Levando em conta que a série terá nove episódios nesta temporada, "Demolidor: Renascido" fecha o seu primeiro terço com um episódio sólido. Porém, ele ainda deixa uma dúvida se os outros 6 restantes terão a "desenvoltura", se é que dá pra dizer assim, para concluir tudo de forma satisfatória.
"A Palma de Sua Mão" vê Matt (Charlie Cox) tendo problemas na processo de inocentar Hector Ayala (Kamar de los Reyes), o novo capítulo consegue trabalhar uma dinâmica entre os personagens que adentra mais da psique de Murdock, no qual seu envolvimento com o caso do Tigre Branco indiretamente confronta o papel anterior do personagem como o Demolidor. Mas não só ao drama pessoal, isso também levou à sequências muito boas no tribunal, principalmente no quesito de usar a identidade secreta de Ayala arma à favor de sua inocência, sendo muito bom rever uma produção de heróis que lida e explora bem os dramas que existem com as vidas duplas dos protagonistas.
Contudo, fiquei desde o episódio anterior, meio com um pé atrás da introdução meio "ríspida" de Hector, e na finalização desse arco. Se por uma lado, a história de um homem comum fazendo coisas boas pelo que ele acha ser certo, mas ter um fim trágico, sem uma considerada "morte heróica", muito me agrada, e a cena final desse capítulo é provavelmente a melhor dos 3 já lançados, porém a série perde mais um personagem bom, mesmo dentro de uma situação que deve se mostrar o estopim para a reconstrução do Demônio de Hell's Kitchen
Além disso, a perca do Tigre Branco (Não entrando na infeliz morte de de los Reyes), faz-me pensar em como parte do plot do Rei do Crime entra um pouco na corda bamba. Não que eu quisesse que a série rende-se a um monte de cameos, mas a cruzada de Fisk contra os vigilantes meio que vai perdendo ainda mais sentido se eles basicamente não existem, ou só são citados como referência.
Parte dos segmentos destinados ao núcleo do Fisk são bem fracos. Apesar de apreciar exploração pelo relacionamento conturbado dele com Vanessa, os momentos que envolvem a guerra de gangues e a administração da prefeitura são apenas "ok". Retornam a mostrar o "Rei do Crime" como conhecemos, mas é infestada por um elenco de apoio esquecível contracenando com o personagem de Vicent D'Onofrio.
Acho interessante pontuar, que em meio aos erros e acertos, com a série cambaleando, tentando seguir os passos apresentados por sua versão original da Netflix, ao mesmo tempo querendo se achar como algo novo, "Renascido", diferente de certas das últimas produções gerais da Disney, realmente consegue prender e deixar esperando o próximo episódio. Espero que a mínima qualidade seja mantida durante não só esses últimos 6, como na temporada seguinte.
NOTA: 8,0
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