Clássico brasileiro, as revistas da Turma da Mônica, criação do cartunista Maurício de Sousa, fazem parte do imaginário nacional e tem um lugar especial no coração de muitos. Reverenciados mundo à fora, os personagens Mônica, Cebolinha, Magali e Cascão são parte da cultura do nosso país e ajudaram na disseminação de ideias e no desenvolvimento do gosto pela leitura.  


Fenômeno de vendas, tornando-se o quadrinho brasileiro mais vendido no mundo, a turminha já passou por várias fases e reinvenções como as engenhosas Graphic Novels, as animações e os spinoffs.


E é justamente sobre um dos spinoffs mais bem sucedidos da Maurício de Sousa Produções (MSP) que viemos falar hoje: a Turma da Mônica Jovem, lançada em 2008. Em uma completa releitura dos personagens, somos apresentados ao cotidiano da turma sob a perspectiva adolescente, lidando com problemáticas mais inerentes à fase de transição, mas sem perder a essência. Com novos personagens e aventuras, a série que hoje conta com mais de 100 edições, com tiragens que ultrapassam meio milhão de cópias, é um prato cheio para os velhos e novos leitores. 


Logo, diante de tantas edições, me encarreguei da difícil tarefa de elencar as 5 melhores sagas da 1ª temporada da turma sob o selo da TMJ.  


Confira: 


5º lugar – A brigada dos Ossos Cruzados  

(edições 65 e 66) 



Nessa saga, temos o retorno da clássica vilã Cabeleira Negra, a pirata espacial mais temida da galáxia. Na trama, ela está sofrendo com uma grave doença e, em virtude disso, passa a realizar saques e butins cada vez mais violentos em busca da cura. Assim, o Astronauta, com a ajuda da turma, tenta impedir a destruição em massa proporcionada pela capitã pirata. 


A história conta com roteiro de Petra Leão e aborda uma nova face da vilã, além de trabalhar com batalhas espaciais de tirar o fôlego e contar com figuras de grande poder cósmico.  


4º lugar – O caderno do riso (edições 23 e 24) 



Na releitura do mangá de sucesso Death Note, o Cebola acaba encontrando um caderno que confere ao seu portador o poder de fazer as pessoas terem ataques de riso. A expressão "morrer de rir" nunca fez tanto sentido!

 

Contando com o Ângelo (Anjinho para os íntimos) como mentor, uma versão angelical do Ryuk, o Cebola, sob a alcunha de o Grande Palhaço, toma para a si a missão de levar alegria pelo mundo. As coisas, no entanto, acabam não dando muito certo quando surge um segundo Palhaço e as investigações do professor Licurgo se intensificam.  


3º lugar - O brilho de um pulsar (edições 6, 7 e 8)



Em mais uma aventura intergaláctica, a turma, o Franjinha e o Astronauta acabam no meio de um conflito entre duas poderosas nações guerreando pelo poder. O enredo gira entorno da futura imperatriz Usagi Mimi e a sua luta para se provar diante do seu povo. Mimi lembra (e muito) a própria Mônica, e as duas rendem ótimos momentos que vão desde alfinetadas a uma grandiosa luta de gladiadores. 

 

O roteiro de Marcelo Cassaro é envolvente e instigante, trabalhando assuntos sérios como o uso da violência, o avanço das máquinas e a maturidade. Um verdadeiro banquete para os fãs. 


2º lugar – Monstros do ID (edições 15, 16 e 17) 



A saga aborda a mente humana e o que há de pior nela, personificado em criaturas monstruosas e impulsivas chamadas de ID. A aventura começa quando esses monstros, de alguma forma, passam a interagir com o mundo material, causando intrigas entre a turma.


Ao longo de três edições, somos apresentados a um mundo inteiramente novo repleto de IDs que passam a emergir no mundo real gradativamente. Dessa forma, cada membro da turma precisa enfrentar os seus próprios medos e inseguranças em uma jornada de amadurecimento.  


De quebra, a história ainda conta com o professor Licurgo (sim, o Louco é um dos personagens mais interessantes da TMJ), momentos marcantes e batalhas grandiosas. Sem duvidas, uma leitura obrigatória.  


1º lugar – A supersaga do Fim do Mundo (edições 51-52, 63, 74-76, 78-79, 83-84, 90-91 e 99) 



E, claro, o 1º lugar não poderia pertencer a outra se não à saga roteirizada por Emerson Bernardo de Abreu.

 

Como o próprio nome sugere, a trama aborda os acontecimentos que levariam ao fim do mundo. O termo "supersaga" deve-se ao fato da história ser subdividida em sagas menores, mas que conectam-se de forma inteligente e instigante de se acompanhar. Para efeito de análise, pertencem à supersaga narrativas como as excelentes Umbra, Torre Inversa e Herdeiros da Terra.  


Em linhas gerais, a história trata da chegada dos 4 Cavaleiros do Apocalipse: Guerra, Morte, Pestilência e Fome, cada um abordado em sagas separadas e ligados à cada membro da turma. A vinda dos cavaleiros, na verdade, é um presságio para a verdadeira antagonista: a misteriosa e onipresente Serpente.  



Dos quatro cavaleiros, 3 já se manifestaram. Sem entrar no âmbito dos spoilers, a Guerra é atrelada à Mônica, a Morte liga-se ao Cebola e a Pestilência ao Cascão. Ainda falta a Fome, mas ficou claro (e óbvio) que vai envolver a Magali, certo? 


Ainda não ficou convencido? Adicione à receita uma Magali descendente de uma linhagem de bruxas, uma Mônica líder das Amazonas, um Cebola como arauto da Serpente e um Cascão com poderes malignos. No fim, salpique um pouco de viagem no tempo, criaturas sobrenaturais e diversos easter-eggs. Ufa! 


Apesar de não tido novidades nos últimos anos, o roteirista já confirmou o retorno da magnus opus da TMJ para o ano que vem. Haja coração!


E aí, qual é a sua favorita?  

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