Sim, você leu o título de forma correta. Quando eu bati o olho em O Homem que Matou Hitler e Depois o Pé Grande eu sabia que precisava assistir esse filme não importasse como. O título é bastante sugestivo e toda a premissa e proposta já é explicada por ele. Quando jovem, Calvin Barr (Sam Elliott) matou Adolf Hitler (Joe Lucas), e já velho, ele recebe a missão de ter que matar a criatura mitológica conhecida como Pé Grande, que infelizmente não tem o pé tão grande assim. De primeira eu pensei que esse filme fosse seguir uma pegada mais cômica, mas surpreendentemente ele se leva bastante a sério, e acreditando ou não, seguir esse caminho deu certo.
Já queria ir começando dando meus parabéns para Sam Elliott. Sua atuação aqui está fenomenal. Eu sempre prestava atenção quando ele estava em tela e não fiquei decepcionado com sua performance, responsável pela metade do charme desse filme. Ele sabe interpretar o personagem que de certa forma é como se fosse um brucutu de filmes de ação dos anos 80, só que um que não se orgulha de seus feitos, que sente remorso por suas ações na guerra e que possivelmente sofre de estresse pós-traumático. Elliott sabe dar profundidade ao homem quieto, de poucas palavras e que é fechado, um que mal fala com seu irmão caçula e o qual única companhia é um cachorro. Nas cenas mais dramáticas, a atuação do ator veterano traz o peso necessário ao momento e o eleva.
A direção faz diferença e a fotografia é lindíssima, dando ao filme o estilo necessário. As cenas que se passam na Segunda Guerra Mundial se beneficiam do design de produção competente, com destaque para os figurinos e a cenografia. A sequência do Barr contra o Pé Grande, apesar de curto, cumpriu minhas expectativas e foi um momento no qual eu me diverti bastante, com um sorriso presente no rosto durante todo o processo.
Grande parte do filme é composto por flashbacks. Apesar de eles serem interessantes e aprofundarem o personagem principal, eles também quebram o ritmo em algumas partes, transformando momentos que honestamente são interessantes em incômodos. Mesmo assim, eles conseguiram cumprir sua função, me fazendo amar o personagem de Barr ainda mais, com um romance que foi trabalhado lindamente e que me fez sentir pelo Barr.
A trilha sonora em grande parte ajudou o filme a criar esse vínculo comigo, já que ela é tocante e consegue impulsionar a carga dramática de vários momentos no exato instante em que toca. Joe Kraemer, o compositor, pode ser colocado ao lado de Sam Elliott como os maiores responsáveis do meu apreço pelo longa.
O Homem que Matou Hitler e Depois o Pé Grande é um filme incrível com um estudo de personagem sincero e que me fez amar ao filme. Por não ser tão conhecido pelo grande público, deixo aqui minha recomendação. Se você ficou curioso no momento que viu o título, sugiro que dê uma chance.
Nota: 9
Publicado por: Sam.
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