Novo drama da Netflix aposta em temas como morte, luto, e em como esses momentos mais complicados podem unir uma família,  apesar de várias divergências.

Três irmãs se unem para passar os últimos dias com seu pai, que está em fase terminal. Porém, conforme a convivência aumenta, os problemas no relacionamento entre elas ficam escancarados.

Se passando praticamente dentro de um único lugar, a trama estabelece e desenvolve o relacionamento entre as três personagens principais, de modo que suas personalidades se mostram contrastantes, causando diversos conflitos. Porém, mesmo que algumas situações pareçam um pouco forçadas, principalmente no início do longa, o roteiro é competente em conseguir dar essa volta por cima, e trazer diálogos bonitos e tocantes, principalmente nos últimos momentos da trama.


O elenco funciona muito bem, trazendo Elizabeth Olsen, Carrie Coon e Natasha Lyonne nos papéis principais. Cada uma possui uma personalidade bem diferente da outra, e em alguns momentos o filme sugere que tenhamos alguma preferência por alguma das personagens, mas o roteiro é sagaz em humanizar as decisões que elas tomam, baseadas em suas próprias experiências.

A direção de Azazel Jacobs é precisa em conseguir filmar suas cenas com takes inventivos, já que mais de 80% da história se passa em um único local. Talvez caso isso não ocorresse, poderia se tornar cansativo em não ter outros locais ou paisagens que fizessem parte da história.

“As Três Filhas” é um bom drama familiar, que explora a relação inicialmente conturbada entre três irmãs. Mas no momento mais vulnerável que elas enfrentam, conseguem transformar isso em aprendizado e estreitar seus laços afetivos.

Nota: 8,0

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