Olá a todos, esse é o primeiro de uma série de textos que estou fazendo com o intuito de analisar a fase do Batman escrita por Tom King. A cada texto pretendo analisar 1 arco da fase, junto com seus anuais.
Nesse texto vou abordar o primeiro arco “Eu Sou Gotham”, escrito por Tom King e com desenhos de David Finch. O arco foi publicado originalmente em BATMAN REBIRTH #1 e BATMAN 1-6 (2016), e no Brasil publicado nas revistas Batman Renascimento 1-4.
O arco começa na revista BATMAN REBIRTH #1 e conta com roteiros de Tom King e Scott Snyder, e arte de Mikel Janín. A edição em si é bem curta, e não agrega tanto para a história. Ela introduz uma nova origem macabra e interessante para o Homem-Calendário, que infelizmente é esquecida e nunca mais utilizada. O ponto mais interessante é como King começa a pincelar o tema de seu próximo arco a frente do cruzado encapuzado, mostrando como Bruce Wayne tende a se arriscar e tomar atitudes suicidas.
Gotham e Gotham girl
Na história temos uma série de atentados terroristas acontecendo na cidade de Gotham. Em meio a queda de um avião que estava tentando salva, Batman (e nós leitores) somos apresentados a novos vigilantes chamados Gotham e Gotham Girl.
Após salvarem o avião e Batman, os novos heróis se apresentam como irmãos, com poderes semelhantes aos do Superman e esperam trabalhar junto com ele para salvar a cidade tão amada.
A história flui muito bem nesse primeiro arco, construindo uma relação de confiança entre Batman e os novos heróis, ao mesmo tempo em que King desenvolve eles transformando em personagens interessantes. O passado de Gotham e sua imensa admiração pelo morcego faz com que nos relacionemos com o personagem, nos importando com ele e torcendo para que alcance seus objetivos. Ao mesmo tempo em que o próprio Batman começa a refletir se ele ainda deve ser o herói de Gotham, já q agora a cidade tem novos vigilantes com poderes que podem realmente salvar mais pessoas, King aproveita e introduz personagens conhecidos do universo DC no arco, que além de terem sua importância no arco atual, irão reverberar pelos próximos, como é o caso do Pirata Psíquico e Amanda Waller.
A última edição do arco é desenhada pelo brasileiro Ivan Reis, que atualmente é um dos maiores nomes da editora das lendas. Uma edição que fecha maestralmente o arco, focando na personagem Gotham Girl e Batman. Um capitulo lindo que possui diálogos sobre a vida, morte e futuro.
Conclusão
Eu Sou Gotham é um excelente começo da tão polemica fase de Tom King. A história e os diálogos de King são ótimos, o timing cômico do autor é algo q vale destacar tanto nesse arco, quanto em sua fase. A arte de Finch é bem competente, e combina com a trama e ambientação.
Contudo, nem tudo são flores. Embora o desenvolvimento de Gotham seja bom, o desfecho do personagem nem tanto. A forma como King desenvolve a luta final do arco é forçada, e a maneira como ele utiliza a Liga da Justiça e um Deus Ex-Machine para encerrar a luta é vergonhoso e preguiçosa, comprometendo um pouco a qualidade do arco.
Nota: 8.
Publicado por: Charlie Brown.
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