Capítulo inicial do Monsterverse tem potencial, mas personagens desinteressantes e desperdícios de atores de calibre o fazem perder força.
Lançado em 2014 e dirigido por Gareth Evans, Godzilla é o filme que deu o pontapé inicial ao que viria a ser o “Monsterverse” da Warner Bros. A trama começa em 1999 onde são descobertos ossos de uma criatura gigante em uma escavação mineira, a partir daí somos apresentados aos personagens que “movimentarão" a trama. Bryan Cranston e Aaron Taylor-Johnson interpretam Joe e Ford Brody, pai e filho que buscam respostas a respeito de uma acidente na usina nuclear onde Joe e sua esposa trabalharam e onde a mesma faleceu após um vazamento de radiação.
Após essa breve sinopse, devo dizer que esperava um papel mais importante para o Bryan Cranston, ele é um excelente ator, mas é desperdiçado num papel risível, já que o personagem dele é bem qualquer coisa. O que nos leva a outro problema, o núcleo dos personagens humanos é extremamente entediante, não há um desenvolvimento de personagem significativo e pior os atores parecem que sentem sono durante as cenas, não há a mínima espontaneidade ou veracidade nas reações. O protagonista do filme Ford Brody é tão raso que honestamente pouco importava se ele morria ou vivia, o mesmo do resto do elenco.
Para piorar a situação o próprio Godzilla parece muito pouco e quando aparece é ocultado por uma fotografia escura que dificulta o espectador enxergar a cena com clareza. As cenas de ação são legais, as lutas entre os monstros empolgam o suficiente, mas não deixam de ser poucas. A direção do filme é a maior responsável pelos problemas citados, é tudo muito burocrático não há uma energia nas cenas, a fotografia também não ajuda. Os efeitos visuais e o design das criaturas são os maiores acertos na parte técnica do filme, os monstros são bem feitos e não fica aquela sensação óbvia de que é CGI com em muitos projetos por aí.
Godzilla é divertido, mas peca por ter uma direção fria e personagens apáticos.
Nota: 5,0
Publicado por: Matheus Eira.
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