Novo filme de terror da Netflix é inspirado em uma história real e tem uma boa primeira metade, mas acaba se perdendo em seu final, com diálogos expositivos e algumas decisões duvidosas.

Após uma família se mudar para uma nova casa, diversos acontecimentos estranhos começam a acontecer. Quando o filho mais novo começa a frequentar o porão e conversar com um suposto “amigo imaginário”, as coisas só pioram.

Filmes sobre possessão e exorcismo existem aos montes, e acabam sendo alguns dos elementos mais utilizados nos longas do gênero. Mas o que deixa o início da projeção interessante são os problemas que a família que protagoniza a história passam. A mãe tem problemas com bebidas alcoólicas, a avó está com câncer, passando por sessões de quimioterapia, e os filhos não vivem felizes naquele ambiente.

Além dos itens descritos acima, existe também o elemento da guarda das crianças em que Ebony passa. Com o ex-marido ausente, seus filhos sofrem pelo momento tumultuado e a relação nada boa entre a mãe e a avó.

Protagonizado por Andra Day, competente no papel, o elenco também conta com nomes importantes como a experiente Glenn Close e Caleb McLaughlin, famoso por seu papel em Stranger Things. É importante salientar que os problemas do projeto passam longe de ser responsabilidade de seus atores.

Após ter estabelecido os problemas familiares, na segunda metade o filme foca na parte sobrenatural e não consegue continuar com a mesma competência, contendo diálogos extremamente ruins nos momentos mais importantes da trama. Além disso, ainda desperdiça o que poderia acrescentar muito em sua narrativa: temas raciais e religiosos, que estão ali, mas acabam sendo apenas jogados e não tratados da maneira correta.

A Libertação até pode agradar os fãs de filmes de terror, mas perde uma ótima chance de ser um bom filme, desperdiçando seu início promissor e temas que poderiam (e deveriam) ter uma atenção maior em seu roteiro.

Nota: 4,5

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