E finalmente, ao final da quarta (e penúltima temporada) de The Boys. Originalmente intitulado "Assassination Run", (Num óbvio trocadilho com Presidential Run), devido à eventos recentes da política dos EUA, que não necessariamente precisam ser comentados aqui, uma troca de nome teve de ser realizada, com isso ganhamos "Final da 4ª Temporada", episódio que consegue sintetizar muito bem o que viemos acompanhando nas últimas semanas, sendo os eles os grandes altos, e os muito baixos, e admito ter me surpreendido. 

Como temos um bocado parra desempacotar, acho mais fácil ir abordando os tópicos das formas que eles foram aparecendo durante o episódio. Isso significa que começo falando do que considero o segundo pior "segmento" dessa temporada, que com certeza, é toda essa trama do Hughie (Jackie Quaid), Annie (Erin Moriarty) e a bendita transmorfa. Até agora eu só me pergunto por quê? Depois do ótimo fechamento do arco familiar, com a morte do Hugh Sr. (Simon Pegg), o tratamento do personagem de Quaid, vem sendo bem "esquisito" para se dizer o mínimo.

E, Apesar da cena que Annie e a Super Assassina conversando sobre os sentimentos que a primeira sentia sobre as coisas ruins que ela fez, enquanto crescia como Luz Estrela, quase tenha me feito mudar (minimamente) de opinião, a "ópera completa" não faz valer a pena. Principalmente por desembocar no que eu considero uma das piores cenas de toda a série, quando Hughie é "confrontado" por ações que ele mesmo não sabia estar realizando, e não só isso, por ele ser a vítima na situação.

Em contrapartida, mesmo com o "plot-twist" fajuto, que todo mundo já sabia, do Kessler (Jeffrey Dean Morgan) ser apenas uma visão do Bruto (Karl Urban), acho que ele foi o que mais esteve conseguiu uma certa consistência. Após ir-e-volta que ele tinha com os outros membros da equipe, acho que a conclusão dele nessa temporada funcionou muito bem para cementar o caminho que espero do personagem nos (supostos) capítulos finais da saga de The Boys. A morte de Mallory (Laila Robbins) nas mãos de Ryan foi o divisor de águas necessário, e o momento certo, pois acho que conseguiu e vai consegui trazer o melhor (e pior).

E recordando de quando eu comentei sobre a trama da transforma ser a segunda pior. Bem, temos a pior com o relacionamento entre Kimiko (Karen Fukuhara) e o Francês (Tomer Capone). A coisa aqui não é nem ser um tratamento problemático, ou uma escrita meio ruim. É mais que já deu mesmo. Mesmo que eu aprecie os dois personagens, parece que o que cabe para eles durante todo esses novo episódios é algo feito com atraso, que já deveria ter sido terminado anteriormente, e meio que a conclusão era a mais previsível possível. 

Eu admito que o que eu vou escrever agora pode parecer meio superficial, mas chegou um momento que eu só queria que virassem personagens de apoio completamente. Eu entendo não jogarem na ambos geladeira de uma vez, até porque são do núcleo principal, mas chegou no ponto que apesar de uns momentos fofinhos, fica óbvio que a equipe por trás da série não estava sabendo lidar com os dois, o que tornava tudo muito cansativo de acompanhar.

De muita importância ressaltar o fechamento (literal) da VP Neuman (Claudia Noumit) nessa temporada. Após a incrível (quase) burrada do Capitão Pátria (Anthony Starr) em revelar a origem super dela, mesmo que amarga, em relação à própria filha, a personagem teve a conclusão que precisava, já que o ponto principal desse quarto ano, era impedir o seguimento dos planos dela. Mesmo que o Bruto matando ela ocorra numa cena, no mínimo, esquisita, acho que foi satisfatório, no geral.

Em relação ao resto, os Sete (Ou o Trio, se não contarmos o Capitão) mesmo, ficam um pouco mais apagadinhos, com seus momentos sendo mais para cimentar o que virá depois. E uma cena engraçadinha do Profundo (Chance Crawford). O que não é de todo ruim. Fica bem claro que os focos são apenas os "Rapazes" dessa vez, contudo, isso também faz com que ganhamos Ashley injetando-se com Composto V, então temos.

Estranhamente, o prato principal fica para a milha final. Toda a sequência do grupo se separando, e sendo capturado, enquanto toca Heart Shaped Box do Nirvana no fundo foi a parte do episódio que eu mais estive animado para qualquer coisa acontecer (Além da cena envolvendo Bruto, Mallory e Ryan), e realmente cimenta uma próxima temporada que eu espero muito ser diferente do jogo de gato e rato que já estendeu-se demais e finalmente a dinâmica mude, afinal, a próxima e a última, o embate final, e precisamos de um final à altura do que esteve sendo construído, não é?

Para mim, a conclusão que fica é que, se tivesse sido encabeçada por uma temporada que soubesse lidar melhor com a própria história, até porque considero essa a mais fraca de The Boys, poderia ter ficado bem mais satisfeito com esse final, que é excitante em várias frentes, mas infelizmente não foi tão suficiente assim. Mas bem, estamos na estrada para Gen V e para quinta temporada, então, por enquanto, é um até logo.

Nota: 7,0

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