

A história, em ritmo, balança um pouco, conseguindo fluir bem durante sua primeira parte, mas decaindo um pouco nisso durante sua segunda metade, parecendo que vai um pouco rápido demais. Porém, em aspectos bons, com certeza temos a adição da história que Matilda (Alisha Weir) vai contando para sua bibliotecária, Srta Phelps (Sindhu Vee). Porém mesmo assim, não querendo "spoilar" o twist dela, acaba por ser sub-desenvolvida.

Outra parte, que é atrelada a rudo isso, sub-desenvolvida acaba por ser a relação conhecida entre Srta Honey e a diretora Trunchbull, que são muito bem atuadas por Lashana Lynch e Emma Thompson, mas onde a ideia delas terem essa relação familiar é só falada e nunca tem nada a ser realmente desenvolvido com essas informações.

As atuações de destaque se levam mais as exatas 3 figuras de destaque, principalmente para a Thompson que consegue manter a extrema mobstruosidade e autoritarismo de sua personagem.

Um trunfo do filme é como ele consegue, de forma estupenda, abraçar e capturar uma estética excêntrica, advinda de uma adaptação musical, direta de um livro infantil. Isso é muito presente na coloração viva de vários cenários e principalmente nas "viradas" durante as apresentações, que apresentam mudanças drásticas e bruscas (e até mesmo cômicas) de mudanças de figurino e cenário, tudo, obviamente num bom sentido, e até servem em propósito narrativo, como no pequeno delírio de nossa "querida" antagonista.

Também sobre as apresentações é importante destacar o trabalho feito nas coreografias do filme, principalmente por vários dos números mais "complicados", serem interpretados por crianças, que, provavelmente treinaram a vida todo para isso, e não tirando nenhum método delas, porque são dasas imcríveis fluidez r sincronia na complexidade dos movimentos realizados.

Os efeitos são quase nem usados e quando são, se apresentam de forma prática, mas a ideia a se passar quando, agora, se fala sobre eles e de que são muito bem feitos. Mas até quando se precisa de algo mais digital, o filme consegue entregar muito bem.

Numa nota pessoal, mas que eu acho ser pertinente com o resto da crítica, pode se dizer que o melhor dos números apresentados no filme, e que provavelmente está a se tornar o mais popular é um dos últimos "Revolting Children", que é estupendo.

Nota: 8.5





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