O Melhor episódio da franquia, mesmo que isso não signifique muita coisa.


Devo dizer, a escolha dessa grande pérola para o filme de terror de halloween desse ano é puramente por que estava na hora de falar de alguma trasheira que, querendo ou não, também está enraizada nesses filmes, vamos lá, hoje em dia temos A Morte do Demônio, um clássico do terror que até hoje mantém divertidas veias exageradas, beirando o absurdo, A Hora do Mal com seu final pra lá de incomum, Sexta-Feira 13-Parte 6 - Jason Vive nada mais é do que o começo mais incomum da saga, após o suposto “Capítulo Final” no parte 4 e de um “recomeço” enganoso e medíocre em na parte 5  enfim temos Jason de volta, com muita ironia e várias passagens sanguinárias do monstrengo da máscara de hóquei.

O filme começa com Tommy Jarvis (Tom Mathews) sobrevivente do Massacre anterior ao Jason ainda criança, traumatizado com a possibilidade dele poder voltar, vai até o seu túmulo para se certificar de que o serial killer estará morto para sempre. Após chegar ao cemitério, abre o túmulo de Jason, enfia uma lança metálica no cadáver do antagonista, mas um raio cai no local e reanima o monstro, situação que ocasiona uma nova sequência de matanças, com direito a uma decapitação tripla e altas doses de ironia em relação à polícia, segmento da sociedade que não serve para nada nos filmes de terror, haja vista que atrapalham mais e ajudam menos.


Enquanto que a população quer esquecer o passado da cidade, Tommy procura a polícia e é preso, principalmente depois de identificado. A situação só se modifica depois que a polícia percebe que alguns crimes foram cometidos enquanto o personagem esteve detido, o que indica que Jason pode estar de volta, ou então, alguém está interessado em reviver o seu legado.



De cara  tenho que salientar o quão ameaçador é esta versão do Jason, sem dúvidas, é a versão Maia assustadora do personagem, ao lado da versão do reboot de 2009, mais corpulento e menos desengonçada que as versões enquanto ainda vivo no passado. C J Graham, o ator do personagem, fez um bom estudo de personagem ao dar vida a essa versão.


O mesmo não se pode dizer do roteiro, que é o convencional de Slasher de sempre, o diretor Tom McLoughlin decide dar um toque maus canastra as façanhas do Jason neste filme, mas existe simplesmente momentos tão convenientes que chega a irritar o quão patético são e como muitas delas seriam evitadas se os personagens não fossem burras, talvez, desses encontros mais convenientes para ter mais mortes no filme  a do casal com o fusca (não lembra se era fusca agora) é a mais criativa e esperta delas, com uma ironia a filmes de terror pensada pelos personagens, só para fazerem exatamente como diziam no fim das contas, gerando um bom momento de morte e gafe. A trama só se indireta quando o antagonista vai cruzando mais o caminho dos personagens mais centrais das mortes em direção a Tommy Jarvis, porém, o início é bem difícil de engolir.


Aliás, o absurdismo desse filme vai a níveis elevados, a começar com mortes mais mirabolantes que anteriormente se tinha na franquia, o próprio Jason reviver com um raio caindo nele já diz como será esse filme, que vai numa vertente de terror a filme noir, depois de comédia com a patrulha maluca do nada aparecendo no filme brincando de paintball na floresta, o filme é flutua de gêneros e isso, vai ser o novo status quo da franquia até Jason X, com essa aura mística ao redor da franquia, eu particularmente acho que é um caminho legal, pena que não souberam fazer isso nas continuações.



A final girl tem pouco espaço nesta sequência, Megan (Jennifer Cook) possui uma relação bem interessante com a câmera, pois consegue transcender a beleza e dar dignidade a uma personagem que poderia passar sem vigor caso não fosse interpretada com tamanha sagacidade. O herói da vez é Tommy, um dos raros casos de final boy da série, praticamente arqui-inimigo do Jason, o ator tem um certo carisma, bem melhor que o ator anterior a esse, diria que é um dos poucos casos em que a franquia tem protagonistas com personalidade e bem festinhas, já que a maioria é tudo mais rasos que uma porta. 


O trabalho de produção é até bem feito, com um clima de terror bem feito no acampamento e nos arredores dele, além de um bom trabalho de som, não perfeito, mas ajuda na hora dos sustos, as mortes não são das melhores, tem uma ou outra criativa mas a censura desses filmes (convenhamos, a franquia nunca foi lá muito violenta nessa época, nunca mostrava as mortes diretamente) mas sinceramente a falta de mais gore e mostrar elas sendo feitas incomoda um pouco, acho que se não fosse a censura, esse filme seria ao menos o melhor da franquia em termos de mortes.


Conclusão: Esse filme é o famoso trash divertido, ainda mais para se ver no halloween, não é lá essas coisas, mas com certeza é um dos mais clássicos do personagem, poderia ser melhor? Claro, assim como toda essa franquia, mas ao menos o caminho dado neste filme é interessante, pena que abriu portas para certos filmes futuros.


Nota: 6

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