Nova adaptação de um jogo dirigido por Paul W S Anderson e protagonizada por Milla Jovovich talvez seja um dos melhores filmes do diretor, mas acaba tendo deslizes infantis e não entregando tudo o que pode.

Após uma tempestade, a equipe militar da tenente Artemis(Milla Jovovich) acaba parando em um novo mundo repleto de monstros, onde sua maior missão é sobreviver.


O roteiro(também escrito pelo diretor) é apressado e não dá nenhuma chance do telespectador conhecer e se importar com a equipe liderada por Artemis, então em pouquíssimos minutos, já somos levados a este novo e misterioso mundo. E de forma previsível, sabemos o destino desses personagens. O primeiro deslize do filme começa pelo seu texto: seria interessante conhecermos um pouco mais desses personagens, para que, caso algo aconteça com eles, que a gente consiga pelo menos se importar minimamente. Mas sabemos que esse não é foco aqui, precisamos conhecer as criaturas e colocar nossa protagonista em ação.


O filme flerta entre três narrativas e gêneros diferentes: Terror, sobrevivência e comédia. O primeiro é o que mais funciona em tela. Principalmente nos primeiros minutos de Artemis no novo mundo, os monstros assustam e se mostram extremamente perigosos, além de terem um belo design. Esses primeiros momentos são divididos entre cenas durante dia, e cena durante a noite. As noturnas acabam assustando mais, e funciona bem nessa proposta. Nas cenas de manhã, conseguimos visualizar o monstros de uma forma melhor.

Na parte da sobrevivência, funciona de forma parcial: em um primeiro momento, é interessante ver a Artemis em apuros, sem saber o que pode acontecer. Mas com muitos minutos usando a mesma estratégia, a fórmula fica batida. Já na parte da comédia, alguma piadas funcionam, mas acabam se repetindo diversas vezes, como a sacada do chocolate, que se repete até o final do filme.


Milla Jovovich entrega novamente uma boa personagem na ação, com carisma e bastante presença. Os melhores momentos do filme são as interações dela com o Hunter(Tony Jaa). O ator também tem presença, e inicialmente é apresentado cercado de mistério, que o roteiro acaba esquecendo de explicar um pouco mais de sua origem. No elenco, principalmente na reta final do longa, o personagem Admiral(Ron Perlman) ganha um bom destaque.


Monster Hunter não consegue ser o filme definitivo de adaptação de games ainda, tem bons elementos, boas cenas de ação e monstros interessantes, mas ainda peca no roteiro e na sua montagem. No final das contas, o filme consegue atingir metade do que se propõe.


Nota: 5

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