Filme dirigido por Juan Antonio Bayona conta a história real de uma família que passava as férias na Tailândia quando o local foi devastado por um dos tsunamis mais mortais da história.

Maria(Naomi Watts) e Henry(Ewan McGregor) e seus três filhos passam suas férias em um aconchegante hotel na Tailândia em dezembro de 2004. Enquanto todos relaxam na piscina do hotel, a catástrofe acontece.


O primeiro grande ponto a se observar aqui é a forma como a história é contada. Dirigido pelo espanhol Juan Antonio Bayona, a produção não tem foco algum em cenas grandiosas mostrando as ondas gigantes ou qualquer outro acontecimento natural. O foco aqui é contar como essa família passou por todo esse acontecimento. O diretor é competente ao dividir o filme em 2 partes logo após ao tsunami: Primeiro vamos saber o que aconteceu com a mãe e o filho Lucas(Tom Holland). Um pouco mais pra frente saberemos o que aconteceu com o pai e os outros dois filhos.


Nessa primeira parte da “divisão”, o filme nos mostra sem muitas cerimônias o que os dois passaram para conseguir suportar toda essa catástrofe. Com uma maquiagem perfeita, a direção não esconde machucados, corpos espalhados pelo local devastado e completamente alagado. O mérito de Naomi Watts é enorme aqui, a atriz transita entre o drama, o cuidado com seu filho, o medo do desconhecido e a preocupação com o restante da sua família com uma naturalidade digna de aplausos. É um trabalho muito difícil de ser feito. A atriz recebeu, merecidamente, uma indicação ao Oscar 2013 como melhor atriz. Tom Holland também se destaca, apesar de não ser o maior destaque da trama. O jovem ator é bem expressivo e consegue atuar de uma forma convincente corporalmente também, já que em diversos momentos ele precisa subir em árvores, ou correr. 


Na segunda parte, o diretor nos mostra o que aconteceu com Henry e seus dois filhos Thomas e Simon. Nesta segunda parte, o filme fica menos dramático, pois já sabemos que a família sobreviveu(mesmo sabendo que isso já era contado na sinopse oficial). Ewan McGregor foi outro acerto no elenco. Competente, ele transmite muito facilmente todas as emoções e dramas de seu personagem, mesmo que o roteiro de mais momentos para a Naomi Watts. Em certo momento, o personagem decide deixar seus dois filhos com outros sobreviventes para procurar sua esposa e filho. Foi uma atitude difícil certamente, que poderia ser bem questionável, mas o mérito do ator é tanto, que com sua interpretação, essa atitude se torna menos polêmica, digamos assim. Ainda mais quando nós já sabemos que os dois estão vivos.


Infelizmente, o filme não é perfeito, e o diretor toma algumas decisões erradas na reta final. Quando os dois núcleos estão próximos de se encontrar, o filme apela para momentos de desencontros e pequenas tramas desnecessárias. No momento em que Henry vai até o hospital para ver se encontra Maria e Lucas, nos é mostrado alguns minutos de cenas mais distantes mostrando onde os dois estão. Mas isso não é feito de uma maneira satisfatória, o filme tinha acertado em todo o tom do drama até aqui, e acaba sendo apelativo para que você possa chorar, principalmente se não tiver chorado até aqui.


O Impossível é um ótimo filme que retrata uma história verídica de uma família que conseguiu sobreviver a uma das maiores catástrofes recentes da humanidade. Tocante, forte e sensível, com certeza fará você se emocionar.


Nota: 8,5

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