Preciso dizer que o episódio de hoje me fez perceber que Star Wars realmente está perdida em ideias nos quais precisam buscar muito fundo do baú de tralhas da Lucasfilms para poderem chegar a algum lugar e mostrar novidades, é o que sinto em The Acolyte, quer dizer, salvando poucas exceções de projetos, não está sendo uma série que me conquistou, e até agora, não está se esforçando para tal.
O primeiro capítulo e central do episódio, focado no Qimir e Osha, nos oferece uma visão diferente de Sith - Em uma atuação muito boa de Manny Jacinto, diga-se de passagem - tentando levar a ex-jedi para o lado sombrio. Na outra visão, temos May com Sol, com o Jedi tentando pedir ajuda ao conselho sobre o que ocorreu em Khofar, sem saber que sua antiga Padawan não estava ali. Essa parte da trama foi a que mais me frustrou, a parte constante do Sol tentando explicar ao conselho Jedi em Coruscant o que aconteceu e depois apenas foi cortado foi elaborado demais para manter a encheção de linguiça e tentar uma dinâmica (que não funcionou, o que é curioso pois é basicamente a mesma atriz) com os personagens aqui,sem ir para lugar algum, e terminando novamente em mais um mistério para se resolver no próximo capítulo, tudo muito circular e sem sentido eu diria.
Por outro lado, o episódio tem força na dinâmica Osha e Qimir, que movimentou o episódio apesar de continuar sendo um pouco filler, pelo menos mostrou mais do que o vilão realmente deseja fazer em sua cruzada na série, enquanto os dois estão num planeta desconhecido, muito semelhante ao apresentado na trilogia sequencial onde Luke Skywalker ficou, temos a explicação sobre a força que talvez seja um dos temas mais interessantes abordados na série até o momento, como Osha observa, Tudo o que Qimir diz sobre usar emoções como raiva e medo para alimentar o uso da força é o que lhe foi ensinado como o Lado sombrio. Mas o rótulo até que simplista, e como dito aqui, “semântica”? As Bruxas de Brendok faziam a mesma coisa para acessar a Força mas não pareciam ser mas, pelo menos não da maneira que se retrata os Sith. Então seria o Lado Sombrio um rótulo fácil e desdenhoso que os Jedis criaram para qualquer um que use a força de uma forma que não seja igual a deles? Isso é um complexo bem interessante e que a série pelo menos desenvolve mais sobre, a frente.
Se o episódio tivesse sido focado na perspectiva de Qimir e Osha, teríamos um episódio muito melhor do que foi apresentado separando narrativas, estamos no meio da temporada e até agora a história continua em círculos infinitos para o que quer que ela quer nos revelar, a trama de investigação, sendo contada de forma lenta e sem muito entusiasmo.
Um ponto que pode ser interessante é a inclusão ao cânone da franquia o metal Cortosis, um metal raro que rivaliza com um Sabre de Luz, elemento interessante mas como falei, artifício para poder dar escopo no que não vai dar a nada.
Conclusão: Um episódio mediano, apesar de ter dado destaque ao vilão da série, que é um personagem enigmático e interessante, que carregou nas costas o episódio todo, ainda tem muito a ser contado, e teremos que esperar mais detalhes, atrasados, na próxima semana, mas sinto que infelizmente, teremos mais um episódio focado em flashbacks.
Nota: 5,5
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