Novo thriller indonésio da Netflix aposta em uma trama sombria, como o próprio título indica, traz uma fotografia interessante, mas suas reviravoltas acabam deixando a desejar.
Na fronteira da Indonésia com a Malásia estão acontecendo diversos assassinatos, o que faz uma policial confrontar seu misterioso passado em busca de solucionar esses crimes.
Sanja (Putri Marino) é a protagonista e seu passado é bem explorado, mas apenas a partir da metade da projeção. No início é mencionado apenas que seu pai também é policial, e praticamente nada mais é citado. O roteiro contém algumas reviravoltas, mas nem todas funcionam, deixando até algumas partes da história confusas.
Algo que chama bastante a atenção é a fotografia, utilizando bastante neblina e tons mais escuros. Essa escolha combina bem com todo o clima da investigação dos assassinatos, que realmente era necessário, já que aqui tudo é bem tenso. Até mesmo a amizade da personagem principal com Thomas (Yoga Pratama) é cercada de mistério, deixando sempre aberta a possibilidade de qualquer novidade.
Além da amizade citada acima, também temos o suspense de quem é o assassino, da ligação entre as vítimas e fatores da investigação que geram mudanças de rumo durante toda a narrativa. E é aqui que eu considero o local onde o filme acaba se perdendo um pouco, já que, até então, tudo caminhava muito bem. Porém, com as diversas tentativas de gerar surpresa no público, obviamente nem tudo funciona, e acaba sendo um pouco forçado.
“Fronteira Sombria” acaba sendo um bom thriller mesmo com seus defeitos citados, e mais uma boa surpresa de um cinema que acaba não tendo tantas oportunidades de chegar ao grande público quanto outros mercados.
Nota: 6,5
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