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Filme de suspense espanhol é intrigante, prende o espectador e seu roteiro é inspirado em uma aterrorizante história real.

Paula e Simón encontram uma garota perdida no meio da estrada. Após a levarem para o hospital, e não encontrarem nenhuma informação sobre ela e sua família, eles levam a menina para casa, mas coisas estranhas acontecem e ela desaparece.

O longa flerta com alguns gêneros diferentes, principalmente em seu primeiro ato. Após Clara demonstrar uma certa confiança em Paula, alguns acontecimentos que inicialmente parecem sobrenaturais trazem uma sensção de que estamos vendo um filme de terror, mas isso acaba não se confirmando.

Clara é uma menina com diversas marcas de violência, e que se sente confortável dentro um espaço estabelecido no chão por giz branco. Com o avanço da história, entendemos que ela sofreu abusos durante toda sua vida, não apenas físicos, mas também psicológicos. De origem Alemã, a criança sente medo das pessoas, e isso impacta diretamente na sua relação com as pessoas que estão perto dela. 


Aproximadamente na metade do filme, temos a revelação de que Clara era mantida como refém do vizinho de Paula e Simón, Eduardo. Com isso, o roteiro explica os sumiços dela, e os acontecimentos que flertavam com o sobrenatural, e daí o filme se reconhece como um suspense. No início, esse ´´plot-twist´´ aparenta ser bem superficial, mas quando realmente entramos a fundo na história, é aterrorizante. Chega a ser incomodo saber que o mal pode estar do nosso lado, sem que tenhamos a mínima noção disso.

Dirigido competentemente por Ignacio Tatay, o filme nos dá pistas desde o início, mas não é tão simples de resolvê-las. De maneira calma, o diretor nos passa as informações lentamente, sempre nos deixando com mais dúvidas do que certezas. 

O elenco funciona muito bem, com os maiores destaques para Elena Anaya, que interpreta Paula. Sua personagem possui uma carga dramática bem alta. Ela deseja ser mãe, faz tratamento para isso, mas sem sucesso. Quando encontra Clara, sente que essa é sua melhor oportunidade, e faz o seu melhor, mesmo que isso a faça esconder coisas de seu marido. Eva Tennear, mesmo jovem, traz muitas nuances para a Clara. Com um olhar leve, ela consegue passar a informação de que esconde muita coisa, e mesmo com poucas palavras, consegue facilmente transmitir todos os seus sentimentos para o telespectador.

Jaula é um filme que merece ser visto. Forte e chocante, ele conta uma história que não é fácil de ser vista, mas que prende do início até o final.

Nota: 8,5


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