O Fórum Nerd não foi convidado, mas acompanhou a estréia de “Invocação do Mal 4: O Último Ritual”.

Invocação do Mal 4 marca o tão aguardado retorno do casal Warren às telas em mais um capítulo sombrio do universo criado por James Wan. E, apesar de alguns tropeços narrativos, o filme entrega aquilo que os fãs esperam: uma experiência imersiva, carregada de tensão, atmosfera opressora e uma dose eficaz de sustos bem orquestrados.

A direção agora nas mãos de Michael Chaves, com Wan apenas na produção mostra respeito pelas origens da franquia, mantendo a identidade visual que consagrou os filmes anteriores, planos longos, uso inteligente de sombras e uma trilha sonora que sabe quando se calar e quando gritar. Há um esforço claro em não apenas repetir a fórmula, mas sim aprofundar ainda mais o lado emocional dos protagonistas.

Vera Farmiga e Patrick Wilson continuam sendo o coração da franquia. A química entre os dois é tão forte quanto sempre foi, e é exatamente essa conexão emocional que diferencia Invocação do Mal dos demais filmes de terror contemporâneos. Mesmo quando o roteiro se perde um pouco em reviravoltas um pouco previsíveis, a presença deles ancora o espectador na história.


O enredo, inspirado em mais um caso real investigado pelos Warren, talvez não seja o mais inovador da franquia, mas compensa isso com uma ambientação rica e um vilão sobrenatural que realmente impõe respeito. A construção do suspense é mais gradual, mais atmosférica, e o filme se permite explorar o medo como algo psicológico e espiritual.

 É um filme que mostra que o terror comercial pode, sim, ter qualidade. Invocação do Mal 4 mantém o nível elevado da franquia, entregando entretenimento de peso sem abrir mão da construção de personagens e de uma boa dose de humanidade em meio ao sobrenatural. Para os amantes do terror clássico, é mais uma prova de que os Warren ainda têm histórias para contar e que o mal continua à espreita.


👻OPINIÃO SOBRE O FILME:

O longa tem sua atmosfera bem construída. Desde os primeiros minutos, somos mergulhados em um ambiente sombrio, com fotografia fria e silêncios estrategicamente posicionados para aumentar a tensão. A direção acerta ao valorizar mais o suspense psicológico do que apenas sustos repentinos. O mesmo não abre mão dos tradicionais “jump scares”, que funcionam na medida certa, sem exageros nem artifícios baratos. Os elementos sobrenaturais são bem trabalhados, com efeitos visuais discretos, mas muito eficazes.

Eu só achei que demorou um pouco para chegar à 'batalha final', e que o exorcismo acabou sendo muito rápido algo que poderia ter recebido mais atenção, caso tivessem acelerado outras partes do filme. Mas, tirando isso, o filme é ótimo. A franquia se encerrou à altura e mostrou por que é a maior do gênero.

NOTA: 08/10 

Post a Comment

Postagem Anterior Próxima Postagem