Sendo um dos pontos mais esperados dessa temporada, o novo episódio de The Boys destaca-se por ser aquele que conecta com alguma das pontas soltas da série spin-off Gen V, ao, agora, apresentar o conceito do vírus matador de Supers para nossos "protagonistas principais", enquanto vemos Hughie lidando com o retorno de seu pai.

 Mas antes de chegarmos aos Rapazes, é importante comentar de um dos prinpais panos de fundo, relacionado ao núcleo dos Supers : Mesmo de modo um pouco hipócrita (Vide a existência de Gen V, Diabolical e a do ainda misterioso spin-off focado no México), o episódio destaca o que é eu considero o melhor humor que a série pode apresentar, passando na frente até das críticas mais políticas, ou dos absurdos violentos, que é a comédia autoconsciente com as mídias de super-heróis. Sendo um dos pontos de partida e V52, uma clara paródia da D23, com a apresentação desse mar de filmes e séries fictícios dos nossos antagonistas, acho que desde o começo, foi um ponto extremamente cômico, mas que certa forma sempre conseguiu adicionar pontos criativos ao worldbuilding.

Contudo esse, com certeza, não é o destaque desse episódio, sendo esse a maluquice dos animais injetados com Composto V, e as cenas meio delirantes de violência das galinhas e ovelhas. Sinceramente, esperava que elas seriam mais malucas em relação à outros momentos que tivemos nos anos anteriores na série, mas com certeza não decepcioiu

Mesmo que ache que o arco de Billy (Karl Urban), também tenha sofrido um pouco de repetição durante as temporadas, alcançando o que pareceu o clímax na temporada passada, adicionado ainda mais pela ambiguidade que Joe Kessler, personagem de Jeffrey Dean Morgan, retornar como esse estranho fantasma do passado, além de todo esse mistério que permeia a sua própria existência e suas interações com o próprio Bruto, contrastando com as claras alucinações de Becca, como o anjo e o diabo falando nos ouvidos dele.

Já para o Capitão Pátria (Anthony Starr) e Ryan (Cameron Crovetti), mesmo em poucas cenas, conseguiu-se ver mais um pouco da mudança de dinâmica que o menino vem sofrendo em relação às suas ações como um Super, espelhando um pouco das dinâmicas de poder entre eles. Sobre os outros "heróis", esse, interessantemente deve ser o momento que menos focou neles, tendo os bastidores da V52 como o principal o ponto principal das interações, que focam na dinâmica humorística do Profundo (Chace Crowford) e do apresentados Cameron Coleman (Matthew Edinson), e a Ashley (Colby Minifie) e o Trem Bala (Jessie T. Usher), ainda lidando com seus segredos. 

Além da previamente citada espera, o retorno de Giancarlo Esposito é muito bem vindo. Mesmo que sempre pareça que ele está interpretando o mesmo personagem à mais de uma década, e eu ter achado que o "fim" da história de Stan Edgar tenha sido até bem satisfatório, as interações dele com sua filha, Victoria Neuman, são bem humorados e consegue aprofundar na relação entre os dois.

O problema mais crônico da temporada em geral, que não foi nem será comentado apenas por mim, são as continuações das histórias de Kimiko (Karen Fukuhara) e do Francês (Tomer Capone), esse último que possui o maior destaque aqui. É como se os arcos deles, não só por apresentarem-se de forma desinteressante, é como se eles tivessem perdido um pouco timing de seu desenvolvimento e conclusão, e tem de ser um pouco mais arrastados, seja nos anos passados, ou seja nessa temporada. Mesmo que tenham momentos que valem a pena, como a conversa entre Francês e Annie (Erin Moriarty), principalmente por essa estar brilhando ainda mais, ainda não é so suficiente.

E por último, mesmo bem mais avulso aos outros núcleos do que qualquer coisa, mesmo sabendo que seria bem emocional, não saberia que a história da família de Hughie (Jack Quaid), chegaria a ser tão tocante. Mesmo que esse não tenha sido realmente o fim (por enquanto), poder ver a dinâmica entre a mãe, pai e o filho foi uma das melhores surpresas, mas não só isso, como a performance tocante de Simon Pegg, que não é como se fosse para sair sendo adjetivada, falar que merece um Grammy, e essas outras hipérboles, mas que foi muito bem realizada, e criou o sentimentalismo perfeito que o possível final do personagem necessitou.

Em geral, não sei se há de descrever esse o melhor episódio até aqui, mas esse conseguiu trabalhar bem algumas das melhores qualidades que a série apresentou desde sempre, seja as paródias aos universos cinematográficos, a violência absurda e desacerbada, ou os momento emocionais, o que ilustram exatamente o que The Boys é.

Nota: 8,5

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