Thor: O Mundo Sombrio é a sequência de Thor (2011), e o oitavo filme do Universo Cinematográfico da Marvel. A trama gira em torno do Éter, um artefato poderoso no qual Jane Foster (Natalie Portman) toma posse, e tal artefato é desejado por Malekith (Christopher Eccleston), líder de uma raça que tem como objetivo imergir o universo de volta às trevas, raça essa conhecida como Elfos Negros. Para derrotá-los, Thor Odinson (Chris Hemsworth) e Loki (Tom Hiddleston) devem se unir se quiserem salvar o universo.
O Mundo Sombrio tem fama de ser UM DOS PIORES FILMES DO MCU. Eu reassisti o filme com essa mentalidade, e... de certa essa declaração não está errada. É um dos piores filmes do MCU, mas não é um filme ruim, acho que medíocre seria mais apropriado. E o filme tinha potencial para ser muito mais, e isso vale para toda a trilogia do Thor como um todo. Primeiramente, o filme destoa muito de seu antecessor, o primeiro era mais um épico shakespeariano, isso no primeiro ato e depois é uma comédia totalmente desinteressante que se passa no Novo México que se salva pelas atuações teatrais de Anthony Hopkins e Tom Hiddleston. O Mundo Sombrio é diferente de seu antecessor, mas os dois ainda parecem ser do mesmo universo, o problema é que o primeiro tinha mais identidade, e sua sequência é um filme genérico de super-heróis, com todas as fórmulas batidas e clichês.
A trama é bem original, temos a caça do vilão ao McGuffin, que já foi usada em filmes do MCU, vezes demais pra ser sincero, mas aqui falta inspiração e criatividade, algo que o vilão do filme também falta. Suas duas únicas motivações são: eu sou do mal e eu sou malvado. Então, como percebem, é apenas uma, ele é mais um daqueles vilões que são vilões porque o filme precisa que eles sejam. Ele não tem motivação nenhuma porque Malekith só tem 15 minutos de tempo de tela e a maioria é de diálogos de exposição, dele lutando com alguns personagens, então ele nunca é aprofundado de verdade.
Um dos pontos criticados por alguns é a enorme presença cômica no filme.
Sempre tem uma piadinha e um momento engraçado pra descontrair, que não é exatamente um problema, mas é feito porcamente e ás vezes irrita, principalmente porque os alívios cômicos são irritantes, que são os estagiários da Jane, Darcy Lewis e Ian, e as presenças desse dois no filme nunca são justificadas, totalmente desnecessária, a trama correria normalmente sem eles fazendo piadas de cinco em cinco minutos.
Apesar dos pesares, o primeiro ato do filme até que é bastante legal, se o filme tivesse seguido a pegada da cena introdutória, que é batalha do Börr contra os Elfos Negros, esse filme seria melhor por pelo menos ter seguido um estilo que combina mais com o personagem titular e sua mitologia. Thor deveria ter seguido uma pegada mais Tolkien e Cornwell com a assinatura artística de Jack Kirby, ao invés aqui nós temos uma fantasia meia-boca que introduz conceitos e não os desenvolve, como os Noves Reinos, que só sabemos os nomes e nunca são exploradas para minha tristeza, muitos conceitos legais da mitologia nórdica podiam ser exploradas, mas o filme prefere as piadocas ocasionais e o foco único na Terra.
Mas se até no lixão nasce flor, então esse filme tem seus pontos positivos: os figurinos são bem legais, a designer Wendy Partridge faz um bom trabalho, a fotografia do filme é competente, apesar do filtro escuro que não combina muito com o subgênero de filmes de heróis, e infelizmente é usada demais, os efeitos especial são uns dos melhores da Marvel, a sequência da invasão de Malekith a Asgard está aí pra provar, o funeral viking de Frigga é uma ótima cena, e a atuação de Tom Hiddleston, o filme sinceramente não merece esse talento.
Cheio de clichês, com um dos piores roteiros da Marvel, o desinteresse de Natalie Portman que fez o núcleo romântico desse filme ir a ruínas, no primeiro filme havia alguma química, nem que fosse só um pouco, mas aqui é inexistente. A presença do pior vilão do MCU e a forma desastrosa de como os roteiristas lidaram com ele, a repetição de ideais, pois Loki morre e retorna pela segunda vez, algo visto já no primeiro Thor e no filme dos Vingadores, o sujeito que sugeriu essa ideia merece o tratamento de Jane Foster: dois tapas na cara pra aprender a virar gente. Enfim, o filme tem sua lista de defeitos, e não há como defender o que fizeram com a franquia e o personagem de Thor, mas a intenção é o que vale e os responsáveis tentaram fazer um filme bom... eu acho.
Nota: 4
Publicado por: Sam.
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