Depois de um episódio narrativamente inerente em Os Plebeus, voltamos a uma grande síntese em que Rhaenyra tenta nivelar o jogo ao adquirir poder bélico contra Vhagar. Recrutando bastardos de Porto Real para conseguirem dominar dois dragões restantes de seu domínio. Enfim as coisas vão se organizando para novamente termos um final de temporada aparentemente épico, mas nem tanto.
Uma de minhas reclamações é do quão morna tem sido a progressão dessa segunda temporada em comparação com a diluída temporada inaugural, sendo bastante estranho como sequer tivemos momentos nem tão significativos para alguns personagens principais e que talvez eles sequer saibam o que fazer com muitos deles. Tudo que acontece aqui, poderia já ter sido resolvido em episódios anteriores. Ou, uma construção mais orgânica, como as partes dos plebeus e bastardos sobre essa decisão de Dragonstone, ao invés de focar numa trama ondulatória.
Pouco progride os dramas do palácio, os núcleos de Rhaenyra e Alicent abordam mistérios mais desenvolvidos e que foram completamente esquecidos, como a pura esquisitice que foi Rhaenyra e Mysaria, que nem sequer é contestado algo sobre, mostrando ter sido uma decisão apenas de choque, ou simplesmente Alicent não tendo funções na trama e cenas com ela desnecessário.
Sobre o drama de CAPs do Daemon em Harrenhal, ainda fico indeciso sobre o que achar desse núcleo ao todo, o “desfecho” dessa trama aparente dará fim a esse arco que serviu para testar a fragilidade de Daemon diante do que ele pensava ser tudo girando em torno de si, além de ter cenas (muito boas) de sua autoridade sendo contestadas por seus aliados, a conclusão pareceu satisfatória para mim, apesar da jornada até aqui ter sido um tanto traumática.
Porém o destaque fica nos 11 minutos finais do episódio onde temos a seleção para os futuros dois montadores de Vermithor e Silverwing, ali entregou um gostinho de Rhaenyra, a cruel, oferecendo basicamente os plebeus ao uma seleção natural para os dragões, foi um momento forte para a personagem enfim enfrentar as repudias de um conselho que não confia nela e geram reclamações de sua autoridade, é controverso mas faz total sentido. Toda essa cena final é tensa e bem construída, com cenas dos dragões parecendo shots reais mesmo, um trabalho de produção espetacular aqui. E que finaliza com a reivindicação de Hugh que é maravilhosa, alias, Ulf e Hugh são dois personagens que mereciam spin-offs (caso sobrevivam a série) num futuro próximo de tão carismáticos que são.
Conclusão: Um bom episódio, “Semeação Vermelha” traz conflitos palacianos sem muito impacto ao mesmo tempo que encerra algumas narrativas que enfim, saem do holofote para dar espaço a trama maior que prepara o último episódio, que talvez não será aquilo que pensamos que possa ser claro, veremos se a série irá surpreender positivamente para um início de grande guerra bem impactante.
Nota: 7,0
Postar um comentário