E indo para o definitivo e último exemplar da franquia das cores encabeçada pela dupla Jeph Loeb e Tim Sale, Capitão América: Branco, depois de muita interrupção geral, finalmente lançou suas edições completas em 2015(data original era pra ser 2008, corrija se me engano), trazendo mais um tema sobre perda e luto narrada pelo bandeiroso dessa vez. Será que essa quadrilogia termina com chave de ouro?
Falando na história, vemos um Capitão América desolado no presente após ser descongelado, revivendo lembranças da era aventuresca que teve com seu parceiro e companheiro Bucky Barnes, indo a locais da Alemanha para acabar com a tirania nazista encabeçada pelo Caveira Vermelha. Nenhum segredo na história obviamente, somos transportados a essa era dourada em um conto deveras emocionante de um Capitão ressentido ao saber do destino de seu companheiro alado, ter morrido como herói de guerra ao lado do Capitão. A narrativa estruturalmente é bem conduzida, através de cada quadro acompanhamos flashs de momentos pós primeira vez que Bucky vê Steve na sua barraca, se vestindo de Capitão, até ele sendo seu aliado mirim na guerra, lutando lado a lado com a participação de Nick Fury e seu comando selvagem. Sempre nos dando a parte do que acontece sem nos confundir cronologicamente. A trama simples é muito bem vinda e ótima de se acompanhar, dando até um dejavu nos leitores mais nostálgicas, vindos de
histórias do Capitão na guerra que é uma senhora homenagem. Em meio a isso, diferente das três historias anteriores dessa franquia das cores, aqui temos uma história fraternal carregada de sentimentos bem expressados sobre como Bucky obviamente foi importante para a vida do Capitão em meio a um período de tristeza e perdas sem muito otimismo. Um olhar preto e branco, de uma era de guerra constante, onde Capitão vê a pureza trazida de um garoto querendo combater na guerra. Apesar de sua idade, não impediu dele se aventurar com o Capitão, lutando contra seus inimigos, sempre com tiradas bem colocadas. Graças ao Bucky, Capitão percebe que o mundo vale a pena ainda para se lutar. E de sempre, é bom ressaltar como a dupla traz a personalidade do Capitão muito bem posta aqui, sem desvirtuar e sem se perder em personalidade, desde seu patriotismo até seu código moral, trabalho muito bem feito.
Mas, ao meu ver, o que pode desviar o foco do leitor é sobre o Capitão se sentir culpado da morte do Bucky, tendo fardo grande pela morte de seu companheiro. O que nos faz pensar "devia ter pensado nisso antes, não?", o que de fato incomoda um pouco.
Ao falar da arte de Tim Sale, cada quadro é uma homenagem. A arte é de se orgulhar, tão bem feita e colorida, uma enorme contribuição.
Conclusão: Uma excelente história , cheia de sentimentos, e fecha de boa maneira essa franquia das cores.Apesar dos pesares, vale a pena dar uma lida
Nota: 9
Publicado por: Avast.
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