O quinto
episódio da segunda temporada de Gen V funciona como aquele
ponto da narrativa em que a série deixa de brincar com as bordas do universo de
The
Boys e assume de vez a própria identidade. Aqui, não estamos apenas
acompanhando jovens tentando sobreviver a jogos de poder; estamos diante do
nascimento de uma mitologia própria, que coloca Marie no centro de algo maior e
mais perigoso do que qualquer laboratório, complô ou conspiração corporativa.
A série
começa a flertar com poderes em escala quase “divina”, e isso pode gerar uma
escalada difícil de sustentar nos episódios seguintes. Se tudo é possível, nada
é realmente ameaçador e Gen V sempre foi mais
interessante quando mostrava que por trás dos uniformes existem jovens frágeis,
inseguros e, acima de tudo, humanos.
Opinião sobre
o episodio:
Gostei muito
da interação do Sam com os pais, justamente porque ela transmite uma tensão
insuportável. Há uma agonia constante em assistir a cena, pois a qualquer surto
ele poderia perder o controle e acabar matando um deles, algo que quase se
concretiza. Essa sensação de caminhar na beira do abismo é o que torna o
momento tão perturbador.
Mas, eu ainda
acho que já está muito repetitivo, a serie não tinha saído do lugar, mas no
fim, o Ep acaba se destacando como um divisor de águas e é o momento em que a
temporada ganha corpo e se compromete com algo maior do que apenas ser um
spin-off. É ousado, arriscado e, justamente por isso, instigante. Se a série
conseguir honrar as consequências do que plantou aqui, este será lembrado como
o episódio que transformou Gen V em algo mais do que
um apêndice de The
Boys.
Nota: 6,5

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