Terceiro episódio mostra uma excentricidade boa, mas ainda com uma execução estranha.
Após um começo muito bom, mas ainda morno da série, continuamos a trama dos personagens desajustados monstruosos que com passar da narrativa vamos descobrindo mais a respeito de cada personagem que integra a Força-Tarefa M, ou, Comando das Criaturas, em um episódio que se aprofunda em um personagem incompreensível, mesmo com sua estrutura problemática ainda persistir.
G.I Robot (o nome em português horroroso, diga-se de passagem, vou ditar em inglês pois é mais imponente), enfim tem seu passado explorado detalhadamente, enquanto ele e sua equipe passam por um intenso combate contra os Filhos de Themyscira e Circe que tentam matar a rainha de Pokolistão.
O episódio começa já nos levando ao passado, com G.I Robot matando nazistas alegremente ao lado da Companhia Moleza, liderados pelo Sargento Rock (Maury Sterling) em 1943, a cena é uma das melhores do episódio e mostra muito bem as habilidades da máquina de matar nazistas robótica, a cena é simples e grotesca, mas a muito bem executada e permeia o que veremos do personagem mais adiante com o passar do episódio.
A pequena subtrama de flashbacks do G.I Robot, sem muito mistério, é mais ou menos aquilo que já esperava, começo glorioso, esquecimento, usado em experimentos, alguma tragédia acontecida durante esse tempo, e por aí vai, nada fora do normal que vimos no episódio passado com a história da Noiva, mas diria que lá, a história é muito mais impactante, aqui, no entanto, por mais que seja bem construída, ainda é de forma burlesca, o que acho um alívio, já que nem tudo precisa terminar em grande trauma e tragédia para moldar um personagem, que é a maneira (meio acovardada do James Gunn) de fazer nós se aproximar desses personagens de alguma forma e devem seguir assim com todos. Porém, tem um momento com um humor tão involuntário que é julgar e prender um robô de guerra por fazer aquilo que ele foi designado e deveria fazer, eu não vou negar que me deu risos, foi uma boa sacada, e olha que o humor ainda continua exagerado.
No entanto, saindo dessa subtrama, vamos ao maior empecilho até o momento, a trama principal, que até o momento não engrenou como deveria, ainda presos desde o primeiro episódio ao que as Criaturas e Flag estavam fazendo, a estrutura, de enredos A com a subtramas B não estão coincidindo bem, em problema por causa da duração curta, que precisa conciliar muita coisa e acaba apressando muito o que deveria contar, garanto que se os episódios tivessem uma duração de 10 minutos a mais ou até 4, poderiam evitar bastante esse problema.
Foi o básico do simples e nada de muito “caramba” realmente aconteceu, a não ser que você considere a batalha final com Circe e a equipe alguma coisa, mas o final dela foi tão patético e desnecessário que me faz julgar se aquilo não era uma ilusão criada pela “Deusa da Magia”, pois não é possível ter sido tão nerfada assim, vilã essa que precisa se provar como uma grande ameaça ainda.
A Animação continua muito boa e consistente, digo isso por ter estranhado nos trailers mas em movimento e nas cenas de ação elas conseguem fazer muito bonito, a escolha das músicas é outro acerto, que nem tinha ouvido falar, se tem algo que o Gunn acerta além de fazer bichinhos fofos carismáticos, são as trilhas sonoras.
Conclusão: um bom episódio, mas falta tempero ainda, um azeite, talvez um caldinho de feijão para deixar a série mais apetitosa, sair um pouco do básico e contar algumas subversões legais como a história do G.I robot foi extremamente assertivas, esse inclusive é o meu personagem favorito até o momento na série, com ótimas cenas, não sei por que mas a excentricidade do personagem funcionando melhor do que o resto da série até o momento.
Nota: 7
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