Após 8 domingos de telas religiosamente ligadas às 22h, chegamos ao derradeiro episódio final da 2ª temporada de House of the Dragon. E ele não poderia ser mais anticlimático. Engana-se, no entanto, quem acredita que por essa afirmação trata-se de um episódio ruim, longe disso, mas ele parece tudo, menos um encerramento de temporada.
Antes de nos aprofundarmos, é importante ressaltar que esta crítica limita-se à análise tão-somente do episódio em questão, não abrangendo os demais capítulos da adaptação épica produzida por Ryan Condal.
Pois bem, para exemplificar a opinião deste redator, tomaremos como exemplo o início do episódio com Tyland Lannister a quilômetros de distância de Westeros em busca de uma aliança com os piratas de Essos para romper com o bloqueio imposto por Rhaenrya ainda no início da temporada. Até então, tudo bem, mas estamos um tanto quanto atrasados para desenvolvermos esse plot, não? Quer dizer, perdemos alguns bons minutos de uma season finale com cenas que poderiam muito bem ter sido trabalhadas anteriormente já que teríamos somente 8 episódios.
Não suficientemente, Daemon levou praticamente uma temporada inteira para voltar exatamente para o mesmo status em que estava quando o deixamos lá em 2022, com o encerramento do 1º ano do show: apoiando Rhaenyra. A epifania do personagem realmente precisava de todo esse tempo para ser desenvolvida? Mas vamos relevar em partes, uma vez que foi muito bom ver finalmente Harrenhal se mostrando como um lugar verdadeiramente amaldiçoado. Sem contar que o encerramento do arco dele veio pra confirmar que no universo televisivo de GOT, Daenerys de fato é “o príncipe que foi prometido” (sinto muito, fãs do Jon Snow).
Outras tramas que empurraram (sem motivo) até o último episódio incluem a de Rhaena Targaryen em sua busca pelo Roubovelha e a volta da Serpente Marinha ao mar depois do que pareceu uma eternidade de reparos em Driftmark. No que diz respeito a essa última trama: saldo extremamente positivo para o tão esperado confronto do Corlys e seu bastardo.
Nesse ponto, já estamos praticamente nos 10 minutos finais do episódio. É quando temos o que foi a maior reviravolta da noite, com Alicent em Pedrão do Dragão admitindo que errou e errou feio nas horas seguintes à morte de Viserys. A essa altura do campeonato é redundante falar disso, mas é impossível não pontuar o quão incríveis são as atuações de Olivia Cooke e Emma D’arcy: cada tomada que focava nas suas expressões era hipnotizante.
E então, diminuem a iluminação e aumentam as batidas: é hora de takes belíssimos embalados com trilha sonora épica das Grandes Casas, mostrando cada personagem em momentos cruciais de suas respectivas tramas, pois uma batalha sem precedentes se aproxima de Westeros nos próximos episódios… que só chegam daqui 2 anos. Sim, os últimos 60 minutos que você acaba de assistir foram um mero prelúdio, um vislumbre do que está por vir.
Novamente: não me entenda mal, pois não foi um episódio ruim. Só foi frustrante enquanto um fim de temporada, pois ficou claro que a famigerada batalha poderia ter sido facilmente trabalhada nos 2 episódios vetados (por orçamento ou por decisão criativa, jamais saberemos). Mas na qualidade de "episódio meio", é uma excelente narrativa cheia de reviravoltas, reencontros e conflitos que levam seus atores ao extremo em termos dramáticos.
No mais, a crítica completa da temporada você confere aqui no Fórum Nerd.
Nota: 7,5/10
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