Filme inaugural da famosa franquia de George Lucas é divertido, bem produzido e com uma mitologia interessante.


Sinopse: A princesa Leia é mantida refém pelas forças imperiais comandadas por Darth Vader. Luke Skywalker e o capitão Han Solo precisam libertá-la e restaurar a liberdade e a justiça na galáxia.
Star Wars é uma das franquias mais famosas da história do cinema tanto que revolucionou os filmes de blockbusters na época, além de ter influenciado muitas gerações com suas mensagens e personagens. Escrito e dirigido por George Lucas, a película é uma clássica jornada do herói onde seus protagonistas devem superar vários desafios a fim de atingir um certo objetivo em comum. A figura do herói é o jovem Luke Skywalker (Mark Hamill), habitante do desértico planeta de Tatooine. Quando somos apresentados a ele, nota-se de longe a sua frustração com o estilo de vida pacato que leva. Skywalker é um tipo sonhador que deseja viver aventuras tal como seu pai antes dele, porém mau ele sabe que perto dali a encantadora Princesa Leia (Carrie Fisher) escondeu planos no androide R2-D2 e por destino eles acabam caindo nas mãos do jovem.
Se Luke é o herói sonhador, já Han Solo (Harrison Ford) é o do tipo relutante. O capitão da Millenium Falcon é um personagem obstinado e bondoso, mas com um quê de mercenário. O vilão da obra é o imponente Darth Vader (voz de James Earl Jones), um sujeito assustador que passa por cima de qualquer um para atingir seus objetivos, nota-se que ele é tão temido que até seus colaboradores ficam inquietos em sua presença. Oposto a Vader, está seu ex-mentor Obi-Wan Kenobi (Alec Guinness), o personagem funciona como a porta de entrada para o mundo da Força tanto para o protagonista quanto para a audiência além de ser peça chave para certos acontecimentos da trama.


Entretanto, nem tudo são flores no roteiro de George Lucas. Por mais que os personagens sejam bem desenvolvidos no geral, o ritmo da obra é muito devagar e demora para engrenar. Perde-se muito tempo para estabelecer o mote central do enredo a fim de dar explicações desnecessariamente longas sobre o poder da Força. Talvez o maior problema resida no fato de que há trechos que simplesmente não tem o impacto que deveriam ou possuem uma lógica duvidosa. Por exemplo, o ponto de virada na jornada de Luke é a morte de seus tios nas mãos do Império, mas além da cena da descoberta ser muita curta, o personagem parece não ligar que as pessoas que o criaram a vida toda tenham sido brutalmente assassinadas. Outra cena bem estranha é no compactador de lixo e o monstro que existia lá. Não me pareceu que havia água suficiente ali para afogar uma pessoa ou para esconder tal criatura, esse trecho é enfraquecido por sua falta de lógica.
Nos quesitos técnicos a obra acerta bastante, nota-se que mesmo sendo um filme dos anos 70, há um tremendo capricho na produção. Os cenários são bem imaginativos e com todo o tipo de cores e designs que variam do rústico de Tatooine às naves estelares do Império. A maquiagem das diferentes criaturas é outro espetáculo, os designs impressionam e não fica a sensação de artificialidade. O ponto mais fraco talvez resida nas alterações digitais feitas por Lucas ao longo dos anos, é nítido que alguns trechos foram modificados, pois as cenas ficam muito artificiais e destoam dos efeitos práticos utilizados por toda a obra.
Star Wars: Uma Nova Esperança é um começo sólido para a franquia, mesmo com alguns tropeços.

Nota: 8,5

Publicado por: Matheus Eira.

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