Antepenúltimo episódio da temporada toma decisões frustrantes com sua execução e ainda assim consegue tornar a história ainda mais fascinante. 


Frustada por não ter suas decisões sendo levadas a sério pelo seu próprio conselho e não sabendo ao certo em quem confiar, Rhaenyra (Emma D’Arcy) conspira com Mysaria (Sonoya Mizuno) para colocar o povo de King’s Landing contra o governo dos Verdes que atualmente esta sob a gestão de Aemond (Ewan Mitchell) durante a recuperação do rei Aegon (Tyler Moffet). Enquanto isso, Daemon (Matt Smith) continua a encarar os fantasmas de seu passado. 

Aegon e Aemond Targaryen

Depois de um episódio mais morno na semana passada, "A Casa do Dragão" trouxe vários tópicos interessantes para se discutir no sexto capítulo de sua segunda temporada apesar de algumas execuções não totalmente satisfatórias. Desde o surgimento de novos montadores de dragões com a agoniante recuperação de Aegon até o ataque da plebe diante Alicent (Olivia Cooke) e as constantes alucinações de Daemon Targaryen que continuam a ser um elemento divisivo nesta temporada. 

Daemon Targaryen

Começando logo pela subtrama de Daemon, desde de que se afastou de Rhaenyra, o personagem tem lidado com diversos episódios alucinógenos frequentes, coisa cuja qual se tornou algo repetitivo para alguns. Porém, em minha opinião, vejo isso como um desenvolvimento fascinante de sua loucura aos poucos, enquanto as visões fazem um ótimo trabalho em trazer os retornos de outras figuras queridas pelos fãs de um jeito que não fica parecendo um fanservice gratuito. 

Um dos meus maiores incômodos não só com a temporada, mas na série em geral é na forma com a qual certos personagens que são relativamente importantes passam despercebidos pela trama. Vê o inicio dessa premissa sobre a procura de novos montadores para os dragões de Rhaenyra foi algo que soou muito interessante em conceito, porém, o problema vem da forma na qual os filhos ilegítimos de Corlys Velaryon (Steve Toussaint) e outros bastardos da família Targaryen ganham destaque de forma bem repentina.

Alicent Hightower

Em relação ao Conselho dos Verde, é fascinante ver como as coisas continuam a sair do controle principalmente quando Aemond tenta assumir uma certa liderança diante a situação precária de seu irmão. Toda essa má gestão combinada com a estratégia de Rhaenyra ao tirar vantagem disso dando comida ao povo acabou resultando em um dos melhores momentos do episódio que mostra Alicent e sua filha fugindo de plebeus injustiçados enquanto a chamam de "Rainha dos Peixes".

Rhaenyra Targaryen

Mas o que realmente chamou a atenção e acabou roubando os holofotes foi a inesperado relacionamento entre Rhaenyra e sua conselheira Mysaria neste episódio. Embora tamanha intimidade possa não ter sido bem encaixada, principalmente em um momento inadequado após o compartilhamento de uma história de abuso, ainda acredito que isso esteja de acordo com a persona da protagonista que desde sempre foi mostrada sendo mais apoiada por figuras femininas como  Rhayens ou até mesmo Alicent durante sua juventude. Resta apenas saber se isso irá se desenrolar bem nos últimos capítulos.

O sexto episódio do segundo ano de "A Casa do Dragão" fica com um saldo positivo por causa de seus momentos mais inesperados que ajudam a aumentar o clima diante os dois últimos capítulos, porém o que o impede de ser algo totalmente satisfatório é a execução dos momentos chaves que poderiam ser mais impactantes e a estranheza em algumas decisões criativas diante certos personagens. No mais, o final  dessa temporada esta bem próximo agora e tudo indica que a série continuará a surpreender. 


Nota: 8,0/10

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