AVISO: A CRÍTICA A SEGUIR CONTÉM SPOILERS DAS DUAS TEMPORADA DE TITÃS.

A segunda temporada de Titãs é simplesmente surpreendente… de tão ruim, se a primeira temporada já não era grandes coisas, apesar de claramente existir potencial apesar dos péssimos efeitos especiais e um roteiro bagunçado e episódico, aqui a desgraça atinge o roteiro com mais força do que antes, completamente inchado de personagens e subtramas com pouquíssimo tempo para desenvolvê-las corretamente, deixando tudo corrido e mal desenvolvido.

Na trama, depois de derrotarem Trigon (Seamus Dever) no começo da temporada, os Titãs precisam enfrentar o Exterminador (Esai Morales) o inimigo que fez a primeira formação da equipe se separar. Ao mesmo tempo, um clone do Superman com células de Lex Luthor criado pela Cadmus de Luthor chamado Conner (Joshua Orpin) cruza caminho com os Titãs e faz com que a líder da Cadmus Mercy Graves (Natalie Gumede) preste atenção na equipe.

A temporada começa muito mal com Trigon, fruto da equivocadissima decisão de remover um episódio da primeira temporada e jogar pra essa, pois não só tudo é resolvido da forma mais apressada e anti-climática possível como quase todos os acontecimentos do episódio pouco importam pro resto da temporada, nem mesmo a cena com o Exterminador faz tanta diferença, mas ao menos a qualidade cresce lentamente ao longo dos episódios até chegar em Conner Bruce Wayne sem dúvida os melhores episódios da temporada, mas como alegria de pobre dura pouco as coisas já despencam absurdamente em Jericho e a série não se recupera nunca mais, terminando com “chave de ouro” com o péssimo season finale Nightwing.

A direção criativa aqui também é outro desastre, o showrunner Akiva Goldsman parece ter se esquecido do que devia estar nessa temporada e vai lembrando com o passar dos episódios, ele por exemplo só parece lembrar que Conner existe no episódio 6, pois nos 5 que o antecederam não temos nenhum sinal sequer dele ou da Cadmus, outro exemplo é que Mutano (Ryan Potter) fica 8 episódios sobrando na série sem qualquer tipo de arco até chegar Atonement.

Outra decisão questionável é o uso de flashbacks, geralmente quando esse recurso é usado em séries de TV a trama alterna entre cenas no presente e cenas no passado, mas Titãs aparentemente acha que vai inventar a roda fazendo episódios específicos só para os flashbacks, é o caso de  Aqualad Jericho e parte de Faux Hawk que quebram qualquer tipo de fluidez que existia na trama para apresentar flashbacks do Exterminador, claro que eles também contam com uma trama mal escrita e plot twists sem pé nem cabeça (a morte de Jericho por exemplo claramente poderia ter sido evitada de diversas maneiras).

Sobre as atuações, a maioria do elenco se mantém igual, Teagan Croft continua com muitas caras e bocas e talento nenhum, Anna Diop, Minka Kelly, Ryan Potter e Allan Richardson tem potencial mas o roteiro não colabora, o único que de fato cresce nessa temporada é o Jason Todd de Curran Walters que consegue fazer o público simpatizar com o mesmo e entender quem é. Sobre os novatos, Joshua Orpin é simpático apesar de, novamente, o roteiro dos episódios seguintes a sua primeira aparição não ajudar; Iain Glen faz várias aparições como Bruce Wayne, apesar de não ser um ator ruim foi mal escalado, afinal é claramente velho demais para o papel e a família Wilson é tão sem graça que não vale a menção

A segunda temporada de Titãs tem muita coisa para tentar desenvolver e pouco tempo pra isso, resultando em roteiros corridos e mal desenvolvidos, além de um CGI claramente de baixíssimo orçamento e atores mal escalados e/ou mal aproveitados.

Nota: 4

P.S. 1 - Realmente é necessário relembrarmos a vergonha que é a morte de Donna Troy (Conor Leslie) no último episódio desta temporada?

Publicado por: Johnny White.

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